Por Pan y Rosas México*
As centenas de mulheres assassinadas e violentadas no México, se somam tragicamente à realidade de 600 mil abortos clandestinos por ano, dos quais, 100 mil deles terminam em complicações para a saúde, inclusive levando à morte muitas delas.
Enquanto o governo diminui a verba para a saúde, avança em seu processo de privatização, com a farsa do seguro popular, exclui milhares de mulheres e suas famílias do acesso a serviços médicos e farmacêuticos gratuitos. Além deste clerical governo panista, hipócrita e moralista, impulsionar em todo o país uma aliança com o PRI “leis antiaborto” que evitam a interrupção legal da gestação e prende quem deseja fazê-lo, leis impostas já em 18 Estados do país: Oaxaca, Yucatán, Querétaro, California, Colima, Jalisco, Veracruz, Sonora, Puebla, Morelos, Campeche, Quintana Roo, Durango, Nayarit, Guanajuato, San Luis Potosí, Chiapas e Chihuahua.
Como resultado desta lei em Veracruz há 12 mulheres condenadas por homicídio qualificado, com penas que vão de 12 a 15 anos de prisão, até em casos que a interrupção da gravidez não foi voluntária...
A verdadeira intenção dessa lei é manter o controle das decisões das mulheres e fazer com que nossos corpos fiquem a mercê das leis do Estado e das Instituições e não sob nossa vontade, para manter de pé esta ordem social escravocrata, onde a mulher não é dona nem de si mesma. Mas o controle de nosso corpo e sexualidade não se limita às leis antiaborto.
A igreja em aliança com o governo defende as novas medidas de controle e repressão da sexualidade, semeando a homofobia e lesbofobia em um país onde ser homossexual, lésbica, travesti e transexual é algo alarmante. Em Morelos, o bispo Florêncio Olvera, iniciou o programa “Coragem”, que diz “ajudar a conversão” de homossexuais para evitar que “prejudiquem terceiros” convidando os fiéis a “terapias de cura”. Enquanto em Morelia, Alberto Suarez Inda, disse que “nem os cachorros fazem sexo com outros de mesmo sexo”. Chegando ao ponto de Onésimo Cepeda declarar que os homossexuais não vão para o céu.
Neste marco o PAN em conjunto com setores do PRI, buscam o veto à reforma da lei aprovada pela Assembléia Legislativa do DF, que permite nas cidades união entre pessoas do mesmo sexo e que estas possam adotar crianças. Mostrando uma feroz campanha ao lado da igreja, o reacionarismo e obscurantismo de um partido que reprime os setores que sofrem com a opressão do Estado e da igreja contra seu direto de decidir com quem viver e como fazê-lo.
Nós do Pão e Rosas lutamos pela liberdade sexual e acompanhamos os movimentos LGBTT em sua luta por plenos direitos civis e legais!
Pelo fim da campanha de ódio semeada pelo panismo e a igreja!
Abaixo as violentas leis antiaborto do país!
Contra a tentativa da igreja e do panismo de reverter a lei pelo direito ao aborto até a 12° semana no DF, lutemos pelo direito à educação sexual em todos os níveis de educação pública, por anticoncepcionais gratuitos para não abortar e pelo direito ao aborto legal, seguro e gratuito para não morrer!
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Pão e Rosas junto às nossas irmãs haitianas!
Assim como fizemos durante o golpe de Estado em Honduras, o Pão e Rosas levanta hoje uma grande campanha unitária em solidariedade com as mulheres no Haiti junto a outras agrupações, coletivos, ativistas feministas, autonomistas, anticapitalistas de mais de 13 países da América latina e Caribe. Exigimos a retirada das tropas imperialistas da ONU, que a ajuda saia ós lucros milionários das empresas capitalistas e que seja distribuída por organizações de mulheres, sindicais e populares.
Enviamos uma correspondente para levar nossa solidariedade ao acampamento feminino que instalaram companheiras dominicanas e costarriquenhas na fronteira com a República Dominicana, e que se converteu em um centro físico e simbólico do apoio de todas as mulheres da América Latina e Caribe com nossas irmãs haitianas.
No próximo 8 de março, Dia Internacional da Mulher, devemos convertê-lo em uma grande jornada de luta pelos nossos diretos no México e um dia de luta antiimperialista e de solidariedade internacionalista em todos os países da América Latina e Caribe junto às mulheres haitianas.
No próximo 8 de março, Dia Internacional da Mulher, devemos convertê-lo em uma grande jornada de luta pelos nossos diretos no México e um dia de luta antiimperialista e de solidariedade internacionalista em todos os países da América Latina e Caribe junto às mulheres haitianas.
*Traduzido por Bruna Bastos
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