Na Índia, ministra Nilcéa Freire diz que crise financeira atinge mais as mulheres [com toda a demagogia do Governo]
16.10.2008
Vitor Abdala - Agência Brasil
Autoridades da área de defesa da mulher de Índia, Brasil e África do Sul pediram aos chefes de governo desses países, ontem (15), em Nova Délhi, uma maior atenção para as trabalhadoras neste momento de crise financeira. Segundo a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Brasil, Nilcéa Freire, elas são as que mais sofrem em situações de crise."
"Quem mais sofre são as mulheres, pelo acúmulo dos seus encargos. Sofre a dona-de-casa, sofre a mulher no mercado de trabalho. Como elas normalmente estão em postos mais precários e esses são os mais atingidos pelas crises econômicas, elas acabam sendo também as mais atingidas", afirmou.
A ministra esteve reunida com as autoridades de Índia e África do Sul, em Nova Délhi, onde participou da 3ª Reunião de Cúpula do Fórum IBAS (grupo que reúne os três países), que tratou, neste ano, de questões como a mulher, o comércio, a cooperação acadêmica e o mercado editorial dessas nações, entre outras.
Os resultados das discussões em cada tema, que envolveram também a sociedade civil, foram encaminhados ao presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, ao primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, e ao presidente sul-africano, Kgalema Motlanthe.
De acordo com Nilcéa Freire, além do pedido de atenção especial às mulheres nesse período de crise financeira, também foram acertados pontos como o estabelecimento de indicadores comuns aos três países para avaliar a situação das mulheres e a ampliação do combate à violência contra a mulher.
"Muito embora tenhamos traços culturais diferenciados, esse é um problema comum e podemos nos ajudar tanto na compreensão quanto na criação de políticas que viabilizem a redução da violência contra as mulheres", disse a ministra, ao final da reunião.
Nilcéa acrescentou ainda que foi feita uma recomendação aos três chefes de governo para que eles busquem incluir a defesa das mulheres no Pacto de Monterrey, sobre o financiamento ao desenvolvimento do mundo, que será reavaliado em breve.
Fonte: http://www.comuniweb.com.br/?idpaginas=20&idmaterias=370345
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