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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Nota do Grupo de Mulheres Pão e Rosas sobre a morte de Regina, trabalhadora terceirizada da Higilimp




Nós do grupo de mulheres Pão e Rosas transmitimos nossa solidariedade à família e aos colegas de trabalho de Regina, funcionária terceirizada da empresa Higilimp, que foi encontrada desacordada em uma das áreas internas da Estação Santa Cruz e que teve sua morte oficializada no Hospital São Paulo, no último dia 05. 
Regina, 39 anos, era mulher, negra e mãe solteira de 2 filhos menores de idade. Trabalhava com limpeza, um serviço completamente desvalorizado porque as mulheres limpam, lavam e cozinham todos os dias em suas casas, depois de um dia inteiro de trabalho. As mulheres negras são as que mais sofrem com o machismo e racismo, ocupam os piores postos de trabalho (a maioria das trabalhadoras terceirizadas são negras) e sofrem com a objetificação da mulher.
Essa tragédia é resultado da precarização do trabalho e da vida destes trabalhadorxs que recebem salários miseráveis por jornadas extenuantes de trabalho, não possuem áreas de repouso, plano de saúde, não passam por exames periódicos e  ainda sofrem com descontos nos vales alimentação e transporte em caso de faltas mesmo sendo justificada com atestado médico. 
Apoiamos e participamos da campanha, dos Metroviários pela Base, de denúncia da responsabilidade do metro e da Higilimp, que devem apresentar documentos para apuração das causas da morte de Regina. Exigimos a melhoria das condições de trabalho, pela igualdade de direitos e de salários para os trabalhadores terceirizados, além da contratação destes trabalhadores, sem a necessidade de concurso.
Com isso, chamamos todos a participarem do Ato pela investigação da morte de Regina e por melhores condições de trabalho aos terceirizadxs do metro, que será realizado no dia 22/01 (quarta-feira), às 17h na estação Santa Cruz.
A terceirização escraviza, divide, humilha e mata! Regina não foi a primeira, mas exigimos que seja a última!





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