Pelo Dia Internacional da Mulher, as mulheres do Pão e Rosas saíram às ruas para manifestar indignação e dizer: “nossa história não vão apagar”. Gritamos no ato de Mulheres da Conlutas em alto e bom som “Somos as negras do Haiti”, exigindo a imediata retirada das tropas brasileiras enviadas por Lula que comandam a ação da ONU de invasão do Haiti, que massacram as mulheres e o povo haitiano, impedindo que se organizem, que levantem suas bandeiras históricas e decidam o rumo de seu país, há séculos marcado pelo saque imperialista e por ditaduras sangrentas patrocinadas pelo mesmo imperialismo. E também denunciamos o imperialismo com rosto de mulher, representada pela figura de Hillary Clinton, que esteve na América Latina, além de exigir que Michele Bachelet, a então presidente em exercício do Chile, retirasse as tropas militares que reprimem a população chilena após o terremoto. Além disso, organizamos junto ao sindicato dos/as sapateiros/as de Franca (SP) um debate sobre os 100 anos do Dia Internacional da Mulher, na qual interviemos colocando a necessidade de lutar contra a precarização do trabalho, apontando a necessidade de lutar pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários a fim de acabar com o desemprego em Franca.
Após uma intensa atividade e intervenção do Pão e Rosas em 2009, a um ano do surgimento de nossa agrupação, nos reunimos no dia 07 de março e realizamos nossa 3° plenária. Também foi realizada a primeira reunião de mulheres negras do Pão e Rosas que constituirá um grupo de estudos no qual buscaremos abordar a situação da mulher negra hoje e resgatar a origem do povo negro e o papel das mulheres negras na resistência à escravidão e ao racismo. Debatemos os rumos para nossa agrupação de mulheres para 2010, além de termos feito um importante debate sobre as perspectivas do grupo, no qual pudemos confluir na necessidade de nos colocarmos ativamente contra a divisão da classe trabalhadora re-lançando com ainda mais força nossa campanha contra a terceirização e precarização do trabalho. Também saudamos as trabalhadoras da USP, que recentemente fundaram a Secretaria de Mulheres do SINTUSP, que no 8 de março também saíram às ruas para lutar contra as tropas brasileiras no Haiti, e que hoje buscam fazer com que todas as mulheres tomem para si o sindicato e a secretaria de mulheres como uma importante ferramenta de luta.
Discutimos que neste ano eleitoral compreendemos que uma mulher como Dilma Rousseff não vai modificar a situação das mulheres no Brasil, e não vai defender os interesses das mulheres, para nada vai defender os interesses da classe trabalhadora Dilma é uma mulher para defender os interesses do capitalismo, que assim como Hillary Clinton veio para defender os interesses do imperialismo e não das mulheres, assim como Obama não governa pelos negros e sim pela burguesia imperialista.. E frente a isso nós, enquanto mulheres classistas, temos que desmascarar dizendo em alto e bom som que essas mulheres não nos representam de forma alguma, pois representam os interesses dos patrões, da burguesia.
Discutimos que neste ano eleitoral compreendemos que uma mulher como Dilma Rousseff não vai modificar a situação das mulheres no Brasil, e não vai defender os interesses das mulheres, para nada vai defender os interesses da classe trabalhadora Dilma é uma mulher para defender os interesses do capitalismo, que assim como Hillary Clinton veio para defender os interesses do imperialismo e não das mulheres, assim como Obama não governa pelos negros e sim pela burguesia imperialista.. E frente a isso nós, enquanto mulheres classistas, temos que desmascarar dizendo em alto e bom som que essas mulheres não nos representam de forma alguma, pois representam os interesses dos patrões, da burguesia.
Com todo o trabalho que o Pão e Rosas vem fazendo ao longo deste um ano, lutas e combates que travamos em nossos locais de trabalho e estudo, demos um passo à frente muito qualitativo em nossa última plenária, e o que não era tão evidente para algumas de nós, vem se demonstrando necessário e será parte das discussões do Pão e Rosas em todos os locais em que estamos:: temos que ser mulheres que lutam pelos nossos direitos mais elementares no capitalismo, como o direito a melhores salários, licença maternidade, direito ao aborto para não morrermos, salário igual para o mesmo trabalho, combatendo a violência contra a mulher, mas também que devemos ao calor de nossa luta por melhores condições de vida e por nossos direitos, construir um grande movimento de mulheres que seja classista, revolucionário e socialista, pois compreendemos que somente acabando com o capitalismo e com a sociedade de classes, poderemos acabar com a opressão e a exploração, e assim poderemos realmente caminhar para uma completa emancipação das mulheres e da humanidade. É por isso que nos colocamos o desafio de construir um forte movimento de mulheres em toda a América Latina, buscando contribuir para forjar uma nova tradição que resgate as lições das lutas passadas, das lutadoras que deram suas vidas na luta pela derrubada do capitalismo, como Rosa Luxemburgo e Clara Zetkin, entre muitas outras mulheres que colocam até hoje medo na burguesia e por isso sua trajetória são apagadas de nossa história. Por isso estamos re-escrevendo o nosso manifesto para que através dele façamos um chamado a todas mulheres que estão imersas na miséria que o capitalismo nos relega todos os dias pelas catástrofes, pela exploração e pela opressão, a construir conosco o Pão e Rosas no Brasil e em toda a América Latina.
Encerramos nossa 3ª plenária ao som de Mara Onijá, e todas juntas cantamos: “Nosso canto é o espanto dos que nos julgaram mortas, sou Pão e Rosas, Pão e Rosas”.
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