
“Isso não sai do nada. É uma profunda experiência que viemos fazendo com a antiga Comissão Interna. Dessa vez, aqui as mulheres trabalhadoras somos a maioria, e somos também as que mais trabalhamos e as que menos recebemos; sem esquecer que nossas reivindicações e demandas continuam postergadas. Entretanto, a partir da luta que se abriu com o problema da gripe A, nós mulheres começamos a mudar nossa localização, encarando ações e tomando posições mais comprometidas. Por isso, eu acho, se abrem novos momentos para nós, algo que temos que debater para começar a ser protagonistas de nosso destino. Na rebelião contra a gripe A fomos nós mulheres as que nos colocamos na frente, e na nova Comissão Interna somos 6 homens e 5 mulheres, divididos em 6 turnos. Nota-se que algo mudou e se abrem possibilidades para ganhar posições mais ativas; começamos a ser protagonistas”.
Pamela continua: “Sabemos que somos as que mais sofremos os ritmos e condições de trabalho abusivos. Por isso a grande tarefa a encarar será avançar em nossas reivindicações, denunciando os atropelos patronais e ganhar espaços na organização. Entre as propostas que impulsionamos como Comissão Interna, somamos a formação de uma Comissão da Mulher. É hora de abrir esta comissão junto a um debate democrático para que todas trabalhadoras possam participar. Assim como as companheiras terceirizadas da limpeza que têm negados seus direitos e sua voz”.
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