Na última quinta-feira, dia 19, mais de 150 estudantes e trabalhadoras (es) participaram da atividade de lançamento da edição brasileira do livro Lutadoras. Histórias de mulheres que fizeram história, segunda publicação da Coleção Mulher das Edições ISKRA. A atividade contou com a presença da profª Beatriz Abramides, do Serviço Social da PUC-SP e diretora da APROPUC, entidade que apoiou e organizou o evento, Vera Vieira, profª do Depto. de História da PUC-SP, Andrea D´Atri, dirigente do PTS argentino e organizadora da edição original, e Diana Assunção, dirigente da LER-QI e integrante do grupo de mulheres Pão e Rosas. Também no dia 20/03 a publicação foi apresentada no Auditório do IFCH com a presença de Andrea D´Atri e Rita Frau, professora da rede estadual de São Paulo, integrante do grupo de mulheres Pão e Rosas e militante da LER-QI.
Diana Assunção abriu a atividade agradecendo aos companheiros que colaboraram com a publicação de Lutadoras, e falou sobre o grupo de mulheres Pão e Rosas, relatando as atividades e manifestações políticas que impulsionam. Aproveitou para denunciar os escândalos que rondam a luta das mulheres no Brasil: “Há que se lembrar que nos últimos dias o Brasil foi palco de uma campanha reacionária da Igreja, levando a suposta ’defesa da vida’ à posições escandalosas, como a declaração do Arcebispo de Olinda, que disse que ’o aborto é pior que o estupro’. E continuou: “Por isso gritamos ‘Basta de estupros, de morte e de dor. A hipócrita Igreja, está com o estuprador’. E aqui na PUC, onde a Igreja tem a palavra final, e nos diz que o conhecimento deve estar aliado à fé cristã, colamos cartazes dizendo ‘Basta de intervenção da Igreja em nossos corpos. Basta de intervenção da Igreja na Universidade. Pelo direito ao aborto legal seguro e gratuito’”. Terminou convidando todas as mulheres, trabalhadoras e estudantes, a construir o grupo de mulheres Pão e Rosas.
Rita Frau e Andrea D´Atri
A professora Beatriz Abramides, falou sobre as mulheres lutadoras que compõe o livro, demonstrando como há um “fio vermelho” de continuidade em suas histórias, e discutindo a necessidade das mulheres se organizarem ao lado da classe trabalhadora, lembrando que se a revolução proletária não é a condição última para a emancipação das mulheres, é uma condição necessária para nossa emancipação, que se torna impossível nos estreitos marcos do capitalismo. Também apontou que Lutadoras deve chegar ao máximo de mulheres possíveis e por isso era importante repetir atividades como essa. A professora Vera Vieira elogiou o livro, considerando-o um marco na publicação editorial, e relatando a historiografia latino-americano acerca da questão da mulher e sua inserção na luta de classes. Incentivou os estudantes a produzirem conhecimento, inclusive de forma independente da academia, defendendo suas posições.
Andrea D´Atri discorreu sobre a situação das mulheres no capitalismo, e porque a publicação de Lutadoras num momento de crise desse sistema ganha um novo sentido. Terminou dizendo: “Por isso Lutadoras não tem as pretensões de uma obra literária ou acadêmica... estaria cumprido nosso anseio se o considerarem um livro militante, para contar a uma amiga, à companheira da fábrica ou da empresa, à jovem que senta ao lado na universidade e na escola. Desejamos que estas histórias cheguem às mulheres que hoje lutam, as que inevitavelmente sairám a lutar pelo seu destino no meio da crise mundial que, com seu cortejo de calamidades, nos ameaça, para convidá-las a transcender o horizonte do possível que nos querem impor e se atrever a escrever as páginas da história futura”.
Rita Frau e Andrea D´Atri
A professora Beatriz Abramides, falou sobre as mulheres lutadoras que compõe o livro, demonstrando como há um “fio vermelho” de continuidade em suas histórias, e discutindo a necessidade das mulheres se organizarem ao lado da classe trabalhadora, lembrando que se a revolução proletária não é a condição última para a emancipação das mulheres, é uma condição necessária para nossa emancipação, que se torna impossível nos estreitos marcos do capitalismo. Também apontou que Lutadoras deve chegar ao máximo de mulheres possíveis e por isso era importante repetir atividades como essa. A professora Vera Vieira elogiou o livro, considerando-o um marco na publicação editorial, e relatando a historiografia latino-americano acerca da questão da mulher e sua inserção na luta de classes. Incentivou os estudantes a produzirem conhecimento, inclusive de forma independente da academia, defendendo suas posições.
Andrea D´Atri discorreu sobre a situação das mulheres no capitalismo, e porque a publicação de Lutadoras num momento de crise desse sistema ganha um novo sentido. Terminou dizendo: “Por isso Lutadoras não tem as pretensões de uma obra literária ou acadêmica... estaria cumprido nosso anseio se o considerarem um livro militante, para contar a uma amiga, à companheira da fábrica ou da empresa, à jovem que senta ao lado na universidade e na escola. Desejamos que estas histórias cheguem às mulheres que hoje lutam, as que inevitavelmente sairám a lutar pelo seu destino no meio da crise mundial que, com seu cortejo de calamidades, nos ameaça, para convidá-las a transcender o horizonte do possível que nos querem impor e se atrever a escrever as páginas da história futura”.
No final da atividade, Mara Onijá, apresentou a rima de hip hop “Pão e Rosas”, que dizia "Nosso canto é o espanto / Dos que nos julgaram mortas / Pão e Rosas Pão e Rosas / Eu sou confronto do pranto / A agonia que estoura / Pão e Rosas Pão e Rosas / Eu vou rimando e marchando / Chega de dor, quero glórias / Pão e Rosas Pão e Rosas / O medo aqui já foi tanto / Mas será nossa a vitória / Pão e Rosas Pão e Rosas".
Esses foram apenas os primeiros lançamentos dessa publicação. Queremos que mais mulheres, trabalhadoras e estudantes possam conhecer a histórias destas lutadoras. Para organizar uma atividade de lançamento do livro "Lutadoras.." em sua universidade, local de trabalho, sindicato, colégio ou bairro, envie um email para paoerosasbr@gmail.com
Um comentário:
olá!
sabe onde eu posso adquirir esse livro?
abraço
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