Não é novidade que a
precarização do trabalho é uma dura realidade no país, os contratos
terceirizados de trabalho agudizam a precarização quando, com ausência de
direitos trabalhistas imprescindíveis, os trabalhadores ficam muito mais
vulneráveis à ganância dos patrões. Recentemente tivemos mais uma notícia que
merece todo nosso repúdio. A S&S empresa terceirizada responsável pela
limpeza na FCL-UNESP de Assis não pagou o salário das trabalhadoras no quinto
dia útil. As trabalhadoras resolveram não se calar, e, indignadas, se
organizaram e paralisaram o trabalho do dia 11 ao dia 14 de novembro, o que
gerou uma pressão da direção do campus à empresa.
No dia 14/11 enfim o
pagamento caiu, deixando vitoriosa a mobilização das trabalhadoras. No entanto,
não se concretizou a promessa de uma suposta reunião de esclarecimento da
empresa às trabalhadoras e pagamento das cestas básicas atrasadas no dia 20.
Portanto, as cestas básicas seguem atrasadas. Exigimos que caiam imediatamente!
Na Unesp, diversas
funções antes desempenhadas por trabalhadores efetivos hoje são terceirizadas!
Desta forma, é de total responsabilidade não apenas da empresa, mas também da
instituição, que terceiriza o serviço, criando péssimas condições de trabalho,
além deste tipo de situação! Não é possível que uma instituição queira se alçar
como uma das mais bem colocadas nos rankings internacionais, enquanto funciona
com trabalho semiescravo!
Enquanto brotam os
escândalos dos super-salários dos reitores, e de professores das estaduais
paulistas, despejam sobre os trabalhadores efetivos e terceirizados as piores
condições, aumentando cursos e prédios sem aumentar o número de trabalhadores,
crescendo através do sangue, suor, das dores nas costas e da insegurança no
trabalho.
Sabemos que a precarização do trabalho,
chamada de terceirização, atinge toda a classe trabalhadora, porém, é a mulher
trabalhadora a que mais sente o peso de toda a precarização e exploração
vigente. A opressão e exploração às mulheres, tem sua funcionalidade para os
governos e patrões para manter as mulheres trabalhadoras submetidas a
superexploração capitalista, com os salários mais baixos, trabalhos mais
precarizados, além das duplas e triplas jornadas de trabalho. Isto porque a
mão-de-obra feminina, sendo considerada pela sociedade capitalista como
inferior à masculina, recebe salários menores, e este fato serve como pretexto
para que o salário de toda a classe trabalhadora seja rebaixado. São,
portanto, as mulheres, em sua maioria negras, que ocupam os postos de trabalho
mais precarizados, com menor remuneração e com serviços que são, em sua
maioria, extensão do serviço doméstico.
Nós, trabalhadores e
estudantes, devemos tomar com centralidade a luta contra a terceirização, pois
está é parte fundamental da luta contra a precarização do trabalho, dos
serviços públicos, da privatização e pela unidade dos trabalhadores. Lutar sem
ver a terceirização como um poderoso inimigo e os trabalhadores terceirizados
como fundamentais aliados, seria ceder a uma pressão corporativista e não
responder a altura os ataques que sofremos.
As trabalhadoras de
Assis dão um exemplo, e tem toda solidariedade de nós, do grupo de mulheres Pão
e Rosas, no apoio às companheiras!
Pelo imediato
pagamento das Cestas Básicas!
Pela efetivação imediata das trabalhadoras terceirizadas, sem concurso público!
Pela efetivação imediata das trabalhadoras terceirizadas, sem concurso público!
Pela unidade dxs trabalhadorxs! Igual
trabalho, igual salário! Pelos direitos da mulher trabalhadora!
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