Nós do grupo de mulheres Pão e Rosas transmitimos nossa solidariedade à família e aos colegas de trabalho de Regina, funcionária terceirizada da empresa Higilimp, que foi encontrada desacordada em uma das áreas internas da Estação Santa Cruz e que teve sua morte oficializada no Hospital São Paulo, no último dia 05.
Regina,
39 anos, era mulher, negra e mãe solteira de 2 filhos menores de
idade. Trabalhava com limpeza, um serviço completamente
desvalorizado porque as mulheres limpam, lavam e cozinham todos os
dias em suas casas, depois de um dia inteiro de trabalho. As mulheres
negras são as que mais sofrem com o machismo e racismo, ocupam os
piores postos de trabalho (a maioria das trabalhadoras terceirizadas
são negras) e sofrem com a objetificação da mulher.
Essa
tragédia é resultado da precarização do trabalho e da vida destes
trabalhadorxs que recebem salários miseráveis por jornadas
extenuantes de trabalho, não possuem áreas de repouso, plano de
saúde, não passam por exames periódicos e ainda sofrem com
descontos nos vales alimentação e transporte em caso de faltas
mesmo sendo justificada com atestado médico.
Apoiamos
e participamos da campanha, dos Metroviários pela Base, de
denúncia da responsabilidade do metro e da Higilimp, que devem
apresentar documentos para apuração das causas da morte de Regina.
Exigimos a melhoria das condições de trabalho, pela igualdade de
direitos e de salários para os trabalhadores terceirizados, além da
contratação destes trabalhadores, sem a necessidade de concurso.
Com
isso, chamamos todos a participarem do Ato pela investigação da
morte de Regina e por melhores condições de trabalho aos
terceirizadxs do metro, que será realizado no dia 22/01
(quarta-feira), às 17h na estação Santa Cruz.
A
terceirização escraviza, divide, humilha e mata! Regina não foi a
primeira, mas exigimos que seja a última!
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