quinta-feira, 10 de setembro de 2009

"Ô Suely, sou professor(a)! Nomenclatura não é favor!"

Nessa quinta-feira, as trabalhadoras das Creches da USP fizeram um ato em frente a Faculdade de Educação e marcharam até a Reitoria para reivindicar que seja cumprido o acordo de fim de greve firmado no dia 30 de junho deste ano pela reitora Suely Vilela. Nessa greve foram 57 dias de luta em defesa do sindicato e contra a repressão, onde muitas destas companheiras tiveram uma importante atuação. Entretanto, até hoje não foi resolvida a questão da nomenclatura destas trabalhadoras, que reivindicam o cargo de professoras, tendo sido este um dos pontos de reivindicação da greve.

Diana Assunção, trabalhadora da Faculdade de Educação da USP foi ao ato para levar a solidariedade do grupo de mulheres Pão e Rosas: "Companheiras, venho aqui para dizer que nós do Pão e Rosas apoiamos a luta das trabalhadoras das Creches da USP e reforçamos que é necessário acreditar em nossas próprias forças para conquistar nossos direitos. Aproveito esse momento para fazer uma saudação especial às professoras do ensino infantil em Honduras, que têm sido o setor mais reprimido pelo governo golpista! Vamos continuar todas juntas na luta!"

(Informe) Uma comissão (Nany, Ana Araújo, Sheila Cruz, Solange do Sintusp e Zilda do STU) foi recebida por representates da reitoria (Prof. Amadio e o advogado Dr. Alberto), a quem foi confiado um exemplar do livro "O Dia a Dia nas Creches", escrito pelas trabalhadoras das creches da USP e lançado pela editora Artmed naquele mesmo dia, durante o V Congresso Paulista de Educação Infantil, realizado na USP. De acordo com esses representantes, o processo está caminhando, mas houve algumas "dúvidas" em relação a artigos da LDBEN. Marcaram nova reunião para o dia 24/09/2009, para a qual deverá ser organizado novo ato. Durante a entrada da comissão, uma assembléia que se instaurou, aproveitando a presença das trabalhadoras da USP do interior, votou indicativo de paralisação no dia 15/10/2009, (dia do professor), caso o processo continue parado. Um dos motivos da demora no processo foi uma proposta que a reitorável Sônia Penin, diretora da Faculdade de Educação, enviou à reitoria sem nenhum diálogo prévio com a comissão de nomenclatura das creches. Outra informação interessante é a de que houve eleição para a coordenação do Fórum Paulista de Educação Infantil durante o congresso, e a "Nova Chapa", a qual apoiamos, perdeu para a poderosa e acadêmica chapa da situação "Criança é feita para brilhar... " por apenas 20 votos.

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