quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Por um 8 de Março contra os ataques do governo Dilma

Por: Odete Cristina

Rumo ao 8 de Março, as mulheres precisam se organizar para fazer uma grande manifestação contra as primeiras medidas tomadas pelo “novo” governo de Dilma com ataques e ajustes aos direitos trabalhistas, como é a reforma no setor previdenciário.

Rumo ao 8 de Março, as mulheres precisam se organizar para fazer uma grande manifestação contra as primeiras medidas tomadas pelo “novo” governo de Dilma com ataques e ajustes aos direitos trabalhistas, como é a reforma no setor previdenciário. Não seremos nós, as mulheres, que pagaremos pela crise que os capitalistas criaram! Por isso gritamos que não somos uma no poder, sejamos milhares nas ruas neste 8 de Março contra os ajustes e os ataques de Dilma!
Se apoiando no exemplo de milhares de mulheres trabalhadoras que foram linha da frente das greves que tomaram o país nos últimos meses, neste 8 de março é fundamental unir os trabalhadores e a juventude para defender os direitos das mulheres, demonstrando que é uma luta que deve ser tomada pelo conjunto do movimento estudantil e operário, não de maneira separada ou exclusiva das mulheres. É preciso dizer que este 8 de Março também será TRANS*! Também será das mulheres lésbicas, negras, terceirizadas, das mais oprimidas e mais exploradas! Para enfrentar a profunda crise da água, aumento dos preços dos alimentos o aumento dos transportes, cuja maioria dos usuários são mulheres que sofrem cotidianamente com a péssima qualidade e os inúmeros casos de assédio sexual e violência.
Queremos dar voz a todas as mulheres brutalmente assassinadas e violentadas pelo machismo estrutural do sistema capitalista em que vivemos. Por isso, devemos lutar para que as organizações de trabalhadores como os sindicatos e os partidos de esquerda, assim como as entidades estudantis tomem em suas mãos a luta contra a violência, organizando uma verdadeira campanha tornando vivo o debate e o combate a esta prática reacionária para garantir a igualdade na vida das mulheres, que qualquer lei ou decreto, por si só, será incapaz de garantir.
Não vamos nos calar diante das inúmeras mortes por aborto clandestino em nosso país. Enquanto o governo Dilma segue nos negando o direito a maternidade, milhares de mulheres recorrem a clínicas clandestinas para a realização do aborto, já que não possuem condições de cuidar dos filhos, colando suas vidas em riscos, principalmente as mulheres negras. Não aceitaremos mais Jandiras ou Elisangelas! Basta de mulheres mortas por aborto clandestino! Queremos aborto legal, seguro e gratuito e nosso direito a maternidade garantido.
Por isso, a você trabalhador e trabalhadora, jovem estudante universitária ou secundarista, dona de casa, que talvez tenha nos conhecido através de uma amiga, de um ato de rua, de um panfleto entregue no seu local de trabalho ou de estudo, te convidamos a organizar conosco um 8 de Março de luta contra os ajustes e a precarização de nossas vidas! Venha organizar um bloco de homens e mulheres, estudantes e trabalhadores, que lutamos como uma tarefa de toda Nossa Classe, pelo direito ao Pão e também às rosas.
Original: Palavra Operária
XXXXX

Nenhum comentário: