Desde
o mês de Abril, vários campi da UNESP entraram em uma forte
mobilização por políticas efetivas de permanência estudantil,
contra a estrutura de poder autoritária e elitista da Universidade e
contra o PIMESP (Programa de Inclusão por Mérito no Ensino Médio).
Alguns campi como Ourinhos, Marília e Assis chegaram a permanecer em
greve por mais de 100 dias, com ocupações de prédio de aulas e
diretorias e até cortes de rodovia! Nesse período também foi
deflagrada uma forte greve das/os trabalhadoras/es onde em alguns
campi os docentes também aderiram ao movimento.
No
dia 27 de junho, centenas de estudantes ocuparam a reitoria da UNESP,
em São Paulo. A partir desta, foi iniciada uma negociação entre
as/os estudantes e a Reitoria, desocupamos então, o prédio no mesmo
dia. Porém, o movimento estudantil entendeu que as pautas não
tinham avançado tanto assim, e haviam margens para que a REItoria
manipulasse os encaminhamentos , resolvemos então, novamente lançar
mão do método radicalizado de luta com uma nova ocupação do
prédio da reitoria nos dias 16 e 17 de julho. Demonstrando seu
extremo autoritarismo e intransigência, a REItoria fez o pedido de
reintegração de posse e no dia 17 a tropa de choque invadiu o
prédio ocupado e prendeu 113 estudantes, levando-os para o 2º DP no
Bom Retiro. As/os estudantes mantiveram-se em ato, gritando palavras
de ordem por todo o trajeto e também na delegacia.
Nessa
semana do dia 15 de Outubro, em meio às fortes lutas do movimento
estudantil da USP E UNICAMP, que questionam e combatem diretamente a
estrutura de poder autoritária e antidemocrática da Universidade,
a REItora da UNESP começa a abrir processos de sindicâncias contra
estudantes, alguns que atualmente compõe o nosso DCE provisório, enquadrando-os no regimento disciplinar que foi escrito na Ditadura
militar!
Nós
do Pão e Rosas entendemos que a criminalização do movimento da
Unesp além de ir na contramão da presente conjuntura em que a
ocupação da reitoria da USP foi reconhecida como legítima pela
justiça de São Paulo, é mais um reflexo da democracia ditatorial
que impera na Unesp. Nossa luta por permanecia estudantil também é
legítima! E não podemos ser reprimidos por lutar pela Educação
Pública gratuita e de qualidade!
Dessa
forma, nós do grupo de mulheres Pão e Rosas, repudiamos qualquer
tipo de ataque e repressão à USP, UNESP E UNICAMP, bem como
apoiamos e defendemos os seus métodos de luta contra uma
universidade autoritária e extremamente antidemocrática. É
necessário construir uma luta unificada entre as universidades
públicas para combatermos e barrarmos a repressão àquelas/es que
lutam por uma Universidade Democrática.
ENTENDEMOS
QUE A NOSSA LUTA É UMA SÓ! TODO APOIO AS/AOS CAMARADAS DA USP E
UNICAMP! NENHUMA REPRESSÃO ÀQUELA/ES QUE LUTAM POR UMA EDUCAÇÃO
DE QUALIDADE À SERVIÇO DA CLASSE TRABALHADORA!
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