Nota do ato do dia 22/01 pela investigação da morte de Regina e por melhores condições de trabalho aos terceirizados do metrô de SP
“Regina não foi a primeira, mas exigimos que seja a última!"
Eram estas as palavras na faixa do grupo de mulheres Pão e Rosas no ato em solidariedade e pela investigação da morte de Regina, funcionária terceirizada da empresa Higilimp, que teve sua morte oficializada no último dia 05 de Janeiro, no Hospital São Paulo, após ser encontrada desacordada em uma das áreas internas da estação Santa Cruz do Metrô.
Muitos usuários pararam para ouvir as falas e chegaram a pedir informações para poderem ajudar na situação, parabenizando os metroviários pela iniciativa.
A companheira Silvana Ramos, liderança da lutadas trabalhadoras terceirizadas e do grupo Pão e Rosas, fez uma intervenção de solidariedade e, com sua experiência, reforçou que a terceirização é a precarização do trabalho e da vida dos trabalhadores. Falou sobre seu trabalho como terceirizada dentro da Universidade de São Paulo, relatando as péssimas condições de trabalho e reforçou a necessidade de união e de luta contra os ataques patronais.
Uma das intervenções mais emocionante foi feita por um trabalhador terceirizado da Higilimp, na qual ele relatou o tratamento que os funcionários têm dos diretores da empresa, das más condições de trabalho e da extenuante jornada que eles levam para manter as estações do metrô sempre limpas. Em sua fala também colocou que esta não era a primeira tragédia e não seria a última, pois a empresa faz sansões aos trabalhadores que faltam, mesmo apresentando atestado médico e que ele não tinha medo de se apresentar, que poderia ser até demitido, mas que gostaria que todos soubessem o que ocorre por trás da limpeza impecável das estações de metrô de São Paulo.
O ato se encerrou com os participantes em coro: “Ô passageiro eu limpo o chão, mas eu sou contra a escravidão!"
A terceirização fornece um salário de miséria para milhares, causa a maioria das mortes por acidentes de trabalho, segrega a classe trabalhadora e, para as mulheres, ainda recai a dupla ou tripla jornada de trabalho. Não é por acaso que os piores postos de serviço são ocupados por mulheres, na maioria das vezes negras, pois o machismo e racismo, além de outras formas de opressão, são utilizados, pelo sistema capitalista, para explorar ainda mais estes setores.
“Basta de acordos e de demissões,
Nós somos mulheres que enfrentam os patrões....
... Trabalho precário para nos dividir,
As trabalhadoras não vão permitir,
Sou Pão e Rosas, mulheres em luta já!
O Estado capitalista, não vai nos emancipar!"
Nós do Pão e Rosas chamamos a todas e todos a nos somarmos ao novo ato votado na assembléia de trabalhadores do metrô.
Na Estação Luz, sexta, dia 31/01 as 10h.
Chamado no face:
https://www.facebook.com/events/1413795882199724/?previousaction=join&source=1
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BASTA DOS TERCEIRIZADOS DEIXAREM SUA VIDA NO METRÔ! Melhores Condições de Trabalho já!