Sobre o assassinato de um jovem homossexual na 13ª Parada Gay, Mara Onijá, dirigente da LER-QI e integrante do grupo de mulheres Pão e Rosas declarou que “O assassinato de Marcelo Campos após ter sido espancado por um grupo de extrema direita durante a Parada Gay é um fato inadmissível que devemos repudiar. Lembremos que a Igreja e a Ciência 'neutra' já afirmaram uma série de barbaridades: há pouco tempo atrás, afirmava-se ‘cientificamente’ que os negros eram inferiores, que os homossexuais tinham problemas e distúrbios de saúde mental e que as mulheres eram menos inteligentes. Esses elementos contribuem para que os setores oprimidos da sociedade sejam não só mais oprimidos como mais explorados, tendo que buscar ‘guetos’ tanto para seu lazer, quanto para sobreviver, em trabalhos que em sua maioria são menor remunerados em comparação aos homens brancos. Sabemos que homens e mulheres homossexuais são vítimas da mais espúria intolerância todos os dias, o que inclui a ação violenta da polícia. Nesse sentido, a própria Parada Gay não representa uma luta conseqüente contra a homofobia, pois além de estar atrelada a empresas e ao próprio governo, tenta se colocar ao lado da polícia. Mostra disso é que Associação da Parada declarou recentemente que 'trabalha em parceria com a Polícia Civil e Militar para evitar situações de violência e desrespeito à legislação vigente'”.
Diana Assunção, trabalhadora da USP em greve e integrante do Pão e Rosas, completou dizendo que “O governador José Serra, que hoje reprime a nossa greve, acionou a polícia para investigar os culpados e garantir ‘segurança’ ao ato em repúdio ao assassinato de Marcelo Campos. Entretanto sabemos que a polícia, como órgão repressor do Estado, tem em uma de suas principais vítimas os homossexuais. Não podemos acreditar, portanto, que teremos segurança a mando do governador através destes que buscam apenas salvaguardar os interesses da classe dominante, reprimindo trabalhadores e trabalhadoras em greve como aqui na USP ou reprimindo a juventude negra e pobre de Paraisópolis. Vale ressaltar que os pequenos grupos de extrema direita também já começam a se manifestar contra as lutas da classe trabalhadora, ameaçando invadir nosso sindicato e lutar contra a nossa greve. Não podemos aceitar”.
Diana Assunção, trabalhadora da USP em greve e integrante do Pão e Rosas, completou dizendo que “O governador José Serra, que hoje reprime a nossa greve, acionou a polícia para investigar os culpados e garantir ‘segurança’ ao ato em repúdio ao assassinato de Marcelo Campos. Entretanto sabemos que a polícia, como órgão repressor do Estado, tem em uma de suas principais vítimas os homossexuais. Não podemos acreditar, portanto, que teremos segurança a mando do governador através destes que buscam apenas salvaguardar os interesses da classe dominante, reprimindo trabalhadores e trabalhadoras em greve como aqui na USP ou reprimindo a juventude negra e pobre de Paraisópolis. Vale ressaltar que os pequenos grupos de extrema direita também já começam a se manifestar contra as lutas da classe trabalhadora, ameaçando invadir nosso sindicato e lutar contra a nossa greve. Não podemos aceitar”.
Mara finalizou fazendo um chamado “Repudiemos o assassinato de Marcelo Campos, retomando as bandeiras da Batalha de Stonewall, onde há 40 anos homossexuais se enfrentaram duramente contra a polícia, ateando fogo a esses repressores, entendendo que não eram parte da classe trabalhadora e portanto não estavam a serviço de garantir nossa segurança, somente contribuem para deixar impunes os grupos de extrema-direita. É necessário exigir a punição de todos os assassinos, e que as organizações da classe trabalhadora, grupos de homossexuais e de direitos humanos se mobilizem contra essa violência. Abaixo a homofobia! Abaixo a violência contra homossexuais, travestis e transexuais! Abaixo a violência policial!”.
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