Clarissa Menezes, mestranda em Saúde Coletiva na UFRJ e integrante do Pão e Rosas, compôs a mesa da Plenária de Opressões da ANEL, ao lado de Camila do Movimento Mulheres em Luta da Conlutas, Wilson do GT de Negros e Negras da Conlutas e Douglas representante do GT GLBT da Conlutas
Se agora, depois de nossa participação, reforçamos a necessidade de que as resoluções saiam do papel, é porque já participamos de outros encontros, congressos, plenárias e assembléias dirigidos pelos companheiros e companheiras do PSTU, onde muitas das resoluções permaneceram em palavras. Acreditamos que hoje, diante da situação de crise na qual nos encontramos, diante da conjuntura latino-americana onde a direita financiada pelo imperialismo avança sobre nosso continente e diante de mais violência contra as mulheres em todos os países, com estupros e mortes por abortos clandestinos, além das novas ondas de demissões e ataques, é mais do que necessário que a juventude tenha uma organização a altura das tarefas que estão colocadas. E para isso, o primeiro passo é que as discussões e resoluções que foram apresentadas e aprovadas nessa reunião se transformem em ação concreta.Flávia Vale, estudante da USP e militante do Movimento A Plenos Pulmões denunciou os casos de violência e assédio dentro das Universidades e Moradias Estudantis, chamando a ANEL a construir uma ampla campanha contra essa violência
Por isso gritamos: A ANEL tem que ir pras ruas! Dizer ao povo de Honduras que não estão sozinhos contra o governo golpista! Infelizmente, a proposta que apresentamos juntamente dos companheiros do Movimento A Plenos Pulmões de que a ANEL organizasse dentro de duas semanas um ato contra o golpe em Honduras foi rechaçada por grande parte da plenária. Uma posição no mínimo absurda, lembrando que Honduras está prestes a legitimar o golpe com eleições interinas no próximo mês, o que significa que nós devemos redobrar a mobilização. Acreditamos que ainda há tempo de mudar de posição, corrigindo o erro, e organizar um grande ato da juventude contra o golpe em Honduras! O Pão e Rosas faz novamente esse chamado.
Bia Michel, estudante de Serviço Social da PUC-SP e integrante do Pão e Rosas colocou a necessidade das estudantes que agora estão construindo a ANEL se aliarem às mulheres trabalhadoras e lutarem por seus direitos
A plenária de opressões contou com um número importante de pessoas, o que para nós mulheres na luta contra a opressão e exploração é muito significativo. O Pão e Rosas buscou contribuir ao máximo com o debate, e todas as resoluções que propusemos foram aprovadas. Agora, queremos estar na linha de frente para que tudo que discutimos se transforme em medidas concretas, colocando de pé uma grande campanha pelo direito ao aborto nesse 28 de setembro, lutando contra o assédio sexual e a violência nas Moradias Estudantis, exigindo creches 24 horas, lutando pela incorporação das trabalhadoras terceirizadas e colocando de pé comitês de mulheres contra o golpe em Honduras! Onde o Pão e Rosas estiver lutaremos por essa perspectiva, organizando as estudantes pela base e exigindo de nossas entidades representativas a concretização dessas resoluções!
*Texto escrito pelas integrantes do Pão e Rosas presentes na reunião da ANEL.
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