Lançamento da Secretaria de Mulheres do SINTUSP dia 09 de abril às 18h no Clube dos Funcionários da USP. Serão vendidos comes e bebes. Apresentações: Hip Hop com Mara Onijá do Pão e Rosas – Batuque das Anas - Apresentação de Capoeira “Grupo Arte e Ginga” - Oficina de Samba Rock – Baile nostalgia com DJ“Olho o relógio e dou um suspiro de alívio. 19 horas, enfim acaba mais um dia de trabalho. Assino a folha de ponto e dirijo-me para a rua com uma sensação boa de ter cumprido minha jornada de trabalho. Durante o percurso até o ponto começam a surgir em minha cabeça as tarefas que me aguardam em minha casa: Preciso preparar o jantar, lavar a louça, colocar a roupa para lavar e depois passar o uniforme do dia seguinte, meu e de meu marido, e também verificar o banheiro, recolher o lixo, os brinquedos e tudo o mais que estiver espalhado pelo caminho. Além disso, tenho que conversar com minha filha, saber do seu dia e isto inclui neste curto espaço de tempo ajudar nas tarefas da escola. No fundo, tenho a sensação de que quando chego em casa ainda não acabou a minha jornada de trabalho...”
Essa é a rotina de centenas, milhares e milhões de trabalhadoras, um “exército silencioso” de mulheres que suportam além de todas estas tarefas, o assédio moral nos locais de trabalho, como na Escola de Aplicação; a violência nas ruas e dentro de casa; a diferença salarial entre homens e mulheres pelo mesmo trabalho; a precarização do trabalho como nas empresas Personal, Faísca, Higilimp e outras que vemos na USP; os altos ritmos de produção como nos restaurantes da COSEAS... mas são também milhares de professoras em greve, da saúde, do telemarketing, das fábricas metalúrgicas, de alimentação, de limpeza, das empresas têxteis, comerciárias, trabalhadoras do campo, bancárias, donas de casa e desempregadas que suportam essas péssimas condições de trabalho e humilhações diárias...Neste 9 de abril, chamamos as mulheres trabalhadoras da USP, efetivas, terceirizadas e fundacionais, a se rebelarem. Todas as centenas, milhares e milhões de trabalhadoras, e principalmente aquelas que se encontram em luta, como as professoras em greve da rede estadual, as trabalhadoras terceirizadas da Personal, as trabalhadoras da Escola de Aplicação, as jovens que hoje ocupam a COSEAS, as estudantes combativas que com sua juventude e rebeldia se solidarizam com as lutas de todas estas trabalhadoras. O dia 9 de abril, dia de lançamento da nossa Secretaria de Mulheres é pra gritarmos bem alto pelos nossos direitos. Exigir o fim da terceirização que escraviza, humilha e divide, lutando pela incorporação de todas e todos trabalhadores terceirizados. E principalmente, para que todas as mulheres trabalhadoras e jovens desta universidade se organizem na Secretaria de Mulheres do SINTUSP. Para que possamos nos organizar e discutir nossos direitos, transformando a luta contra a opressão da mulher, numa luta de todo o sindicato e de toda a categoria de trabalhadores da USP!
Pelos direitos da mulher trabalhadora! Basta de violência contra as mulheres! Não ao assédio moral nos locais de trabalho! Não à violência policial contra a população negra! Unidade das trabalhadoras e trabalhadores! Efetivação de todos os (as) terceirizados (as) sem necessidade de concurso público, respeitando sua experiência de trabalho! Todo apoio à luta dos trabalhadores e trabalhadoras da PERSONAL!
Retirada imediata das tropas brasileiras que dirigem a MINUSTAH no Haiti! Basta de estupro às mulheres haitianas!
Por um programa de saúde que atenda às necessidades das mulheres! Proteção e afastamento das trabalhadoras grávidas diante da Gripe A (H1N1) com abertura imediata de CAT quando necessário! Mais nenhuma mulher deve morrer por aborto clandestino! Direito ao aborto legal, seguro e gratuito!
REPÚDIO AOS CASOS DE PEDOFILIA DO VATICANO!
É aberrante a verdade que está vindo a tona no último mês sobre os casos de pedofilia e abusos de menores por parte de padres e sacerdotes. Repudiamos todos esses casos, e exigimos a punição de todos os culpados que abusaram de crianças que em sua grande maioria são filhos de mães pobres, mães solteiras e avós. Não podemos aceitar que uma instituição que ignora a morte de milhares de mulheres por conta de abortos clandestinos continue dizendo que “defende a vida” enquanto é responsável pelo estupro de crianças.
ÀS PROFESSORAS EM GREVE DA REDE ESTADUAL!
Continua a greve de professores e professoras da rede estadual. Apesar da repressão do governo Serra pra disciplinar os lutadores e do bônus pra dividir ainda mais a categoria, as professoras, que são a maioria na categoria, ainda mantém sua luta nesta semana. Fazemos uma saudação especial às mulheres que hoje se colocam em luta!
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