Balanço das estudantes de Serviço Social e assistentes sociais que integram o Pão e Rosas que estiveram no Encontro Nacional de Estudantes de Serviço Social
O XXXI Encontro Nacional de Estudantes de Serviço Social (ENESS) realizado no Rio de Janeiro entre os dias 19 e 25 de julho reuniu estudantes de todo o país dispostos a discutir a opressão que sofrem as mulheres, os/as negros/as e os/as homossexuais, como se aliar aos trabalhadores e como responder aos duros ataques que tentarão nos impor com a crise se não nos organizarmos.
Nós, do Pão e Rosas (militantes da LER-QI e companheiras independentes) desde o início do encontro, travamos uma dura luta para que pudéssemos expressar a solidariedade dos estudantes de Serviço Social ao povo hondurenho que bravamente resiste à repressão, sendo presos e assassinados pelos golpistas, respondendo ao chamando feito pelas feministas hondurenhas à que a América Latina se solidarizasse com sua luta. Infelizmente, as correntes políticas anti-governistas presentes neste encontro o PSTU, e algumas correntes do Psol, e ainda alguns militantes da Consulta Popular, entre outros, mais uma vez demonstraram que o mais importante é a disputa eleitoral e de aparatos (UNE x ANEL) e não a luta de classes. Nós propusemos desde o primeiro dia que resgatássemos os atos que sempre foram realizados nos encontros, fazendo um ato em solidariedade ao povo hondurenho. Tratando-se de uma demanda democrática, até os setores petistas viam a necessidade e importância do ato, mas lamentavelmente os companheiros da esquerda anti-governista estavam somente preocupados com as eleições para a executiva do curso.
No marco da disputa eleitoral, os companheiros do PSTU se mostraram mais interessados em fazer uma discussão superestrutural com o petismo e setores governistas e mesmo do PSOL sobre a importância de romper com a UNE e construir a ANEL, do que discutir os problemas reais dos estudantes e nossa organização junto aos trabalhadores para barrar os ataques impostos pelos capitalistas durante a crise.
Nesse encontro, nós do Grupo Pão e Rosas, apresentamos outras propostas como a defesa do marxismo no currículo do nosso curso, por entendermos que o marxismo não só é a melhor teoria para explicar a sociedade de classes, como é a única que nos dá ferramentas para intervirmos nela aliando-se aos trabalhadores para buscar a superação deste sistema de opressão e exploração. Com relação ao currículo, também colocamos a importância de lutarmos pela inclusão, como matéria obrigatória, de disciplinas que tratem da questão da mulher com um viés marxista, por entendermos que esse tipo de opressão é muito útil ao capitalismo e que é de extrema importância discutir e aprofundar esse tema para que possamos compreender que um dos passos mais importantes para a superação da opressão às mulheres é a superação do sistema capitalista.
No marco da disputa eleitoral, os companheiros do PSTU se mostraram mais interessados em fazer uma discussão superestrutural com o petismo e setores governistas e mesmo do PSOL sobre a importância de romper com a UNE e construir a ANEL, do que discutir os problemas reais dos estudantes e nossa organização junto aos trabalhadores para barrar os ataques impostos pelos capitalistas durante a crise.
Nesse encontro, nós do Grupo Pão e Rosas, apresentamos outras propostas como a defesa do marxismo no currículo do nosso curso, por entendermos que o marxismo não só é a melhor teoria para explicar a sociedade de classes, como é a única que nos dá ferramentas para intervirmos nela aliando-se aos trabalhadores para buscar a superação deste sistema de opressão e exploração. Com relação ao currículo, também colocamos a importância de lutarmos pela inclusão, como matéria obrigatória, de disciplinas que tratem da questão da mulher com um viés marxista, por entendermos que esse tipo de opressão é muito útil ao capitalismo e que é de extrema importância discutir e aprofundar esse tema para que possamos compreender que um dos passos mais importantes para a superação da opressão às mulheres é a superação do sistema capitalista.
Nós, enquanto integrantes da Região VII (SP) propusemos a luta pela incorporação do Serviço Social na USP. Estudantes de outras regiões, levantaram a questão de que essa luta fosse travada em todas as Federais e Estaduais do país que ainda não oferecem o curso, com currículo pleno discutido amplamente. Propusemos também algumas campanhas já impulsionadas pelo Grupo Pão e Rosas em diversas Universidades, como a campanha contra a Terceirização, pela efetivação dos trabalhadores, a Campanha Latino Americana pela Legalização do aborto e a campanha contra a homofobia (Somos todas Marcelo Campos), chamando todas e todos estudantes dispostos a levá-las para seus locais de estudo e trabalho.
