Dando continuidade à campanha que já impulsionamos desde 2009, “Somos as negras do Haiti”, o Pão e Rosas esteve presente numa atividade que chegou a contar com cerca de 200 pessoas presentes, se mostrando do inicio ao fim como um combativo debate político como parte da campanha que estamos desenvolvendo no último período pela Solidariedade Operária e Popular com o povo haitiano, pela retirada imediata das tropas brasileiras e do imperialismo que ocupam e oprimem o Haiti.
O debate contou com a presença de Mara Onijá (dirigente da LER-QI e militante do Pão e Rosas), Pablito (trabalhador da USP e dirigente da LER-QI), Otávio Calegari (militante do PSTU e estudante da Unicamp que estava presente no Haiti no dia do terremoto), Omar Ribeiro Thomaz, professor da Unicamp (que também estava no Haiti nesta mesma ocasião), Milton Barbosa (MNU – Movimento Negro Unificado), Lúcia Skromov e Professor Amarildo (ambos do Comitê Pró-Haiti).
O debate discutiu o momento político que atravessamos no cenário internacional, colocando a necessidade de impulsionarmos uma ampla campanha pelo povo haitiano, o histórico de luta revolucionária deste povo, o papel do imperialismo neste país, a opressão histórica sofrida pelos haitianos e o papel que cumprem as tropas da ONU, ressaltando, em todas as falas, a necessidade de ações de solidariedade independente com o povo haitiano.
Mara Onijá defendeu a centralidade que deve ter em toda e qualquer campanha que se proponha séria a luta pela retirada das tropas da Minustah e do imperialismo no Haiti, denunciando o papel que Lula cumpre na opressão do povo haitiano. Mara expressou o caráter reacionário desta política,e aprofundou a necessidade de que a esquerda lance uma forte campanha que englobe não só a solidariedade operária e popular ao povo haitiano, mas a retirada imediata das tropas de Lula. Neste sentido, colocou a importância de que os setores da esquerda como o PSTU e a Conlutas coloquem no centro de seus esforços a construção de uma mobilização pela retirada das tropas.
Por volta das 19 horas, iniciou-se uma série de atividades culturais com a apresentação das bandas de hip-hop QI Alforria, Mara Onijá, Zinho Trindade e o Legado de Solano e do Ballet Afro Koteban, que fizeram suas performances como parte da solidariedade ao povo haitiano.
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