segunda-feira, 6 de junho de 2011

Pão e Rosas nas eleições da APEOESP lutando com as professoras efetivas e temporárias! Efetivação dos temporários sem concurso público! Pelo direito ao aborto legal, livre, seguro e gratuito! Campanha contra a homofobia e educação sexual livre! Fora a polícia das escolas! Nos inspiremos nas mobilizações da Primavera Árabe e do Maio Espanhol! A classe trabalhadora e a juventude conquistarão os seus direitos com mobilização nas ruas!

Com a Corrente Professores Pela Base, o Pão e Rosas apresenta suas candidatas às eleições da APEOESP, como parte da Chapa 2 – Oposição Unificada na Luta. Como um grupo de mulheres que reúne trabalhadoras e estudantes, participamos dessas eleições pra combater a política da Chapa 1 atrelada ao governo Dilma em mostrar para as mulheres que é possível levar adiante a luta pelos seus direitos, junto aos outros trabalhadores, questionando a educação pública, seu caráter e a serviço de quem está, e as condições de trabalho a que estamos submetidas.

CHAMAMOS A VOTAR NAS CANDIDATAS DO PÃO E ROSAS E DA CORRENTE PROFESSORES PELA BASE NESTAS ELEIÇÕES!

Rita Helena Frau, candidata pela sub-sede de Campinas, n. 101, E. E San Diego


“A nossa categoria é fraturada ao meio, fragmentada. Como não começar a nossa luta a partir aí? Não posso aceitar trabalhar lado a lado com professoras e professores que ganham menos do que eu, por não conseguirem atribuir aulas, que têm menos direitos, e não têm sequer a estabilidade, e a cada 2 anos ficam 1 ano inteiro desempregados. Eles não têm os mesmos direitos, sequer a possibilidade de terem a mesma quantidade de faltas abonadas como os efetivos – é uma humilhação. E há muitos motivos para começar a luta a partir disso: por um lado trata-se de um enorme enfraquecimento do conjunto do professorado, pois há professores que por ganharem menos e terem menos direitos, não se consideram parte da mesma categoria. Por outro lado, esta fragmentação também leva a mais precarização do trabalho, ou seja, a condições piores no cotidiano para conseguirmos dar aulas.

Como acabar com esta situação de forma definitiva? Somente defendendo a efetivação de todos os temporários sem a necessidade de concurso público, já que estes já cumprem a função todos os dias e não necessitariam comprovar que são aptos para fazê-lo. Combinado a isso devemos colocar de pé uma luta intransigente em relação à jornada de trabalho sem redução dos salários – sem falar no caso das professoras mulheres, que depois tem a segunda jornada de trabalho em suas casas. Devemos lutar por uma jornada de 50% horas de atividade fora de sala de aula, com o salário mínimo do DIEESE para todos os professores e pela redução da jornada de trabalho sem redução dos salários. Para isso acontecer de forma concreta, devemos lutar por restaurantes 100% subsidiados nas escolas para todos, não somente para os alunos. Queremos também creches em tempo integral para todas as professoras, as funcionárias e terceirizadas, e também para as jovens adolescentes que já são mães. E diante de tamanho escândalo nacional com a violência homofóbica, devemos colocar de pé uma ampla campanha contra a homofobia e violência aos homossexuais em todas as escolas! Para tanto, devemos nos inspirar na disposição de luta e nos exemplos de mobilização da Primavera Árabe e da juventude espanhola, que estão nas ruas reivindicando seus direitos sociais, se colocando contra os governos que querem descarregar o ônus da crise nas costas dos trabalhadores!Minha candidatura, como militante da LER-QI e do Pão e Rosas, integrando a Chapa 2, estará a serviço destas bandeiras como parte da luta contra este sistema de exploração e opressão”.


“Não somos carcereiros, somos todos professores. Fora a polícia das escolas!”