Essas discussões não puderam ser levadas até o final, já que os temas discutidos: Conjuntura, Formação Profissional, Movimento Estudantil, Universidade e Cultura, tratados nas brigadas foram engessadas pela insistência dos companheiros do PSTU em enfiar “goela abaixo” dos estudantes presentes a construção da nova entidade, a ANEL (Assembléia Nacional dos Estudantis Livre), como se esta fosse resolver todos os problemas não só do MESS como do movimento estudantil de conjunto. Uma contradição, já que se os estudantes ali não conseguissem debater de fundo todas as questões propostas pelo evento, que consideramos importantes, e todas as lutas reais dos trabalhadores, como se organizar e se ligar a elas? Como poderíamos voltar a nossas Escolas e (re)construir esse novo movimento estudantil? Além disso, acreditamos que era importante discutir neste espaço do encontro que diante da crise capitalista que vivemos, enquanto o governo Lula dá rios de dinheiro para os capitalistas, pago com o suor da classe trabalhadora através de impostos,assistimos o aumento das demissões em massa, acordos para demissão “voluntária”, corrupção e crise no senado, e a saúde pública do país entra mais uma vez em colapso diante da gripe suína, tal como foi quando a dengue matou em sua maioria a população pobre simplesmente pela incapacidade do minguante SUS prestar atendimento. Na educação a política do governo de expandir as vagas, também não terá sustenção, pois não hesitarão em cortar cada vez as já escassas verbas para repassa-las aos nossos exploradores para que sigam lucrando.
Chega de aparatos vazios! Organizar os estudantes desde a base!
Assim como no CNE, neste ENESS a discussão sobre qual programa levantar para se aliar aos trabalhadores e enfrentar a crise capitalista foi praticamente suprimida em função da discussão oca de romper ou não com a UNE e construir ou não a ANEL. Nós do Grupo Pão e Rosas encaminhamos diversas propostas de atos, campanhas, etc., visando recolocar o Movimento Estudantil de Serviço Social nas ruas, ombro a ombro com os trabalhadores e povo pobre. Apesar de termos passado a semana toda discutindo com estudantes de todo o país, colocando nossas propostas nas brigadas, mesas e discutindo com todos/as nas reuniões abertas do Pão e Rosas, essas não foram encaminhadas para Plenária Final, devido a um gravíssimo “erro” de sistematização, que consideramos ser mais do que isso, um problema político que demonstra o quão desinteressadas estavam as correntes da esquerda anti-governista em discutir concretamente um plano de lutas para o Movimento Estudantil. Também acreditamos que este espaço para a discussão e combate à política em favorecimento aos capitalistas por parte do governo Lula foi desaproveitado pela esquerda anti-governista.
Por estes motivos nos abstivemos na votação para a Coordenação Nacional da ENESSO, disputa composta por uma chapa do PSTU e uma chapa de independentes apoiados pelo PT, já que entendemos que a direção da Executiva deveria se comprometer em levar às bases o programa levantado durante o Encontro. Frente à nova Executiva Nacional eleita, composta por militantes do PSTU, chamamos a que essa se cole de fato às lutas dos estudantes e trabalhadores, não sendo apenas uma Executiva de Curso alheia à luta de classes. Chamamos todas/os estudantes, assim como a ENESSO, a levar para cada universidade e faculdade as propostas que foram discutidas nas brigadas e mesas, as propostas que foram aprovadas na plenária final. Para dar um pontapé inicial, podemos desde já expressar a mais ampla solidariedade ao povo hondurenho que segue baixo os golpistas, e em setembro se manifestar no dia 28 (Dia latino-americano e caribenho pela legalização do aborto) em cada local de estudo com atos, debates.
Toda solidariedade às lutadoras e lutadores de Honduras! Nenhuma negociação sobre o sangue derramado!
Toda solidariedade às lutadoras e lutadores de Honduras! Nenhuma negociação sobre o sangue derramado!
Por um movimento estudantil que lute lado a lado à classe trabalhadora, que se ligue à base dos estudantes e discuta a necessidade de nos organizarmos de forma indenpendente do governo para nos preparar aos ataques que virão ainda mais fortes com a crise capitalista!
Pelo direito ao livre exercício de nossa sexualidade! Contra a homofobia! Somos todas Marcelo Campos!
Pelos direitos das mulheres: direito ao aborto legal, livre, seguro e gratuito! Creches 24h em todas universidades e locais de trabalho!
Um comentário:
Companheiras do "Pão e Rosas", a chapa de oposição ao PSTU não era ligada ao PT e muito menos tinha o opoio destes, são contra o governo pró-imperialista de LULA que esqueceu a LUTA faz TEMPO ...
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Do resto parabens pela analise do encontro!
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Abraço Fraterno!
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Josuel Rodrigues de Lima
MESS Região VII
CEUNSP Itu.sP
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