
Mas o nosso não vai além.. o nosso não é também contra essa estrutura de universidade que deixa fora os filhos da classe trabalhadora, a juventude negra e pobre. É um não à escravidão dentro da universidade, que muitos dão o nome de “terceirização” mas que é na verdade uma forma de escravizar, humilhar e dividir os trabalhadores entre efetivos e terceirizados. E ainda dão lucro às empresas que recebem milhões da verba pública da universidade. Dizemos um não à humilhação cotidiana das mulheres numa sociedade capitalista que joga em nossas costas o peso da dupla jornada, que persegue as mulheres que recorrem a um aborto clandestino, que cria muros pra esconder os pobres das favelas, que permite que a Igreja diga que o aborto é um crime pior que estupro... tudo isso enquanto os políticos corruptos fazem festa nos parlamentos!
Nós, mulheres trabalhadoras da USP, que apoiamos e construímos o Pão e Rosas, estamos em greve. Mas queremos fazer ecoar na nossa luta a voz de todas as mulheres pobres e trabalhadoras que hoje sofrem com esse sistema que nos relega a agonia e a opressão. E por isso, chamamos todas as mulheres a estarem de pé pra enfrentar a crise que querem descarregar sobre nossas costas, gritando bem forte: que a crise seja paga pelos capitalistas!
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