Inaya, candidata pela sub-sede da Zona Norte de SP, nº 56, E.E Prof. Amenaíde Braga

Entramos. No corredor há grades e policiais fazendo vigília. Cada porta representa uma aglomeração cada vez maior de pessoas. Em todas as bifurcações há câmeras. Há também cadernos, lápis e uma lousa. O governo quer o que nenhum professor sonhou ser: ser carcereiro de crianças e jovens. A polícia só é mais um grande passo em direção ao cárcere. Se aceitamos a situação da escola pública como ela está, então a polícia será de grande ajuda, bem como as câmeras, bem como as grades. Mas não somos carcereiros, somos todos professores, e a educação não se faz por entre grades. A polícia não está do nosso lado, está do lado dos que ganham milhões com o trabalho escravo de nossa juventude, está do lado dos corruptos, está do lado de quem tem.

Querem tirar a educação de nossa juventude e transformar nós em mais uma peça da engrenagem trituradora de sonhos, trituradora de revolta, trituradora de vida.

Fora a polícia da escola! Por melhores condições de ensino! Por um ensino público de qualidade!

“São as mulheres pobres as maiores vítimas do aborto clandestino”

Adriana Paula, candidata pela sub-sede da Zona Norte de SP, nº 53, Cedom
 
É muito importante iniciarmos uma discussão séria e profunda a respeito do aborto com as professoras da Rede Estadual de São Paulo. A categoria é composta majoritariamente por mulheres, 78,28%, segundo dados de dezembro de 2010, de diferentes faixas etárias, configurações sociais, políticas e religiosas. Primeiramente, é preciso considerar que o trabalho docente tem sido muito difícil em função das condições de trabalho, da defasagem salarial e do vínculo precário empreendido a quase metade da categoria (OFAs). Mas, devemos ter claro que apesar das condições não favorecerem uma realização profissional plena e a libertação das amarras da ideologia dominante, o nosso papel deve ser resistir e analisar a questão com cuidado, levando em conta a realidade do aborto no Brasil, as “estatísticas”, as implicações, as conseqüências... O aborto é uma importante causa de morte porque a proibição não impede a prática, além disso, aumenta ainda mais a nossa já gritante desigualdade social, na medida em que são as mulheres pobres as maiores vítimas, por não terem condições financeiras de realizar o aborto com a segurança médica necessária. Nesse sentido, gostaria que cada professora refletisse sobre algumas questões: Até quando vamos fingir que o aborto não existe? Até quando vamos ignorar os inúmeros casos de morte? Resolvemos a questão ao não pensarmos sobre ela? Por fim, devemos nos omitir ou ter a coragem de enfrentar essa difícil questão?



“As candidatas do Pão e Rosas buscarão construir um novo sindicalismo classista e combativo”

Diana Assunção, diretora do Sindicato de Trabalhadores da Universidade de São Paulo dirigente da LER-QI e do grupo de mulheres Pão e Rosas

Declaro todo meu apoio às companheiras do Pão e Rosas, que integram a Chapa 2 nestas eleições da APEOESP. A categoria de professores, majoritariamente feminina, e fragmentada ao meio entre efetivos e temporários, necessita de dirigentes sindicais que lutem pelas reais necessidades das mulheres assim como pela efetivação de todos temporários, sem necessidade de concurso público, para acabar com esta fragmentação. Nós que participamos ativamente da luta das trabalhadoras terceirizadas da UNIÃO na USP buscamos fazer a diferença nesta luta, e por isso apoiamos os candidatos e candidatas que na categoria de professores buscarão generalizar estas experiências e construir um novo sindicalismo classista, desde a base e que coloque como prioridade a luta pelos nossos direitos democráticos.
 
“Junto comas companheiras do Pão e Rosas construímos a Corrente Professores Pela Base e estamos lançando nossas candidaturas como parte da Chapa 2. Queremos que a luta pelos direitos das mulheres tenha um destaque central em nossa campanha e minha candidatura também estará a serviço disso. Pelo direito das mulheres trabalhadoras! Lutemos todos juntos contra a opressão”

Márcio Bárbio, candidato pela sub-sede da Zona Norte de São Paulo, n. 24, E. E. Silva Jardim
 

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