Na USP, desde o dia 05 de maio, os trabalhadores paralisaram suas atividades, mesmo frente à ameaça do reitor Grandino Rodas que anunciou previamente o corte de ponto dos dias parados e uma multa ao Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) de mil reais por dia pela realização de piquetes. Como mulheres classistas, estamos com as trabalhadoras e trabalhadores das universidades estaduais paulistas pelo direito de greve, por suas demandas econômicas, pela retirada de todos os processos contra os lutadores e pela readmissão de Claudionor Brandão, demitido por perseguição política e por defender as trabalhadoras terceirizadas.
"As mulheres precisam de sindicatos para a luta de classes"
Por Diana Assunção, trabalhadora da Faculdade de Educação e delegada do comando de greve
Viemos ao Encontro de Mulheres em meio a uma importante greve. Reivindicamos a luta pelo reestabelecimento da isonomia salarial, e por um conjunto de reivindicações que vão no sentido de se contrapor ao projeto tucano de universidade, lutando por uma universidade a serviço dos trabalhadores e do povo pobre, pois o que está em jogo não é somente o nosso salário, mas a universidade do futuro. Enquanto mulheres trabalhadoras, desde a importante greve de 2009, que chegou a 57 dias de combate com o governo, nos organizamos para reivindicar os nossos direitos e para contribuir trazendo mais mulheres para a luta, que por diversos motivos de opressão, acabam não se colocando de forma ativa. Foi por isso que votamos, em nosso último Congresso, a formação da Secretaria de Mulheres do SINTUSP, que vem buscando romper com todas as amarras que impedem as mulheres de estarem na luta, pois acreditamos que as mulheres precisam se organizar para lutar contra as desigualdades socialmente construídas nas sociedades de classes, e que tomam um contorno ainda mais cruel num capitalismo em meio à crise. Mas o mais importante de nossa Secretaria é que esta faz parte de um Sindicato verdadeiramente combativo, que tem protagonizado as mais importantes lutas dos últimos anos, se colocando na linha de frente do enfrentamento com o governo, buscando a aliança com amplas camadas da população, de estudantes e intelectuais, furando o cerco da mídia reacionária para que a classe trabalhadora possa se expressar nacionalmente, e se utilizando dos combativos métodos da classe trabalhadora (greves, piquetes, ocupações) para arrancar nossos direitos. Esses são apenas alguns exemplos da diferença que faz para nós mulheres organizar-nos como parte de um Sindicato combativo e que se prepare para a luta de classes, e é neste sentido que nós do Pão e Rosas ao lado das companheiras independentes estamos atuando nesta luta! Viva a greve das estaduais paulistas! Viva a luta da mulher trabalhadora!
Trabalhadoras da Creche da USP em greve: Em defesa do direito de greve, pela isonomia salarial entre os trabalhadores e por uma educação transformadora!
A luta pelo SUS 100% estatal, é de fundamental importância entre a classe trabalhadora e a população
"As mulheres precisam de sindicatos para a luta de classes"
Por Diana Assunção, trabalhadora da Faculdade de Educação e delegada do comando de greve
Viemos ao Encontro de Mulheres em meio a uma importante greve. Reivindicamos a luta pelo reestabelecimento da isonomia salarial, e por um conjunto de reivindicações que vão no sentido de se contrapor ao projeto tucano de universidade, lutando por uma universidade a serviço dos trabalhadores e do povo pobre, pois o que está em jogo não é somente o nosso salário, mas a universidade do futuro. Enquanto mulheres trabalhadoras, desde a importante greve de 2009, que chegou a 57 dias de combate com o governo, nos organizamos para reivindicar os nossos direitos e para contribuir trazendo mais mulheres para a luta, que por diversos motivos de opressão, acabam não se colocando de forma ativa. Foi por isso que votamos, em nosso último Congresso, a formação da Secretaria de Mulheres do SINTUSP, que vem buscando romper com todas as amarras que impedem as mulheres de estarem na luta, pois acreditamos que as mulheres precisam se organizar para lutar contra as desigualdades socialmente construídas nas sociedades de classes, e que tomam um contorno ainda mais cruel num capitalismo em meio à crise. Mas o mais importante de nossa Secretaria é que esta faz parte de um Sindicato verdadeiramente combativo, que tem protagonizado as mais importantes lutas dos últimos anos, se colocando na linha de frente do enfrentamento com o governo, buscando a aliança com amplas camadas da população, de estudantes e intelectuais, furando o cerco da mídia reacionária para que a classe trabalhadora possa se expressar nacionalmente, e se utilizando dos combativos métodos da classe trabalhadora (greves, piquetes, ocupações) para arrancar nossos direitos. Esses são apenas alguns exemplos da diferença que faz para nós mulheres organizar-nos como parte de um Sindicato combativo e que se prepare para a luta de classes, e é neste sentido que nós do Pão e Rosas ao lado das companheiras independentes estamos atuando nesta luta! Viva a greve das estaduais paulistas! Viva a luta da mulher trabalhadora!
Trabalhadoras da Creche da USP em greve: Em defesa do direito de greve, pela isonomia salarial entre os trabalhadores e por uma educação transformadora!
Por Nany Figueiredo, trabalhadora da Creche Oeste e delegada do comando de greve
Uma longa trajetória de luta marca a existência das creches na Universidade de São Paulo. Graças às lutas e reivindicações de muitas mulheres, as creches instituíram-se não apenas como uma necessidade da mãe trabalhadora, mas hoje ela é a representação concreta do direito das crianças a um espaço de educação e cuidado, onde lhes sejam propiciadas experiências significativas que lhes permitam desenvolver todas as suas potencialidades.
Se a própria origem e história das creches é marcada pela luta de mulheres trabalhadoras que corajosamente levantaram a voz reivindicando o seu direito e o direito dos seus filhos, em uma luta que se iniciou na década de 60/70 e continuou até a década de 80, quando então se consolidaram, é a luta de mulheres trabalhadoras que continua garantindo a sua existência e a sua qualidade.
Em 2010, as professoras das creches, em sua maioria aderiram à greve. Lutam com o restante da classe trabalhadora, pelo restabelecimento da isonomia salarial, por uma universidade que respeite a diversidade de pensamentos, tão salutares à democracia. Apesar da pressão que muitas vezes sofrem para não interromperem o atendimento, essas companheiras saíram em defesa da democracia.
Defender os direitos da classe trabalhadora que constrói a riqueza nesse país, exercer o seu direito constitucional de greve, sob pena de ser estigmatizado e criminalizado, como ultimamente se nota em diversos segmentos, é ter a coragem de lutar pela igualdade em um país de diferenças intoleráveis. E é isso que vejo essas trabalhadoras das creches fazerem.
Avante companheiras trabalhadoras das creches! Falemos! Brademos! Lutemos pela construção de uma nova organização da sociedade que elimine os enormes fossos sociais que existem entre as classes, apontando os caminhos para uma sociedade de indivíduos iguais. Indivíduos que contribuam para a melhoria do mundo. Que lutem pelo fim das diferenças intoleráveis e se coloquem na defesa de uma nova organização social em que de fato, todos os indivíduos sejam iguais.
A luta pelo SUS 100% estatal, é de fundamental importância entre a classe trabalhadora e a população
Durante a ditadura militar a população não tinha direito a um atendimento de saúde, só utilizava quem pagava o INAMPS (Instituto Nacional de Assistência médica e Previdência Social), porém, como o desemprego sempre existiu e só contribuía aquele que trabalhava, quem não tinha emprego estava destinado a morrer sem atendimento na saúde. Havia hospitais que o governo entregava nas mãos dos especuladores da saúde privada e para não ficar tão vergonhoso atendiam “grátis” as pessoas que não podiam pagar. Essas pessoas sobreviviam por sorte, pois o atendimento ficava a desejar enquanto muitas morriam a mingua.
A luta era por um sistema de saúde universal, igualitário mantido pelo governo em todas as esferas, municipal, estadual e federal. Por força da luta com derrubada da ditadura foi introduzido na constituição o SUS. Os governos forma modificando aos poucos a constituição como fez o governo Collor com a reforma do estado que foi alterando o SUS e aos poucos privatizando, o que ocorre até hoje como entregar equipamentos de saúde para as empresas de saúde privadas como fez Serra e como está fazendo Kassab no município de São Paulo e o PT em Osasco etc.
No ABC, o PT criou a fundação estatal de direito privado para administrar a saúde, fazendo maior propaganda dizendo que esse é o melhor sistema e não as OSS do PSDB. Porém nada muda, pois o governo repassa a verba para administrarem como um setor privado e com cumprimento de metas, ou seja, atender mais com menor qualidade. Em nenhuma dessas políticas de saúde de qualquer um desses governos atuais não vemos proteção e empenho com a saúde das mulheres e nem um programa que atenda toda especificidade como um bom acompanhamento no pré-natal das mulheres negras que morrem de parto por eclampsia (pressão alta) mais freqüente no povo negro. Programa de tratamento e prevenção para que não nasça mais crianças com anemia falciforme ou se nascer que tenham acompanhamento por inteiro e freqüente.
Além disso, somos contra a privatização da saúde e toda essa política que esses governos defendem são a privatização e benefício dos especuladores da saúde privada. Contra tudo isso nós mulheres defendemos o SUS 100% estatal, saúde pública e de qualidade a todas e todos sem distinção, parem de passar a verba da saúde para banqueiros, SUS controlado pelos trabalhadores(as) e população.
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