quinta-feira, 29 de julho de 2010

Em defesa dos que lutam pela universidade pública: pelo fim de todos os processos contra o Sintusp, trabalhadores e estudantes!


A Reitoria da USP retomou a ofensiva repressiva contra os trabalhadores da universidade. Dessa vez foi com uma suspensão de um mês (30 dias) contra a trabalhadora Patrícia (da FFLCH) através de um processo administrativo que é uma verdadeira farsa construída a partir de acusações forjadas contra a companheira, no qual fica claramente caracterizada a perseguição política. À época da ocupação da Reitoria em 2007, apesar de trabalhar na própria Reitoria, ela foi uma das trabalhadoras que apoiou ativamente a ocupação e a luta contra os decretos de Serra. Dez dias depois do reinício do funcionamento da Reitoria após a ocupação, passaram a forjar e anotar no prontuário da companheira ocorrências, das mais variadas, a partir das quais, instauraram o processo contra ela.

Agora, três anos depois, desenterraram esse processo para puni-la com 30 dias de suspensão! É claramente uma represália por sua participação na greve deste ano, na qual ela foi uma das representantes da FFLCH no comando de greve. É o inicio da caça às bruxas que a Reitoria vai desencadear contra os trabalhadores e trabalhadoras da USP, para enfraquecer a resistência da universidade ao seu projeto privatista.

Ao mesmo tempo, foram também desenterrados 11 inquéritos policiais contra diretores e ativistas do SINTUSP - Brandão, Magno, Solange e Neli - o que indica uma atuação coordenada entre a Reitoria e o governo do estado para avançar contra a organização sindical dos trabalhadores da USP. O único crime que esses companheiros cometeram é o de ousar se enfrentar com os projetos do Serra para as universidades públicas.

Fazemos um chamado a todos os trabalhadores, estudantes e professores das universidades, a todos os intelectuais, sindicatos, organizações de esquerda e de direitos humanos, à Central Sindical e Popular - Conlutas a unificar suas forças para defender o direito de greve e de livre organização sindical dos trabalhadores e para defender a universidade de mais um ataque do governo Serra e do Reitor João Grandino Rodas.

Pela revogação imediata da suspensão contra a companheira Patrícia!

Pela retirada de todos os processos contra trabalhadores, estudantes e contra o Sintusp!

Pela retirada imediata do processo administrativo aberto em 2008 contra os diretores do SINTUSP Zelito e Aníbal!

Pela imediata reintegração do companheiro Brandão!
***
Solidariedade:
CONTRA TODA FORMA DE PUNIÇÃO ÀS/AOS LUTADORAS/ES: IMEDIATA REVOGAÇÃO DA SUSPENSÃO DE 30 DIAS DE PATRÍCIA!

Este ano os(as) trabalhadores(as) das universidades estaduais paulista protagonizaram uma dura e longa greve principalmente para manter a isonomia salarial. No campus da USP em São Paulo, onde a luta foi mais acirrada, houve ocupação da reitoria. A repressão foi constante, com corte de salários, ameaças, presença da polícia militar nos campi, etc.

Agora, quase um mês do fim da greve, a reitoria da USP suspendeu por um mês a lutadora Patrícia, trabalhadora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), com base em acusações falsas forjadas logo depois da ocupação de 2007 (que a companheira apoiou ativamente). Conjuntamente foram desenterrados 11 inquéritos policiais contra os diretores e ativistas do Sindicato dos Trabalhadores da USP (SINTUSP) evidenciando a ligação entre as políticas da reitoria e o governo do estado. Esse é o começo das represálias que visam “disciplinar” qualquer um que se coloque em luta contra o projeto de Universidade e de sociedade que tentam nos impor. Somos contra qualquer repressão.

Pela revogação imediata da suspensão da companheira Patrícia!
Pela retirada de todos os processos contra trabalhadores, estudantes e SINTUSP!
Pelo fim da Universidade elitista!
Direção do Centro Acadêmico da Física - Rio Claro
Pela revogação imediata da suspensão de 30 dias da companheira Patrícia!

A Associação dos Professores da PUC-SP – APROPUC – vem declarar solidariedade a servidora técnico-administrati va Patrícia, lotada na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, que foi suspensa do trabalho por 30 dias em decisão de um processo administrativo da universidade. Esse procedimento por parte dos gestores da USP é nada mais do que mais uma retaliação a organização sindical dos servidores da universidade. Assim como outros, a direção da universidade faz uso de processos administrativos tendenciosos e muitas vezes cuja defesa é restringida, a fim de punir politicamente os trabalhadores e servir de exemplo para a coerção da categoria. A punição a servidora se junta a outras práticas anti-sindicais que envolvem entre outras também as demissões de sindicalistas amplamente divulgadas e outras silenciosas que visam a desmobilização do conjunto da comunidade da USP. Vários diretores do Sindicato dos Trabalhadores da USP, o Sintusp, estão sendo perseguidos e criminalizados por se colocarem na defesa da classe trabalhadora e de uma universidade publica, gratuita e democrática.

Centenas de trabalhadores tiveram o ponto suspenso durante a greve e sofreram ameaças em suas unidades. Essas ações da Reitoria da USP, liderada pelo reitor João Grandino Rodas, indicado político de José Serra, vão de encontro as medidas impostas pelo governo do PSDB para criminalizar os movimentos sociais de São Paulo. Temos nos últimos anos a politica de perseguição contra servidores do Metrô, Sabesp, professores da rede estadual de educação, policiais civis e trabalhadores da antiga Febem, sem contar a repressão as mobilizações dos trabalhadores sem terra e sem teto do estado, do movimento estudantil e contra outras categorias. A APROPUC se solidariza aos servidores da USP e defende a livre organização sindical, sendo contra todo tipo de perseguição politica e assédio moral dentro do ambiente universitário. Defendemos a imediata suspensão da punição contra a servidora Patricia, a retirada de todos os processos internos e judiciais contra funcionários e estudantes da USP e a reintegração dos demitidos políticos.

Diretoria da APROPUC

Nenhum comentário: