Sandra Romero e Dani García, explicaram a importância desta publicação, que acontece no México em um marco onde a crise econômica internacional aprofunda os ataques às conquistas e os direitos das mulheres em todo o mundo, como parte do ataque a toda a classe trabalhadora. Colocaram a necessidade de tomar como lição das lutas onde as mulheres estivemos participando combativamente, reivindicando as mulheres de Cananea, o SME, as mães de Juárez, Pasta de Conchos, as mulheres da COMO na heróica luta de Oaxaca, assim como as feministas em resistência em Honduras, as mulheres de Brukman na Argentina. Lutas onde a mulher tem demonstrado uma vez mais, que está sempre à frente nos momentos de combate.
Além disso falaram sobre a necessidade de começar as lutas recentes como um ponto de partida para nos organizarmos hoje em defesa de nossos direitos e conquistas. Esta é uma das intenções da edição Pão e Rosas no México, de refletir sobre as lutas mais importantes que deram as mulheres durante o século XX e como isso nos ajuda hoje a pensar o caminho para conseguirmos a libertação da mulher, em uma perspectiva da luta por nossa libertação junto aos homens e mulheres de nossa classe trabalhadora.
Com este ponto como partida, houve uma numerosa participação das companheiras do público que de conjunto colocaram como são as lutas com a participação feminina hoje no México e abriram interessantes reflexões sobre o problema da tomada do poder e se as lutas hoje devem passar por ocupar espaços no Congresso e os governos. Assim, fizemos um resgate da antidemocracia existente hoje no governo do México, em aliança com a igreja e como vão impondo as leis antiaborto em todo o país e a necessidade de gerarmos um grande movimento de mulheres que demonstre que são a minoria os clérigos e reacionários que legislam contra nós mulheres, enquanto somos maioria as milhares de mulheres demitidas, sem direito à saúde, que sofremos com os abortos clandestinos, a miséria dos baixos salários, etc.
Distintas companheiras do público expressaram sua emoção por encontrar no grupo de mulheres Pão e Rosas um feminismo marxista, independente e com companheiras jovens que começam a organizar-se frente a investida que se agudiza contra os trabalhadores e setores populares.
Após este entusiasmado debate foi enfatizado a necessidade de que este Encontro de Mulheres seja o primeiro passo na organização das mulheres de todo o país, votando planos de luta e organização unitárias por nossos direitos. E como o livro "Pão e Rosas. Identidade de Gênero e Antagonismo de Classe no Capitalismo" era um aporte, como um pequeno grão de areia, para todas aquelas mulheres que hoje estamos pensando no caminho das lutas e em nossa libertação.
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