Junto
às trabalhadoras metalúrgicas, gráficas, ceramistas, têxteis, da alimentação,
do funcionalismo, dos engenhos de açúcar... junto às imigrantes, às donas de
casa e empregadas domésticas...junto às secundaristas e universitárias!
por Pão e Rosas
Brasil

Foi
com muito orgulho que o Pão e Rosas Brasil, através das companheiras Marília
Rocha (metroviária de SP) e Rita Frau (professora da rede estadual em Campinas),
fez parte da delegação do Pan y Rosas da Argentina, junto a outras centenas de
trabalhadoras e jovens, que travaram uma grande luta política para que o
Encontro servisse de fato para organizar as mulheres para lutar por seus
direitos e para que o Encontro votasse um Plano de Luta efetivo pelo direito ao
aborto e pelos direitos das mulheres trabalhadoras e da juventude. Participamos
junto às centenas de mulheres da delegação do Pan y Rosas de toda a Argentina,
mulheres estudantes universitárias e secundaristas, mulheres trabalhadoras das
fábricas de alimentação e metalúrgicas da Zona Norte de Buenos Aires,
trabalhadoras de Zanon, professoras, trabalhadoras da Saúde, donas de casa,
empregadas domésticas, aeronáuticas, trabalhadoras gráficas, trabalhadoras
estatais, trabalhadoras imigrantes das indústrias têxteis e trabalhadoras dos
engenhos de açúcar.
As companheiras
travaram uma luta exemplar contra os setores que queriam apoiar a greve dos
policiais que ocorria na Argentina, colocando que policiais não são
trabalhadores e sim cães de guarda da burguesia e seu Estado, que reprimem a
classe trabalhadora, assim como foram os mesmos na Argentina que criaram o
Projeto X, onde espionavam dirigentes
operários. Discutiram contra os setores que queriam fazer parte de um ato
contra o governo kirchnerista, convocado pela CTA, mas junto com setores da
patronal agrária como a oposição “sojeira”, que explora os trabalhadores
rurais, defendendo a independência de classe frente ao governo e também à
oposição burguesa e lutando pela mobilização dos trabalhadores por suas
próprias reivindicações. Elas elegeram a consigna “Nem com Cristina, nem com a
Rural...trabalhadoras do campo e da cidade!” para expressar a luta por uma
política independente do governo e da oposição patronal. Foram as mesmas
mulheres que mostraram seu compromisso com a luta pela justiça contra os assassinos de Mariano Ferreira
discutindo a necessidade que Encontro se somasse a marcha do dia 20 de outubro,
aniversário de luto do assassinato deste jovem trotskista do Partido Obrero que
foi morto pela burocracia sindical pois defendia a luta dos trabalhadores
terceirizados da ferrovia de Buenos Aires. À Mariano Ferreira elas cantavam: “À
Mariano Ferreira nós vamos vingar, à Mariano Ferreira nós vamos vingar, com a
luta, luta operária e popular”.

As
jovens e trabalhadoras do Pan y Rosas mostraram que é possível colocar de pé um
grande movimento pelos direitos das mulheres trabalhadoras e da juventude,
lutando contra o governo, contra os patrões, contra a polícia e contra a
igreja. Queremos fazer dessa experiência internacionalista um exemplo para as
mulheres trabalhadoras e jovens no Brasil, para colocar de pé, também aqui, um
movimento de mulheres classista, combativo e revolucionário que lute contra a precarização do
trabalho, contra toda forma de violência, e por um plano de luta pelo direito
ao aborto legal, seguro e gratuito para sairmos às ruas e arrancarmos este
direito elementar que assim como na Argentina, no Brasil milhares de mulheres
seguem morrendo por abortos clandestinos. Estamos orgulhosas de ser parte desse
grande movimento! A luta das mulheres trabalhadoras é uma só, e não tem
fronteiras!
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