(Brasil de Fato, 26/08/09) Em Roma, turistas se surpreendem com os grevistas. Em agosto, o mês mais quente do verão europeu, um assunto dominou as conversas entre os italianos: a crise. Centenas de milhares de trabalhadores perderam seus postos de trabalho na Itália desde o início do ano. As previsões assinalam uma queda de cerca de 1% do PIB em 2009 e demissões em massa no setor industrial de ponta, como na Fiat, sediada em Turim. Mesmo o clima de férias, típico desta época do ano, já se esboçam respostas dos setores descontentes. Em Roma, os turistas se surpreendem com os grevistas do Instituto de Vigilância Urbana acampados em frente ao Coliseu, em defesa dos seus empregos ameaçados. (...) Uma resposta de fundo para crise italiana estaria em uma unificação dos setores marginalizados que abarcasse os trabalhadores precarizados, os imigrantes ilegais, os desempregados, os estudantes e, em geral, aqueles que sentem na pele os efeitos da crise. Os primeiros movimentos grevistas no atual cenário são mostras incipientes de um descontentamento popular que pode ganhar força à medida que se articularem com a sociedade civil. Na Fiat, o descontentamento tem se expressado na forma de paralisações do trabalho por curtos períodos. “Essas greves são demonstrações de incerteza quanto aos rumos da Fiat”, afirmou Giorgio Airaudo, secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Turim. “Os trabalhadores estão pagando muito alto por uma crise que não foram eles que geraram”.
Leia artigo completo, escrito por Marina Fuser do Pão e Rosas, no site do Brasil de Fato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário