segunda-feira, 6 de julho de 2009

Video: Grande debate com Prof. Jorge Luiz Souto Maior e Claudionor Brandão sobre terceirização

Com cerca de 200 pessoas, entre trabalhadores e estudantes, o Comando de Greve dos trabalhadores da USP realizou um importante debate contra a terceirização do trabalho. Diana Assunção, trabalhadora da USP e integrante do grupo de mulheres Pão e Rosas coordenou a atividade, cuja mesa foi composta pelo Prof. Jorge Luiz Souto Maior, da Faculdade de Direito da USP e Juiz do Trabalho, e Claudionor Brandão, dirigente da LER-QI e diretor do Sintusp.


Diana Assunção, do Pão e Rosas e o Prof. Jorge Luiz Souto Maior

Souto Maior falou contra o “senso comum” de que hoje a terceirização é um processo do qual os trabalhadores devem se “adaptar” ou ainda “aceitar”, e que nada pode ser feito contra isso. “Esse momento da greve é um momento importante pra parar de considerar a terceirização como normal. Eu me sinto um pouco responsável por essas coisas que tem acontecido, porque fui várias vezes lá no Sintusp e falei pras pessoas no sindicato que precisamos olhar para os trabalhadores terceirizados porque eles fazem parte do nosso contexto. E acabou que o Brandão foi intimado com processos administrativos sendo que um deles foi porque ele estava defendendo os interesses dos terceirizados” e continuou “O parecer posto no processo (...) diz que ele estava lidando com os interesses de pessoas ‘estranhas’ à universidade, ou seja, os terceirizados são estranhos”.
Claudionor Brandão

Brandão denunciou como na USP a verba destinada a segurança, em especial as empresas terceirizadas que lucram absurdos com a verba pública, é cinco vezes superior àquela reservada para ensino e pesquisa. Diana Assunção, complementou dizendo que historicamente as mulheres ocupam os piores postos de trabalho, e com a terceirização e precarização não é diferente: "Ambos fênomenos têm rosto de mulher". Dinizete, funcionária do Centro de Saúde Escola Butantã falou sobre a campanha do Pão e Rosas "A terceirização escraviza, humilha, divide", exigindo a efetivação de todas as trabalhadoras e trabalhadores terceirizados com os mesmos salários e direitos.

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