O 4º Encontro de Bioética realizado pela Comunidade Católica Pantokrator, que começou esta segunda-feira, dia 26, em Campinas, é mais uma prova de que os setores reacionários da Igreja não medem seus esforços para organizarem um movimento ofensivo contra o direito ao aborto e o casamento homossexual, e para isso contam com o apoio de deputados de direita como o Paes de Lira (PTC-SP) que tem se destacado no Congresso Nacional como um dos mais atuantes deputados contra o aborto, e com a presença de Dom José Cardoso Sobrinho, ex-arcebispo emérito de Olinda e Recife, que ficou famoso pela frase nefasta “o aborto é um crime pior do que o estupro”, no caso da garota de 9 anos que foi estuprada pelo padrasto e engravidou de gêmeos, se enquadrando nas lei restritiva sobre o aborto no Brasil.
Cada vez mais os setores anti-aborto estão se mobilizando e não podemos ficar de braços cruzados, pois isso significa mais mortes de mulheres trabalhadoras por abortos clandestinos e criminalização das mulheres. Em Brasília, a 3ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida, realizada no último 30 de agosto, foi financiada por dinheiro público. No dia 18 de outubro ocorreu a 1ª Marcha Roraimense em Favor da Vida, com a presença dos deputados que compõem a Frente Parlamentar em Favor da Vida. A Igreja e os setores reacionários da burguesia estão armando o terreno para o 2º Encontro Mundial em Defesa da Vida, que acontecerá em 2010, no Brasil, por ser considerado o país exemplo no combate ao aborto. E Lula que se coloca hipocritamente em defesa dos direitos das mulheres, afirmando que o aborto é uma questão de saúde pública, se mantém cada vez mais conivente com a ofensiva dos setores reacionários contra este direito democrático tão elementar para as mulheres. A prova mais concreta disso é o recente acordo que o governo federal firmou com a Santa Sé, aonde o ensino religioso será obrigatório nas escolas públicas, enquanto jovens e crianças não têm acesso a educação sexual para decidirem sobre seus corpos, continuam sofrendo com a violência sexual, e sem condições de vida dignas, psicológicas e físicas para levarem adiante uma gravidez indesejada, são bombardeadas com palavras “divinas” que defendem a vida em abstrato pois “a lei de Deus está acima de qualquer lei humana. Quando uma lei promulgada pelos legisladores humanos é contrária à lei de Deus, essa lei não tem nenhum valor”, como disse o arcebispo de Olinda no caso da garota de 9 anos.
Só no Brasil, todos os anos, 750 mil a 1 milhão de mulheres brasileiras abortam em condições clandestinas. A maioria desses abortos são realizados pelas próprias mulheres em péssimas condições de higiene, por não possuírem dinheiro para pagar valores altos cobrados nas clínicas clandestinas. O aborto é considerado a 4° causa de morte entre as mulheres no nosso país, sendo as principais vítimas, as mulheres jovens, negras e pobres. Esta mesma sociedade que criminaliza o aborto não faz valer o direito a maternidade, contraditoriamente persegue as mulheres em seus locais de trabalho para não engravidarem, e nega o atendimento público de saúde a gestantes e recém-nascidos. Além disso, não podemos seguir a orientação sexual que desejamos.
Tudo isso os faz chegar apenas a uma conclusão, de que as mulheres pobres e trabalhadoras são as que mais sofrem com o aborto clandestino e que o Estado brasileiro junto com a Igreja e a burguesia, só tem a oferecer as mulheres: humilhações, péssimas condições de vida, um sistema de saúde público precário e a morte!
Todos ao ato em defesa do direito ao aborto!
Concentração em frente ao prédio Culto à Ciência, nº 239, bairro Botafogo, no final da tarde às 18h para panfletagem e organização do ato.
Não podemos defender a vida em abstrato! É preciso, ao contrário, defender a vida concretamente! Defender o direito ao aborto livre, legal, seguro e gratuito e dizer um basta às milhares de mortes por abortos clandestinos!
