Quinta-feira, dia 15 de dezembro na Faculdade de Educação – Sala 102 Bloco B
10h – MESA de abertura “Opressão, repressão, perseguição”
Diana Assunção, diretora do Sintusp e do grupo de mulheres Pão e Rosas
Rosi Santos, estudante e militante do Práxis – Socialismo ou Barbárie
Ex-trabalhadoras terceirizadas da UNIÃO
Diana Assunção, diretora do Sintusp e do grupo de mulheres Pão e Rosas
Rosi Santos, estudante e militante do Práxis – Socialismo ou Barbárie
Ex-trabalhadoras terceirizadas da UNIÃO
13h – Intervalo para Almoço 14h – Roda de discussão sobre a situação da universidade e resoluções
O II Encontro de mulheres trabalhadoras da USP ocorre num ano marcado pelas lutas contra a opressão, a repressão e a perseguição. Esses três pilares em que a Reitoria e o governo do estado se baseiam para aprofundar a nossa exploração e para conseguirem implementar o seu projeto privatista de universidade tem se intensificado. Logo nos primeiros dias do ano, tivemos 270 companheiras/os demitidas/os. Dentre eles, vimos companheiras que perderam uma parte essencial de sua renda que sustentava não só a elas e seus filhos, como netos e outros membros da família. Tal medida já anunciava o grande corte que a Reitoria promete fazer no quadro de funcionários, que prepara com a aprovação do PROADE. E com esse projeto pretende demitir também com base em critérios políticos, no caso do funcionário ter participado ou não de greves e manifestações, numa clara perseguição aos lutadores e lutadoras.
Justamente em decorrência de uma paralisação que realizamos contra as 270 demissões, mais diretores do Sindicato e ativistas dentre eles 4 mulheres estão sendo processadas com risco de demissão por justa causa, se somando aos outros tantos processos que a diretoria do sindicato está respondendo e à demissão inconstitucional de Brandão que ao exercer o seu papel de representante sindical em atividades e inclusive defendendo o direito das trabalhadoras terceirizadasfoi demitido por justa causa.Também no primeiro semestre, nossas companheiras terceirizadas realizaram uma importante greve que desvendou a intenção da Reitoria em cada vez mais aumentar o trabalho semiescravo na universidade, apoiado na opressão que todas nós sofremos que nos relega aos salários mais rebaixados e às piores condições de trabalho em todo o país. Mais uma greve que fez mais de 400 mulheres levantarem as cabeças e não mais aceitarem a opressão e extrema exploração a que ficam submetidas.
Nesse momento, passamos por uma greve das/os nossas/os companheiras/os estudantes que estão lutando contra a presença da polícia no campus e nas favelas e periferias, colocando um questionamento profundo ao papel social dessa instituição em todo o nosso país, e denunciando seu profundo caráter machista, racista e homofóbico, e assassino. Nesse processo, vemos a repressão utilizada pela reitoria atingir um alto grau de ofensividade, ao prender 73 companheiras/os, dentre elas/es 4 funcionários, sendo dois CDBs e uma das diretoras do Sintusp, por se manifestar politicamente.
Nessa prisão, a opressão, a repressão e a perseguição se somaram para intensificar ainda mais o ataque da reitoria. Os policiais a mando de Rodas e de Alckmin perseguiram os envolvidos no movimento, reprimiram os que ocupavam, e oprimiram as companheiras que estavam sendo presas. Deixaram-nas numa sala sozinhas com policiais homens que as humilharam e as ameaçaram, e uma das companheiras foi torturada em uma sala isolada por mais de 30 minutos.
Esse ano o Reitor mostrou que realmente quer destruir quem luta, quem estuda e quem trabalha, prepara para todos os funcionários (as), estudantes e professores, a intensificação desta verdadeira ditadura. E vemos que claramente nós, mulheres, trabalhadoras, seremos ainda mais atacadas. Nossas companheiras terceirizadas e estudantes já começam a se levantar fortemente contra tudo isso, nos dando força para todas juntas, com nossos companheiros, impedirmos o avanço desses ataques.
Por isso, convidamos as trabalhadoras a participar desse II Encontro de Mulheres Trabalhadoras da USP, para que possamos nos organizar para discutir essa opressão e a escalada de perseguições que está posta, e para combatermos com todas as nossas forças a política do Reitor e o governo que querem impor cada vez mais o medo, o silêncio, a submissão. Este é um encontro aberto a todas as mulheres da universidade, bem como as trabalhadoras terceirizadas e as estudantes!
Abaixo à repressão, abaixo à opressão!
Fora Rodas!
Anulação dos inquéritos contra os 73 presos políticos!
Retirada de todos os processos contra estudantes e trabalhadores!
Readmissão de Brandão!
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E-mail: sintusp@sintusp.org.br
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