É preciso que toda a juventude se levante para lutar contra a violência à mulher!
A violência sexual no interior do país é algo que cresce de forma assustadora, vemos o aumento de ocorrências de atentados contra mulheres seja nas ruas, seja dentro das suas casas ou mesmo dentro das Universidades, seguido da resposta da polícia e da mídia inocentando os culpados, ou no caso da Universidade, abafando os casos.
No interior de São Paulo, bem como deve acontecer em outras partes de nosso país de proporções continentais, casos de estupro são investigados, mas os inquéritos policiais são abertos com o intuito de questionar a palavra de crianças e mulheres estupradas, convertendo as vítimas em culpadas quando se ressaltam os argumentos visando apresentá-las como erradas e mentirosas dando assim, respaldo para a atuação de diversos maníacos que vivem tranqüilamente em nossa sociedade, enquanto as mulheres assediadas carregam dentro de si o peso da culpa e muitas vezes a vergonha de terem sido assediadas.
Temos como exemplos desse mecanismo utilizado para maquiar os casos de assédio sexual, o caso ocorrido ainda em 2007, na Moradia Estudantil da Unesp Rio Claro, (caso que, assim como em várias outras instituições, foi abafado pela Universidade) onde um aluno do curso de Geologia (curso do qual o diretor do Instituto na época era professor) assediou uma companheira de casa enquanto ela estava alcoolizada. A direção alegou que a aluna não deveria ter bebido, a partir do momento em que ela o fez abriu margem para que o aluno fizesse com ela o que ele quisesse. Por mais absurdo que pareça, esta é a mesma opinião da delegada da Delegacia da Mulher. Tanto o assediador quanto a estudante que sofreu o assédio receberam a mesma “punição”, ambos foram expulsos da Moradia. O assediador ainda é taxado de coitado por alguns alunos da Unesp que souberam do caso, o que demonstra o extremo grau de alienação e consciência reacionária da maioria dos estudantes universitários.
Mais recentemente tivemos os casos de estupro ocorridos na Universidade Federal Fluminense, campus Rio das Ostras, onde a diretoria da Instituição teve acordo de que não poderia fazer nada contra um estuprador em série, levando em consideração que os casos ocorreram fora da Universidade, com ingressantes de apenas 18 anos. O delegado da cidade, como bom homem da lei, disse que tais tipos de ocorrência são banais e corriqueiras, e assim sendo, não poderia fazer nada á respeito.
Voltando agora ao estado de São Paulo, o mais promissor e desenvolvido de nosso país, encontramos novamente dentro dos muros da Unesp, casos de tentativas de estupro ocorridas no campus de Rio Claro e que a direção, (como bem manda nosso conjunto de normas morais) nada disse ao conjunto da comunidade acadêmica, reagindo da forma mais passiva possível, deixando o campus no mais completo breu (o campus de Rio Claro possui enorme extensão e iluminação precária).
Ainda na tão elogiada Unesp, agora em Araraquara e novamente na Moradia, veio à tona o caso de um morador que assediou estudantes durante os 6 (seis) anos em que esteve lá. Essas estudantes, temendo represálias, mantinham o silêncio, bem como os demais moradores. A Direção da Faculdade, após ser pressionada pela mobilização de estudantes (que estavam dispostos a lutar pela saída do assediador da Moradia), receosa com a proporção que essa mobilização poderia tomar e com o escândalo que poderia prejudicar a burocracia acadêmica, decidiu sim, tirar o assediador da Moradia. A saída encontrada pela burocracia acadêmica foi um tanto quanto benevolente: concedeu uma bolsa ao assediador (após ter cortado grande parte dos auxílios alimentação dos alunos), demonstrando assim sua “revolta” com o caso, que ainda rendeu um incêndio em um dos blocos da Moradia.
