Movimento estudantil não é apenas um flash mob. Movimento estudantil é a parcela mais consciente de estudantes que entendem que sempre que necessário lutar lutarão. A tal chapa dos anti-greve, a turma do flash mob que está concorrendo as eleições do DCE deu entrevista no Estadão dizendo que são contra a radicalização do movimento estudantil da USP. Mas a radicalização de que eles falam é contra os estudantes que lutaram e apoiaram a greve dos trabalhadores e que lutaram lado a lado dos trabalhadores contra a entrada da PM no Campus e pela readmissão de Brandão demitido por perseguições políticas.
Esse nome (Reconquista) é apelação para voltar o fascismo pelo menos dentro da USP, não dando o direito das pessoas se manifestarem ou serem ligados a partidos políticos. Dizem ser apartidários, porém se for pelo menos Tucanos, tudo bem. O que não pode é ser pró operário. Preferem ser independentes e autônomos em relação às reivindicações dos trabalhadores! É claro que sim, algum desses sabe o que é trabalhar para sobreviver? Sabe quanto custa ao menos um quilo de feijão? Sabem quantos meses cada trabalhador deixa de salário para o governo? Será que sabem quem sustenta a Universidade?
Talvez até saibam, porém o projeto é estudar para gerenciar a empresa do papai e usar a universidade para produzir pesquisas apenas para o lucro, e não para a maioria que mantém a Universidade. Viva os estudantes que lutaram ao lado dos trabalhadores na greve de 2000, contra o projeto lei que privatizava a Universidade, o deputado também tucano naquela época teve de recuar. Viva os estudantes que lutaram em 2005 contra o veto ao aumento das verbas para as universidades, vetada pelo governo também tucano. Viva a ocupação de 2007 que impediu que o decreto de Serra, também Tucano, acabasse com a autonomia Universitária e que o obrigou a recuar com a Univesp. Viva o movimento estudantil que lutou ao lado dos trabalhadores contra a entrada da PM no Campus.
São esses estudantes compromissados com a luta em defesa da universidade, contra as fundações privadas, contra a terceirização, por ensino gratuito de qualidade em defesa de salários e condições de trabalho que tem de estar na diretoria do DCE. Parabéns aos estudantes e funcionários conscientes que defendem a Universidade. Fora os fascistas do flash mob. Do rio que tudo arrasta se diz que é violento. Mas ninguém diz violentas, as margens que o comprimem.
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