sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Grande debate na USP diz NÃO ao racismo no Carrefour de Osasco

Januário, trabalhador da USP que foi agredido se fez presente no ato-debate
Por iniciativa de estudantes e trabalhadores da USP, aconteceu ontem no prédio da História o debate “Racismo. Violência e Globalização”. A atividade contou com a participação de cerca de 100 pessoas e uma mesa composta por Kabenguele Munanga e Dennis de Oliveira (professores da USP), Zezé Menezes (trabalhadora da USP), Mara Onijá (militante do Pão e Rosas e da LER-QI) e Douglas Belchior (militante da Uneafro). A mesa foi coordenada por Celso, trabalhador da USP e militante da LER-QI.
Pouco mais de um mês após o espancamento de Januário Alves de Santana, trabalhador da USP, o debate ontem denunciava: “Carrefour agride negro brasileiro: eis o ano da França no Brasil”. Januário, que esteve presente na atividade, relatou a brutalidade da qual foi alvo quando foi acusado de tentar roubar o próprio carro no estacionamento do Carrefour Osasco. O depoimento foi emocionante, fortalecendo um sentimento bastante presente no debate de que não podemos nos calar frente a violência racista que permanece até os dias de hoje, mais de 120 anos após a abolição da escravidão.
Todas as falas enfatizaram que o caso não é isolado, mas expressa sim como o racismo ainda é uma marca profunda da sociedade em que vivemos. Nós do Pão e Rosas nos colocamos de pé, ao lado de Januário e todos os negros e negras que sofrem com o racismo e a violência policial. Do mesmo modo, nos colocamos ao lado dos moradores das favelas que têm se manifestado contra a repressão da polícia , como em Heliópolis na semana passada. A realidade impõe que nos levantemos!

Um comentário:

Aldeia Griot disse...

Agradecido pela postagem falando sobre o evento. Muito bom, pois aparentemente a grande mídia fez boca pequena sobre ele.

Tomamos a liberdade de reposta-lo no nosso blog com os devidos credítos.

Muito axé e militância sempre.