Nos últimos dias, vários bairros da periferia de Campinas foram usados como campo de treinamento para 300 soldados da cidade1 que embarcam em dezembro para se juntarem a Minustah no Haiti, para comporem a operação brasileira para as eleições parlamentares no país no próximo ano. A última cidade a abolir a escravidão no país, é também a mesma que mais envia para dar continuidade a brutal militarização do Haiti, condição capaz de garantir os interesses do imperialismo norte americano. Desde 2004 quando se deu a queda do então presidente Jean Bertrand-Aristide o povo haitiano segue sob a ocupação das forças repressivas desta “missão de paz”. Ao longo deste período foram recorrentes as denúncias de abusos e violências contra o povo haitiano protagonizadas pelas forças da Minustah, chefiada pelo Brasil e também composta por outros países. Denunciamos veementemente todos os abusos e violências sofridos pelo haitiano, em especial as meninas e mulheres.

Há tempos os haitianos estão sendo castigados com a fome, a miséria, a doença e a total ausência de assistência médica e social em que o país está mergulhado, além da violência e a opressão desferida pelas tropas da Minustah que estão ocupando o país desde 2005. As tropas de Dilma no Haiti estão muito longe de garantir a “democracia” no país e de reconstruírem a infra-estrutura destruída pelos terremotos e pela crise social e política que o Haiti passa há décadas, as tropas brasileiras e de outros países da ONU que conformam a Minustah.

Não à repressão ao povo haitiano!
Pela retirada imediata das tropas de ocupação do imperialismo norte-americano e da Minustah!
Vamos juntas gritar: "Pra ter o destino nas mãos a resistência não se esgota, sou negra haitiana pela saída das tropas!"
2 - Segundo a colombiana Rosário de Carmen, de 32 anos um policial quebrou seus braços com um cassetete, além de lhe agredir, deixando vários hematomas pelo corpo (fonte: Correio popular)
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