O
Grupo Pão e Rosas, vem através desta nota repudiar o ocorrido com a
militante Thaís Telles, na UNESP – Universidade Estadual Paulista
– campus de Presidente Prudente, como também manifestar nossa
solidariedade à companheira.
Nas
paredes do banheiro feminino de alunas da Geografia havia escrito:
THAIS TELLES, PRETA, MACACA, SAFADA”. Estes escritos racistas e
elitistas tem como objetivo amedrontar e calar dois setores
historicamente oprimidos: as mulheres; e o povo negro! Além disso, o
conteúdo possui um viés extremamente machista, que se faz
necessário para manter as bases de toda opressão. Quando nos
deparamos com frases como essas – ainda mais no interior de uma das
faculdades mais elitistas do país – é notório a reprodução de
toda uma ideologia dominante, assim como também legitima o projeto
de universidade em vigor, que se mostra excludente desde sua entrada,
que através do filtro social do vestibular seleciona quem adentrará
à universidade, colocando a classe trabalhadora, majoritariamente
negra, as margens desse projeto de educação. Ainda sim, quando
conseguem adentrar às Universidades, não estão isentos de praticas
machistas, racistas e também homofóbicas, não sendo raro caso de
agressões como esta.
Frente
a casos como estes, se faz necessário travarmos discussões
políticas com toda a comunidade acadêmica, sobretudo discussões
que abarquem o conteúdo histórico dos setores tidos como oprimidos
socialmente, como é o caso das inúmeras práticas machistas,
racistas e homofóbicas no interior das universidades, que muitas
vezes são silenciadas ou tratadas como atos banais, naturalizando
assim essas questões.
Em
nota, a companheira Thaís coloca a questão e nos mostra sua garra e
coragem, saindo do silênciamento muitas vezes imposto à nós
mulheres, tornando público o ataque dirigido à ela, dizendo às
pessoas que ousam romper com o silêncio diante de uma sociedade
assassina e cruel, que não tenham medo, que sigam em frente!
“Esse
ser anônimo, covarde, RACISTA e asqueroso expôs aquilo que é o
sentimento de muitos dentro desta universidade. Essa é apenas uma
amostra grátis do que é sociedade brasileira, RACISTA.
Proferiu meu nome, com o intuito de me abalar, humilhar e subjugar a minha ancestralidade NEGRA.
Proferiu os dizeres “PRETAS”, querendo endossar a sua ofensa inescrupulosa.
Continuou com “MACACA” , é assim que meus irmãos de cor são chamados desde de que estes foram colocados na condição de ESCRAVOS em favorecimento de uma lógica perversa que persiste até os dias de hoje; nos Ônibus, mercados, hospitais, campo de futebol , áreas dos Shopping center e nas Universidade Brasileiras.
Sim, são nesses espaços e em muitos outros que cotidianamente somos ofendidos e humilhados. Não quero que você leitor sinta pena, NÃO muito obrigada, não preciso dela.
Eu e todas essas pessoas que são VITIMAS DE RACISMO DIARIAMENTE, precisamos que você entenda essa luta como sua também, e que de uma vez por todas, encarre o fato de que o RACISMO EXISTE NO BRASIL SIM, lembre-se que aceitar é o primeiro passo para exigir a transformação
Ainda os insultos não pararam por ai... me chamou de “SAFADA”. Tenho certeza que este veio do seu mais intimo e repugnante machismos.
Enquanto as pessoas olharem nós mulheres que se colocam como dona de seus corpos, dos seus desejos e autônoma de todo e qualquer mando e desmando de uma lógica que padroniza e coisifica as mulheres; essas serão comumente chamadas de SAFADAS, isso é mais uma prova da necessidade que esses vermes tem de nós subjugar...
Infelizmente acho que o racismo no Brasil se manifesta da pior maneira possível: sempre atrás de alguma coisa; das portas de banheiros, nas carteiras de sala de aula, nas piadas do cotidiano. Afetando constantemente aqueles que ainda não conseguiram se colocar diante deste desafio que é encarar o “racismo á brasileira” de fato.
Proferiu meu nome, com o intuito de me abalar, humilhar e subjugar a minha ancestralidade NEGRA.
Proferiu os dizeres “PRETAS”, querendo endossar a sua ofensa inescrupulosa.
Continuou com “MACACA” , é assim que meus irmãos de cor são chamados desde de que estes foram colocados na condição de ESCRAVOS em favorecimento de uma lógica perversa que persiste até os dias de hoje; nos Ônibus, mercados, hospitais, campo de futebol , áreas dos Shopping center e nas Universidade Brasileiras.
Sim, são nesses espaços e em muitos outros que cotidianamente somos ofendidos e humilhados. Não quero que você leitor sinta pena, NÃO muito obrigada, não preciso dela.
Eu e todas essas pessoas que são VITIMAS DE RACISMO DIARIAMENTE, precisamos que você entenda essa luta como sua também, e que de uma vez por todas, encarre o fato de que o RACISMO EXISTE NO BRASIL SIM, lembre-se que aceitar é o primeiro passo para exigir a transformação
Ainda os insultos não pararam por ai... me chamou de “SAFADA”. Tenho certeza que este veio do seu mais intimo e repugnante machismos.
Enquanto as pessoas olharem nós mulheres que se colocam como dona de seus corpos, dos seus desejos e autônoma de todo e qualquer mando e desmando de uma lógica que padroniza e coisifica as mulheres; essas serão comumente chamadas de SAFADAS, isso é mais uma prova da necessidade que esses vermes tem de nós subjugar...
Infelizmente acho que o racismo no Brasil se manifesta da pior maneira possível: sempre atrás de alguma coisa; das portas de banheiros, nas carteiras de sala de aula, nas piadas do cotidiano. Afetando constantemente aqueles que ainda não conseguiram se colocar diante deste desafio que é encarar o “racismo á brasileira” de fato.
Pois
sim senhor (a) RACISTA.
Eu
vos encaro; e sei que te incomodo, mas foi justamente para isso que
eu vim . Para tirar todos nós PRETOS e PRETAS da INVISIBILIDADE da
INSEGURANÇA e do Medo de se assumirem enquanto PRETOS E PRETAS e
ainda lutar para que nossos irmãos não se deparem com essa ‘
TRADIÇÃO’ NOJENTA que nosso país ainda carrega e que o Estado
brasileiro legitima.”
Nós
do Grupo Pão e Rosas Marília, queremos manifestar toda
solidariedade à camarada e dizer que nos colocamos abertas ao debate
para pensar ações conjuntas de como elaborar práticas que
dialoguem com esses ataques que sofremos diariamente, seja fruto de
racismo, machismo ou homofobia. Assim como lutaremos pelo fim desse
projeto de universidade elitista, que não se mostra à serviço de
todxs, que exclui e que também mantém seu caráter racista.
POR
UMA SOCIEDADE LIVRE DE RACISMO PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO! FORA
MACHISMO, RACISMO E HOMOFOBIA DAS UNIVERSIDADES E SOCIEDADE!
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