Cada vez mais os setores anti-aborto estão se mobilizando e não podemos ficar de braços cruzados, pois isso significa mais mortes de mulheres trabalhadoras por abortos clandestinos e criminalização das mulheres. Em Brasília, a 3ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida, realizada no último 30 de agosto, foi financiada por dinheiro público. No dia 18 de outubro ocorreu a 1ª Marcha Roraimense em Favor da Vida, com a presença dos deputados que compõem a Frente Parlamentar em Favor da Vida. A Igreja e os setores reacionários da burguesia estão armando o terreno para o 2º Encontro Mundial em Defesa da Vida, que acontecerá em 2010, no Brasil, por ser considerado o país exemplo no combate ao aborto. E Lula que se coloca hipocritamente em defesa dos direitos das mulheres, afirmando que o aborto é uma questão de saúde pública, se mantém cada vez mais conivente com a ofensiva dos setores reacionários contra este direito democrático tão elementar para as mulheres. A prova mais concreta disso é o recente acordo que o governo federal firmou com a Santa Sé, aonde o ensino religioso será obrigatório nas escolas públicas, enquanto jovens e crianças não têm acesso a educação sexual para decidirem sobre seus corpos, continuam sofrendo com a violência sexual, e sem condições de vida dignas, psicológicas e físicas para levarem adiante uma gravidez indesejada, são bombardeadas com palavras “divinas” que defendem a vida em abstrato pois “a lei de Deus está acima de qualquer lei humana. Quando uma lei promulgada pelos legisladores humanos é contrária à lei de Deus, essa lei não tem nenhum valor”, como disse o arcebispo de Olinda no caso da garota de 9 anos.
Só no Brasil, todos os anos, 750 mil a 1 milhão de mulheres brasileiras abortam em condições clandestinas. A maioria desses abortos são realizados pelas próprias mulheres em péssimas condições de higiene, por não possuírem dinheiro para pagar valores altos cobrados nas clínicas clandestinas. O aborto é considerado a 4° causa de morte entre as mulheres no nosso país, sendo as principais vítimas, as mulheres jovens, negras e pobres. Esta mesma sociedade que criminaliza o aborto não faz valer o direito a maternidade, contraditoriamente persegue as mulheres em seus locais de trabalho para não engravidarem, e nega o atendimento público de saúde a gestantes e recém-nascidos. Além disso, não podemos seguir a orientação sexual que desejamos.
Tudo isso os faz chegar apenas a uma conclusão, de que as mulheres pobres e trabalhadoras são as que mais sofrem com o aborto clandestino e que o Estado brasileiro junto com a Igreja e a burguesia, só tem a oferecer as mulheres: humilhações, péssimas condições de vida, um sistema de saúde público precário e a morte!
Nós do Pão e Rosas Campinas, nos juntamos ao CACH no ato de hoje contra este encontro reacionário da Comunidade Católica Pantokrator, pois devemos unir nossas forças e vozes para dizer: basta de mulheres mortas por abortos clandestinos! É preciso que todas as entidades estudantis, organizações políticas, grupos que atuam nas universidades, sindicatos e centrais sindicais, movimentos sociais e populares tomem as bandeiras das mulheres e defendam os direitos democráticos das mulheres e da classe trabalhadora. O momento histórico atual, com uma maior ofensiva da direita na América Latina, como prova o golpe de estado em Honduras com ajuda da Igreja, a criminalização dos lutadores trabalhadores da USP, que protagonizaram uma das greves de mais combativas, assim como nossos companheiros do MST, a agudização da violência policial nos morros cariocas e nas periferia se favelas do Brasil, a violência contras as mulheres e o povo haitiano pelas tropas da ONU, e no México a demissão massiva de 46 mil trabalhadores com a extinção da companhia Luz y Fuerza del Centro, nos impõem a defesa com tudo dos direitos democráticos das mulheres e da classe trabalhadora, e para isso é preciso que saiamos as ruas para reivindicar nossos direitos e elevar nossa luta ao questionamento dessa sociedade de opressão e exploração.
Todos ao ato em defesa do direito ao aborto!
Concentração em frente ao prédio Culto à Ciência, nº 239, bairro Botafogo, no final da tarde às 18h para panfletagem e organização do ato.
Não podemos defender a vida em abstrato! É preciso, ao contrário, defender a vida concretamente! Defender o direito ao aborto livre, legal, seguro e gratuito e dizer um basta às milhares de mortes por abortos clandestinos!
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