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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Assassinaram Camille, Não podemos nos calar! Tod@s ao ATO, 07 ago às 10h!


Camille é uma entre milhares de vítimas que perderam suas vidas pelo simples fato de ser uma travesti. Levada ao hospital em estado de coma no dia 24 de julho, depois de ter sido espancada a pauladas por um homem, não resistiu e teve morte cerebral. Na grande mídia de Campinas, pouco destaque foi dado a esse brutal assassinato, simplesmente porque a situação destas mulheres e homossexuais é marginalizada em todos os âmbitos.

Não podemos deixar que a presença de duas mulheres candidatas, Dilma e Marina, para a presidência do Brasil ofusque a verdadeira situação de opressão e exploração que estão submetidas as milhares de Elizas, Mércias, Camilles por todo país. No Brasil de Lula, uma mulher morre à cada duas horas! O assassinato ocorrido em Campinas, assim como as mortes brutais cometidas contra Mércia e Eliza, são apenas três casos de um imenso universo de violência cotidiana legitima por este sistema de opressão e exploração, que não são retratados pela grande mídia ou lembrados e denunciados audazmente pelas organizações de esquerda e de direitos humanos.

A demagogia irá imperar nos debates eleitorais!

Na Argentina, o casamento homossexual é arrancado pela histórica luta do movimento LGBTT, enquanto no período de eleições nossos presidenciáveis Dilma, Marina e Serra se calam ou tratam esta questão abertamente de maneira reacionária. Não nos esqueçamos que os governos continuam fazendo acordos com a Igreja e legitimando, em ultima instância, toda essa violência. É neste Brasil de Lula e Dilma, que seu governo tenta aparecer enquanto aliado do movimento LGBTT, que se assinou um acordo com o Vaticano para implementar novamente um ensino religioso nas escolas, enquanto adolescentes e mulheres continuam morrendo na clandestinidade do aborto. Esta mesma Igreja que pressionou o governo a retirar artigos do PNDH3 contendo direitos democráticos elementares que apontavam para a legalização do aborto e a união e adoção por casais homoafetivos.

Neste mesmo país, lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transsexuais não podem exercer livremente sua sexualidade, pois são perseguidas em bares, nas ruas, nas escolas, nos locais de trabalho e são covardemente agredida(o)s e assassinada(o)s todos os dias!

Em Campinas, é no governo de Dr. Hélio do PDT, em coligação com o PT e o PCdoB, que a polícia e a guarda municipal se encontram entre os principais agressores de homossexuais da cidade. E para aprofundar esta violência, este governo apresenta para a população o Tolerância Zero, programa de segurança da prefeitura, que significa a perseguição da polícia a moradores de rua, prostitutas, travesti, juventude negra, etc. Com seu discurso de manutenção da ordem social e urbana e higienização das ruas, a política deste governo legitima as ações de violência de grupos e pessoas de extrema-direita contra homossexuais e negros.

Não podemos e nem iremos nos calar frente ao caso de Camille!

Nos somamos à convocatória do Identidade, grupo de luta pela diversidade sexual, para construirmos o ato contra a violência, no dia 7 de agosto, e chamamos à todas as mulheres do Movimento Mulheres em Luta, grupos de mulheres, de direitos humanos, LGBTT´s, entidades estudantis, grêmios, organizações políticas de esquerda, sindicatos e centrais sindicais, como a Intersindical e a CSP-Conlutas, e os candidatos as eleições dos partidos de esquerda, PSTU e PSOL , a se somarem a este ato e impulsionarmos uma forte campanha a contra a violência e a homofobia na cidade!

Grupo de Mulheres Pão e Rosas
Liga Estratégia Revolucionária - Quarta Internacional (LER-QI)

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