O grupo de mulheres Pão e Rosas faz coro ao chamado dos estudantes da Unesp e convida todas e todos estudantes e trabalhadoras/es das Universidades Estaduais Paulistas a construírem o ato do dia 15/10, às 10h, em frente à reitoria da Unesp (metrô Anhangabaú) .
Publicamos abaixo o chamado feito pelo DCE provisório da Unesp eleito no último Congresso.
Atenção: os decretos voltaram!
Os Decretos Serra foram barrados de conjunto em 2007 pela luta de trabalhadoras/es, estudantes e professoras/es das estaduais paulistas com greves, atos e as ocupações das reitorias da USP, UNICAMP e de direções de mais de 12 unidades da UNESP. Apesar disso, eles vem sendo aplicados de forma dispersa e gradual nas estaduais paulistas desde então. Seu conteúdo se manteve em projetos como a Universidade Virtual (UNIVESP), o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) na UNESP, do surgimento de dezenas de fundações privadas e através da terceirização do trabalho. Projetos que são expressões de uma mesma política neoliberal para a educação no Estado de São Paulo e em todo o país e responsável pelas degradantes condições de ensino e trabalho em todos os níveis da educação, seja pública ou privada.
Porém, nas últimas semanas, se aproveitando do vácuo eleitoral, o governo decidiu aumentar a ofensiva. J. G. Rodas, reitor-ditador da USP, aprovou no Conselho Universitário um projeto que vem sendo chamado de “reforma da USP”. A explicação do reitor é a de que, depois de uma fase de expansão, é hora de prezar pela qualidade da universidade. Para isso, será preciso reavaliar todos os cursos e grades curriculares e enxugar tudo aquilo que não contribuía para tornar a universidade mais “excelente”. As unidades que não aderirem à nova reforma vão sofrer ver suas já escassas verbas reduzirem ainda mais. Além disso, com a reforma, professoras/es e trabalhadoras/es serão demitidas/os.
Embora os nomes mudem e os projetos sejam múltiplos, a política de fundo é a mesma. Na verdade, trata-se de atrelar mais e mais as universidades aos interesses dos monopólios, do latifúndio e grandes empresas. No fim das contas, as já elitizadas universidades públicas tornam-se cada vez mais privadas e afastadas dos interesses concretos da maior parte da população — que a mantêm por meio dos impostos: as/os trabalhadoras/es, a população pobre e marginalizada e as minorias.
A repressão com a qual convivemos no cotidiano de nossas universidades através da perseguição as entidades estudantis, sindicatos, estudantes e trabalhadoras/es combativas/os como o SINTUSP, das sindicâncias e processos judiciais, das suspensões e demissões e até com o corte de salários nada mais é do que o método permanente escolhido pelos governos para reprimir não só os que resistem dentro da universidade e das escolas, como também ao conjunto da população pobre e negra que vive nos morros e favelas de nossas cidades, além da perseguição, assédios e violência contra mulheres, homossexuais, indígenas, crianças, etc..
Frente a mais esse ataque e contra a repressão, nós do DCE da UNESP chamamos todos os centros acadêmicos e diretórios das três estaduais e, principalmente, os DCE’s da USP e da UNICAMP; assim como o conjunto das/dos estudantes, trabalhadoras/es e professoras/es e toda a população para somar-se aoato unificado dia 15 de Outubro. Iremos marchar até a reitoria da UNESP e entregar ao reitor Herman a pauta específica de cada um de nossos campi e depois marcharemos até o Largo São Francisco, protestar em frente a Faculdade de Direito da USP contra a nova reforma de Rodas.
Após o ato chamamos também uma Plenária das Estaduais Paulistas para organizar ações conjuntas, massificar o debate na base estudantil e construir as próximas ações conjuntas.
DIA 15/10: FAZER AS REITORIAS TREMEREM!
TODAS/OS AO ATO EM SÃO PAULO EM DEFESA DA UNIVERSIDADE PÚBLICA GRATUITA, DE QUALIDADE PARA TODAS/OS À SERVIÇO DE TODA A POPULAÇÃO.
CONCENTRAÇÃO: 10h, no Largo do Anhangabaú (saída do metrô).
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