Como infelizmente a lista de casos é gigantesca, temos ainda exemplos em Rio Claro, onde no último mês oito mulheres foram estupradas e a polícia fez seu papel: inventou histórias e, com a colaboração da mídia, questionou a veracidade dos casos relatados pelas mulheres. Desses oito casos, três, incluindo o de uma menina de apenas 13 anos que foi estuprada por 5 (cinco) homens, entre eles um senhor de mais de 60 anos, foram desmentidos pela mídia. Ora acusando a mulher de infidelidade, ora questionando como uma mulher pode ser estuprada por seu namorado, ora dizendo de forma hipócrita que era pura invenção de uma mente fantasiosa e pervertida.
A violência sexual no interior do país é algo que cresce de forma assustadora, vemos o aumento de ocorrências de atentados contra mulheres seja nas ruas, seja dentro das suas casas ou mesmo dentro das Universidades, seguido da resposta da polícia e da mídia inocentando os culpados, ou no caso da Universidade, abafando os casos.
No interior de São Paulo, bem como deve acontecer em outras partes de nosso país de proporções continentais, casos de estupro são investigados, mas os inquéritos policiais são abertos com o intuito de questionar a palavra de crianças e mulheres estupradas, convertendo as vítimas em culpadas quando se ressaltam os argumentos visando apresentá-las como erradas e mentirosas dando assim, respaldo para a atuação de diversos maníacos que vivem tranqüilamente em nossa sociedade, enquanto as mulheres assediadas carregam dentro de si o peso da culpa e muitas vezes a vergonha de terem sido assediadas.
Temos como exemplos desse mecanismo utilizado para maquiar os casos de assédio sexual, o caso ocorrido ainda em 2007, na Moradia Estudantil da Unesp Rio Claro, (caso que, assim como em várias outras instituições, foi abafado pela Universidade) onde um aluno do curso de Geologia (curso do qual o diretor do Instituto na época era professor) assediou uma companheira de casa enquanto ela estava alcoolizada. A direção alegou que a aluna não deveria ter bebido, a partir do momento em que ela o fez abriu margem para que o aluno fizesse com ela o que ele quisesse. Por mais absurdo que pareça, esta é a mesma opinião da delegada da Delegacia da Mulher. Tanto o assediador quanto a estudante que sofreu o assédio receberam a mesma “punição”, ambos foram expulsos da Moradia. O assediador ainda é taxado de coitado por alguns alunos da Unesp que souberam do caso, o que demonstra o extremo grau de alienação e consciência reacionária da maioria dos estudantes universitários.
Mais recentemente tivemos os casos de estupro ocorridos na Universidade Federal Fluminense, campus Rio das Ostras, onde a diretoria da Instituição teve acordo de que não poderia fazer nada contra um estuprador em série, levando em consideração que os casos ocorreram fora da Universidade, com ingressantes de apenas 18 anos. O delegado da cidade, como bom homem da lei, disse que tais tipos de ocorrência são banais e corriqueiras, e assim sendo, não poderia fazer nada á respeito.
Voltando agora ao estado de São Paulo, o mais promissor e desenvolvido de nosso país, encontramos novamente dentro dos muros da Unesp, casos de tentativas de estupro ocorridas no campus de Rio Claro e que a direção, (como bem manda nosso conjunto de normas morais) nada disse ao conjunto da comunidade acadêmica, reagindo da forma mais passiva possível, deixando o campus no mais completo breu (o campus de Rio Claro possui enorme extensão e iluminação precária).
Ainda na tão elogiada Unesp, agora em Araraquara e novamente na Moradia, veio à tona o caso de um morador que assediou estudantes durante os 6 (seis) anos em que esteve lá. Essas estudantes, temendo represálias, mantinham o silêncio, bem como os demais moradores. A Direção da Faculdade, após ser pressionada pela mobilização de estudantes (que estavam dispostos a lutar pela saída do assediador da Moradia), receosa com a proporção que essa mobilização poderia tomar e com o escândalo que poderia prejudicar a burocracia acadêmica, decidiu sim, tirar o assediador da Moradia. A saída encontrada pela burocracia acadêmica foi um tanto quanto benevolente: concedeu uma bolsa ao assediador (após ter cortado grande parte dos auxílios alimentação dos alunos), demonstrando assim sua “revolta” com o caso, que ainda rendeu um incêndio em um dos blocos da Moradia.
