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quarta-feira, 2 de junho de 2010

Saudação da agrupação Pan y Rosas da Argentina ao II Encontro de Mulheres da Conlutas

As companheiras trabalhadoras, estudantes e donas de casa que fazemos parte da agrupação Pan y Rosas (PTS e independentes) queremos saudar à todas lutadoras que vão participar deste II Encontro de Mulheres da Conlutas, começando por expressar nosso enérgico repúdio ao novo ataque perpetrado pelo Estado terrorista de Israel contra os ativistas internacionalistas solidários com o povo palestino, e manifestar todo nosso apoio para com nossas heróicas irmãs que lutam dia-a-dia contra a ocupação sionista. Sabemos que vocês também se pronunciarão contra esse massacre e pela liberdade do povo palestino.

Queremos lhes dizer também que viemos seguindo dia-a-dia a importante luta das trabalhadoras e trabalhadores da Universidade de São Paulo (USP) em defesa de seu direito à greve e de todas suas reivindicações, e que estamos orgulhosas de poder lhes fazer chegas estas palavras a todas nossas companheiras brasileiras que lutam por seus direitos como trabalhadoras e como mulheres.

Na Argentina, viemos lutando junto das trabalhadoras das grandes multinacionais da alimentação, como Kraft, Pepsico e Arcor que se enfrentam com a burocracia sindical e protagonizam o que as patronais, os grandes meios de comunicação e o governo chamam “o novo sindicalismo de base”. Porque as trabalhadoras também começam a colocar de pé em nosso país por seus direitos.

Como vocês sabem, aquí governar uma presidente mulher, Cristina Fernández, mas as mulheres, em sua maioria trabalhadoras e dos setores populares, seguimos morrendo pelo aborto clandestino, centenas de jovens são seqüestradas nas redes de tráfico e prostituição, milhares de mulheres sofrem da violência sexista, e a precarização do trabalho afeta majoritariamente as mulheres, ao passo que os baixos salários impõem uma piora nas condições de vida das famílias trabalhadoras. É que nossa presidenta defende os interesses dos empresários e dos banqueiros e especuladores, não os da trabalhadoras e trabalhadores, nem os das mulheres.

Sabemos que nossas irmãs brasileiras também sofrem a ilegalidade do aborto, a violência, a prostituição e a precarização do trabalho. Mas não somente na Argentina e no Brasil, em toda a América Latina nós mulheres padecemos da exploração e da opressão que os capitalistas e o imperialismo nos impõem. Lá estão nossas companheiras haitianas resistindo aos planos de miséria e exploração que os Estados Unidos com as tropas enviadas por governos como o do Brasil, Argentina e outros presidentes latino-americanos, imporem sobre o povo do Haiti.

As trabalhadoras argentinas junto com as brasileiras podemos nos constituir em uma poderosa força social, não somente para impor nosso direitos mais elementares como mulheres, mas também para lutar junto com nossos irmãos de classe para acabar com toda a exploração, opressão e submissão de nossos povos ao imperialismo.
É hora de que nos coloquemos de pé, porque os direitos não se mendigam, se conquistam!

Agrupação de Mulheres Pan y Rosas – Argentina
http://www.panyrosas.org.ar/

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