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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Pão e Rosas Campinas e diversas estudantes se reuniram para discutir a opressão e a luta pela emancipação das mulheres

Por Pão e Rosas Campinas

Na quarta-feira, dia 12/4, o Pão e Rosas Campinas fez sua reunião de apresentação na UNICAMP. Estavam presentes estudantes do IFCH, IE, IA, etc., onde foram primeiramente colocados vídeos, que apresentaram a performance artística em resposta à violência ocorrida no Interunesp, através do Rodeio da Gordas, vídeo sobre o direito ao aborto, sobre a luta das terceirizadas da USP e o vídeo do ato do 8 de março em São Paulo, aonde o Pão e Rosas impulsionou um bloco antigovernista e anti-imperialista gritando pelo o direito ao aborto legal, livre, seguro e gratuito, pela efetivação de todas os trabalhadores terceirizados sem concurso público e contra a intervenção imperialista nos países do Oriente Médio e Norte da África. 

Logo depois abrimos a discussão com um histórico sobre o surgimento do Pão e Rosas na Argentina, através da luta da auto-organização das mulheres que ocuparam a fábrica Brukman em 2001 na luta contra a crise econômica, e seu posterior surgimento no Brasil em 2008, na PUC Foram colocadas questões sobre a perspectiva militante, antigovernista e anti-imperilista do grupo, que além de interpretar a realidade, se preocupa em transformá-la diferenciando-se assim de grupos acadêmicos e se colocando solidária e ao lado nos processos de luta da(o)s trabalhadora(e)s e se organizando de maneira independente do Estado, dos governos, patrões, da polícia e da Igreja.  Discutiu-se também a respeito de que uma mulher no poder como a Dilma em nada muda a condição de  diversas mulheres, pois é conivente com as milhares de mortes de mulheres por abortos clandestinos em nome da aliança coma Igreja, mantém as tropas brasileiras no Haiti que estupra mulheres e reprime e mata o povo haitiano, e seu governo se sustenta no Brasil da(o)s trabalhadora(e)s que vivem em condições precárias, tais como as terceirizadas da USP, que estão mobilizadas na luta pelo pagamento de seus salários mas também por condições de trabalho dignas e contra a semi-escravidão que é a terceirização, assim como os trabalhadores do PAC da construção civil em Jiráu. Com isso alguns presentes intervieram querendo saber mais sobre nossa perspectiva, planos para o futuro e nossa opinião sobre a repressão aos estudantes na Unicamp, o que foi respondido que isto vem ao encontro com o projeto de privatização das universidades, através do projeto Bolonha, assim como a repressão aos 9 funcionários criminalizados na Unicamp e a punição de estudantes em outras universidades também, e que a luta contra a repressão está ligada à luta contra o projeto privatista, elitista, racista e machista que exclui a classe trabalhadora e a juventude trabalhadora da universidade, e nesse sentido devemos nos organizar de maneira independente da reitoria para mudarmos a estrutura de poder da universidade. 

Foi questionado também se a educação sexual nas escolas seria uma forma de “formalizar ou disciplinar” a sexualidade, mas respondeu-se que com o Acordo Brasil-Vaticano  de Lula e Dilma, que institui o ensino religioso nas escolas públicas, criando um cenário conservador, de difícil discussão sobre a sexualidade nas escolas, legitimando a violência contra as mulheres e homossexuais. Além disso, foi feita a discussão sobre a organização da ultra-direita que faz coro com setores da burguesia brasileira e da Igreja, pró-Bolsonaro, que tem se colocado contra os direitos democráticos dos homossexuais e onde se sugeriu filmes para discussão sobre a naturalização de discursos de ultra-direita em nome dos direitos humanos e da democracia que nada mais representam do que valores racistas, homofóbicos, xenófobos e conservadores. Além disso, colocamos a necessidade de lutarmos contra a impunidade dos crimes da ditadura militar no Brasil, pela abertura dos arquivos  e julgamento e punição de todos os torturadores e envolvidos, civis e militares, nos crimes da ditadura, pois “Não esquecemos a ditadura, assassinatos e torturas”.


O Pão e Rosas Campinas, ao final, propagandeou os livros “Lutadoras e Pão e Rosas” e fez o convite para o lançamento do livro “A precarização tem rosto de mulher” que ocorrerá no mês de abril, com Diana Assunção, organizadora do livro e diretora do SINTUSP e da Secretaria de Mulheres do sindicato, que está lutando ao lado das terceirizadas contra a precarização do trabalho e a semi-escravidão     

O Pão e Rosas Campinas se coloca solidário e ao lado na luta das (os) trabalhadoras (es) terceirizadas (os) da UNIÃO na USP!

A terceirização escraviza, humilha e divide! Pela efetivação de tod@s trabalhadora(e)s terceirizad@s sem concurso público!

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