Como infelizmente a lista de casos é gigantesca, temos ainda exemplos em Rio Claro, onde no último mês oito mulheres foram estupradas e a polícia fez seu papel: inventou histórias e, com a colaboração da mídia, questionou a veracidade dos casos relatados pelas mulheres. Desses oito casos, três, incluindo o de uma menina de apenas 13 anos que foi estuprada por 5 (cinco) homens, entre eles um senhor de mais de 60 anos, foram desmentidos pela mídia. Ora acusando a mulher de infidelidade, ora questionando como uma mulher pode ser estuprada por seu namorado, ora dizendo de forma hipócrita que era pura invenção de uma mente fantasiosa e pervertida.
Mas a violência contra a mulher tem origens milenares, é anterior a essa sociedade que conhecemos, o capitalismo, e está ligada com o surgimento da propriedade privada e da família. Apesar de que as formas de violência (e de organização social) se modifiquem, bem com a compreensão social da mesma, deriva dessa opressão da mulher no seio da família e da propriedade privada a idéia de que a violência praticada contra a mulher seja algo "privado", que ocorre no âmbito doméstico e que portanto ninguém deveria se meter. Quando ocorre fora do âmbito familiar, não é raro ouvirmos que "ela provocou", seja por estar usando tal ou qual roupa (como no caso recente de Geisy Arruda da Uniban), ou ainda, alguns afirmam que a mulher estaria "faltando com a verdade", ou que o seu relato de ter sido vítima de uma violência seria uma "suposição" (como recentemente noticiou o G1, em relação à denúncia de estupro por um policial do BOPE feita por uma moradora do morro Mangueira, no Rio de Janeiro). Ou seja, ao mesmo tempo em que se estabelece que é "politicamente correto" ser contra a violência contra às mulheres, discursos e práticas cotidianas demonstram o contrário. Apesar de que sabemos que as mulheres burguesas também sofrem com a violência à mulher, casos que envolvem mulheres burguesas são tratados de forma diferente de casos que envolvem mulheres pobres ou negras, nestes últimos é bem mais comum que a veracidade do ocorrido seja questionada. Isso ocorre porque vivemos em uma sociedade burguesa que tem um extenso histórico de opressão à classe trabalhadora.
Diante de todos esses acontecimentos, os quais todas as mulheres estão sujeitas, fica claro que apenas as pobres sofrem com a impunidade e com o desrespeito das autoridades e de toda a sociedade. Nós do Grupo de Mulheres Pão e Rosas chamamos todos e todas a nos levantarmos para gritar:
Basta de violência contra a mulher! Punição aos culpados!
Que todas e todos estudantes, suas entidades sejam grêmios, CA’s e DCE’s, assim como a ANEL, tomem com seu o exemplo que nos dá o movimento estudantil da Unesp de Araraquara, que após intensa mobilização conseguiram expulsar um assediador da moradia estudantil, se colcando à frente na luta contra a violência a mulher. Tomemos em nossas mãos esse exemplo e essa bandeira de luta, chamando a mais ampla discussão e mobilização nesse próximo dia 25 de novembro, dia internacional de ação contra a violência à mulher!
Diante de todos esses acontecimentos, os quais todas as mulheres estão sujeitas, fica claro que apenas as pobres sofrem com a impunidade e com o desrespeito das autoridades e de toda a sociedade. Nós do Grupo de Mulheres Pão e Rosas chamamos todos e todas a nos levantarmos para gritar:
Basta de violência contra a mulher! Punição aos culpados!
Que todas e todos estudantes, suas entidades sejam grêmios, CA’s e DCE’s, assim como a ANEL, tomem com seu o exemplo que nos dá o movimento estudantil da Unesp de Araraquara, que após intensa mobilização conseguiram expulsar um assediador da moradia estudantil, se colcando à frente na luta contra a violência a mulher. Tomemos em nossas mãos esse exemplo e essa bandeira de luta, chamando a mais ampla discussão e mobilização nesse próximo dia 25 de novembro, dia internacional de ação contra a violência à mulher!
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