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terça-feira, 22 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Nota pública dos presos políticos da USP [08/11/11]
NOTA PÚBLICA DOS PRESOS POLÍTICOS DA USP
São Paulo, 08 de novembro de 2011 - 14h15.
Nós, estudantes da USP, que lutamos contra a polícia na universidade e pela retirada dos processos administrativos contra estudantes e trabalhadores, viemos por meio desta nota pública, denunciar a ação da tropa de choque e da polícia militar na madrugada do dia 8/11.
Numa enorme demosntração de intransigência em meio ao período de negociação e na calada da noite, a reitoria foi responsável pela ação da tropa de choque da PM que militarizou a universidade numa repressao sem precedentes. Num operativo com 400 homens, cavalaria, helicópteros, carros especializados e fechamento do Portão 1 instalou-se um clima de terror, que lembrou os tempos mais sombrios da ditadura militar em nosso pais.
Resistimos e nos obrigaram a entrar em salas escuras, agrediram estudantes, filmaram e fotografaram nossos rostos (homens sem farda nem identificação). Levaram todas as mulheres (24) para uma sala fechada, obrigando-as a sentarem no chão e ficarem rodeadas por policiais homens com cacetetes nas mãos. Levaram uma das estudantes para a sala ao lado, que gritou durante trinta minutos, levando-nos ao desespero ao ouvir gritos como o das torturas que ainda seguem impunes em nosso país. Tudo isso demonstra o verdadeiro caráter e o papel do convênio entre a USP e a polícia militar.
A ditadura vive na USP. Tropa de choque, polícia militar, perseguições a estudantes e trabalhadores, demissão de dirigentes sindicais, espionagem contra ativistas e estudantes, repressão através de consultas psiquiátricas aos moradores do CRUSP (moradia estudantil).
Nós, que estamos desde as 5h sob cárcere e controle dos policias, chamamos todos a se manifestarem contra a prisão de 73 estudantes e trabalhadores por lutarem com métodos legitimos por seus direitos.
Responsabilizamos o reitor Joao Grandino Rodas, e toda a sua burocracia acadêmica e o governador do estado de SP Geraldo Alckmin, junto ao seu secretário de seguranca pública, por toda a repressao dessa madrugada. Reafirmamos nossa luta contra a polícia, dentro e fora da universidade, que reprime a população pobre e trabalhadora todos os dias.
Fora PM! Revogação do convênio! Retirada dos processos! Liberdade aos presos políticos!
"Pode me prender, pode me bater, pode até deixar-me sem comer, que eu não mudo de opinião! Porque da luta eu não saio não!"
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Exigimos a liberdade imediata de Diana Assunção, diretora do SINTUSP e lutadora pelos direitos das mulheres e a de todos/as os/as presos/as!
DECLARAÇÃO DO PAN Y ROSAS ARGENTINA E MÉXICO EM APOIO À LUTA DA USP
Exigimos a liberdade imediata de Diana Assunção, diretora do SINTUSP e lutadora pelos direitos das mulheres e a de todos/as os/as presos/as!
Liberdade para Diana e todos/as os/as presos/as da USP!
Desde o começo do semestre, a reitoria da USP se encontra tomada por jovens estudantes, docentes e não docentes, que se organizaram para repudiar a livre circulação das forças policias no interior da Universidade. Essa militarização foi levada adiante pelo reitor João Grandino Rodas, que em nome de uma “educação de excelência” privatista, cercou o prédio da USP com policiais.
No inicio da semana, milhares de estudantes tomaram as ruas da Cidade Universitária e bloquearam a entrada da Universidade exigindo a retirada da policia. Hoje de madrugada, com métodos próprios da ditadura militar, um operativo de 400 adentrou pela força a reitoria detendo 70 estudantes, entre os quais se encontra Diana Assunção, fundadora da agrupação Pão e Rosas Brasil, e diretora do Sindicato dos Trabalhadores da USP.
Na luta estudantil ainda aberta no Chile, na UNAM no México e agora na luta contra a militarização na Universidade de São Paulo, vimos as mulheres participar ativamente. Por isso, desde o grupo de mulheres Pão e Rosas Argentina, chamamos a todas as organizações de mulheres, de trabalhadoras/es, estudantes, políticas, sociais e de direitos humanos, a apoiar a luta da USP, denunciando a ação da policia enviada pelo Governador Geraldo Alckmim e o reitor Rodas e exigir a imediata liberdade de todos/as os/as presos/as!
Basta de criminalização ao movimento estudantil e as/os trabalhadoras/es em luta!
Fora a policia da USP! Abaixo o convênio entre USP e a PM! Fora policia das Universidades, periferias e favelas!
Pan y Rosas Argentina
Pan y Rosas México
URGENTE: Liberdade imediata aos presos políticos da USP! Abaixo a ditadura de João Grandino Rodas!
URGENTE: Liberdade imediata aos presos políticos da USP! Abaixo a ditadura de João Grandino Rodas!
Nós, do grupo de mulheres Pão e Rosas, repudiamos a brutal repressão aos lutadores e lutadoras da Universidade de São Paulo e nos manifestamos pela IMEDIATA liberdade aos presos políticos do reitor da USP, João Grandino Rodas.
Na madrugada de hoje (08/11) um enorme aparato policial, com cerca de 400 policiais da tropa de choque que arrombaram a reitoria ocupada pelos estudantes, prendeu cerca de 70 pessoas, dentre elas Diana Assunção, fundadora do grupo de mulheres Pão e Rosas e diretora do Sindicato de Trabalhadores da USP. Nessa ofensiva que militariza a Universidade, como não se via desde os tempos da ditadura militar (aclamada por Rodas), o reitor da USP junto ao governador Geraldo Alckmin quer calar as vozes de lutadores e lutadoras que lutam contra a presença da PM na universidade, nos morros e favelas!
Estudantes de Letras da USP estão agora paralisados em repúdio à militarização da USP e prisão dos estudantes que lutam, assim como estudantes de Ciências Sociais da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP). Não vão nos calar! Pedimos a mais ampla solidariedade, envio de manifestações de repúdio, apoio de organizações de direitos humanos, sindicatos, entidades estudantis, intelectuais.
Grupo de mulheres Pão e Rosas.
08/11/11 - 9h25
paoerosasbr@gmail.com