Dinizete Xavier, trabalhadora da USP, da Executiva Nacional do Movimento Mulheres em Luta e do grupo de mulheres Pão e Rosas
Quero dialogar com algumas dessas companheiras mulheres militantes do MML que entregaram o alfinete como símbolo de defesa das mulheres que sofrem assedio sexual nos meios de transporte como a encoxada. Pode ter sido uma ação imediata e desesperadora diante da situação gritante que está acontecendo diariamente, porém sabemos que um simples alfinete não vai barrar um tarado, não vai coibir a ação do sujeito. Concordo que as mulheres precisam se organizar e combater juntas o assédio sexual nos meios de transporte, mas não podemos deixar de cobrar e exigir que os governos melhorem os transportes de forma que todas e todos usuários possam ir sentados (as). Que obriguem a burguesia distribuir os horários de entrada do trabalho em vários e não todos de uma só vez. Que reduzam a jornada sem redução do salário repartindo as horas em dois turnos, que prendam exemplarmente o estuprador e se não for feito que as mulheres organizadas possam se defender e revidar da melhor forma possível sem serem penalizadas entre outras medidas governamentais. Também faço parte do Movimento Mulheres em Luta e não colocaria como símbolo de defesa jamais um alfinete.
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