(Tegucigalpa, 24/09/09) Amigas, amigos. Acabo de voltar do hospital onde levei meus irmãoes que foram arrastados pela polícia (depois da marcha) e espancados selvagemente, enquanto gritavam para eles que essa era a forma de aprender a não andar nas marchas e que Zelaya não nos ia liberar do golpe. Um dos meus irmãos de 21 anos tem os pulmões inchados de tanto soco e chute e o outro está com as duas mãos quebradas, numa mão tem uma fratura e na outra quatro. É possível que necessite de uma operação, mas isso só vamos saber na segunda. Além disso prenderam várias companheiras das Feministas em Resistência, que depois soltaram porque viram seu cartão identificatório do observatório de direitos humanos das mulheres. O que acho inacreditável é que a polícia está levando as pessoas (em sua maioria os jovens) do hospital, e entrando nas suas casas e ninguém fala nada. Meus irmãos e um companheiro só não foram pegos porque eu me identifiquei como feminista em resistência e foram embora, mas antes já tinham levado dois jovens feridos. Estão entrando nos hospitais a cada duas horas, para ver quem podem levar. E isso não podemos permitir! A Cruz Vermelha brilha por sua ausência, mas têm enfermeiras e companheiros da resistência dentro do hospital que nos ajudaram muito. Obrigada a Meli, Maria Virginia, Pavel, Carlos e Mina pelo apoio solidário. Estou chocada e só posso pensar em denunciar estes fatos. Fora a polícia nos hospitais! Um grande abraço, Jéssica
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