Ao contrário do que muitos pensam, o machismo, a homofobia e o racismo também se expressam nas universidades. Estas, tidas como espaço privilegiado de reflexão e pensamento crítico, são muitas vezes palco de casos absurdos de preconceito e opressão. O recente escândalo da Uniban, em que uma estudante que usava um vestido tido como “inadequado” quase foi agredida por seus próprios colegas, chegando a ser expulsa pela direção da universidade é a prova mais gritante disso. Nas universidades públicas não é diferente. Há alguns meses estudantes da Unesp de Araraquara sofreram com assédios sexuais dentro da moradia e, na Unicamp, todos sabemos que o cotidianamente acontecem estupros dentro do campus, além dos casos de assédio moral contra trabalhadoras, estudantes e professoras. Na nossa moradia, as estudantes mães passam por situações constrangedoras durante a seleção para os estúdios (casas para famílias), tendo que provar que possuem uma relação estável. Nas relações de trabalho, o machismo e o racismo também se expressam, não por acaso a maior parte das funções mais precarizadas nas universidades, e também fora delas, são exercidas por mulheres negras, as terceirizadas que limpam o IFCH são um exemplo disso. Para nós, membros da chapa Terra em Transe, é fundamental que o movimento estudantil de conjunto e suas entidades, como os centros acadêmicos, impulsionem a auto-organização dos negros, das mulheres e dos GLBTT, além de tomarem toda a luta contra as opressões como sua. Nesse sentido, o CACH deve ser uma entidade militante contra o racismo, o machismo e a homofobia, levantando as bandeiras e as demandas desses setores, sendo um espaço permanente de expressão e luta contra as opressões. Clique aqui para o ver o programa completo da chapa.
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