sábado, 29 de novembro de 2014

Todo apoio às trabalhadoras terceirizadas da FCL-Unesp!

Não é novidade que a precarização do trabalho é uma dura realidade no país, os contratos terceirizados de trabalho agudizam a precarização quando, com ausência de direitos trabalhistas imprescindíveis, os trabalhadores ficam muito mais vulneráveis à ganância dos patrões. Recentemente tivemos mais uma notícia que merece todo nosso repúdio. A S&S empresa terceirizada responsável pela limpeza na FCL-UNESP de Assis não pagou o salário das trabalhadoras no quinto dia útil. As trabalhadoras resolveram não se calar, e, indignadas, se organizaram e paralisaram o trabalho do dia 11 ao dia 14 de novembro, o que gerou uma pressão da direção do campus à empresa.

No dia 14/11 enfim o pagamento caiu, deixando vitoriosa a mobilização das trabalhadoras. No entanto, não se concretizou a promessa de uma suposta reunião de esclarecimento da empresa às trabalhadoras e pagamento das cestas básicas atrasadas no dia 20. Portanto, as cestas básicas seguem atrasadas. Exigimos que caiam imediatamente!

Na Unesp, diversas funções antes desempenhadas por trabalhadores efetivos hoje são terceirizadas! Desta forma, é de total responsabilidade não apenas da empresa, mas também da instituição, que terceiriza o serviço, criando péssimas condições de trabalho, além deste tipo de situação! Não é possível que uma instituição queira se alçar como uma das mais bem colocadas nos rankings internacionais, enquanto funciona com trabalho semiescravo!

Enquanto brotam os escândalos dos super-salários dos reitores, e de professores das estaduais paulistas, despejam sobre os trabalhadores efetivos e terceirizados as piores condições, aumentando cursos e prédios sem aumentar o número de trabalhadores, crescendo através do sangue, suor, das dores nas costas e da insegurança no trabalho.

Sabemos que a precarização do trabalho, chamada de terceirização, atinge toda a classe trabalhadora, porém, é a mulher trabalhadora a que mais sente o peso de toda a precarização e exploração vigente. A opressão e exploração às mulheres, tem sua funcionalidade para os governos e patrões para manter as mulheres trabalhadoras submetidas a superexploração capitalista, com os salários mais baixos, trabalhos mais precarizados, além das duplas e triplas jornadas de trabalho. Isto porque a mão-de-obra feminina, sendo considerada pela sociedade capitalista como inferior à masculina, recebe salários menores, e este fato serve como pretexto para que o salário de toda a classe trabalhadora seja rebaixado.  São, portanto, as mulheres, em sua maioria negras, que ocupam os postos de trabalho mais precarizados, com menor remuneração e com serviços que são, em sua maioria, extensão do serviço doméstico.

Nós, trabalhadores e estudantes, devemos tomar com centralidade a luta contra a terceirização, pois está é parte fundamental da luta contra a precarização do trabalho, dos serviços públicos, da privatização e pela unidade dos trabalhadores. Lutar sem ver a terceirização como um poderoso inimigo e os trabalhadores terceirizados como fundamentais aliados, seria ceder a uma pressão corporativista e não responder a altura os ataques que sofremos.

As trabalhadoras de Assis dão um exemplo, e tem toda solidariedade de nós, do grupo de mulheres Pão e Rosas, no apoio às companheiras!

Pelo imediato pagamento das Cestas Básicas!
Pela efetivação imediata das trabalhadoras terceirizadas, sem concurso público!

Pela unidade dxs trabalhadorxs! Igual trabalho, igual salário! Pelos direitos da mulher trabalhadora!


XXXXX

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