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sexta-feira, 5 de março de 2010

RASGANDO OS VÉUS E SUAS REGRAS QUE NOSSA VIDA DESTROÇAM, JÁ NÃO ACEITO SEUS PRECEITOS, SOU TAMBÉM PÃO E ROSAS!

“Hilary Clinton: émulher,mas representa o imperialismo”
Não à Hilary Clinton. Émulher,mas representa o imperialismo, não está do lado da classe trabalhadora e do povo pobre e desempregado. Não está se importando comasmulheres
hondurenhas, haitianas, palestinas e outras torturadas, oprimidas, sofridas, ultrajadas pelas própriasmãos dos soldados do país que estamulher comanda.
Dinizete Xavier da Secretaria deMulheres do SINTUSP e delegada do Comando de Delegados de Base da USP

"Me sintomais guerreira hoje, porque sei que não estou só"
Logo que cheguei no Pão e Rosas fiqueime perguntando: “o que eu estou fazendo aqui, o que estas mulheres tememcomumcomigo?” Na hora nadame veio à mente, mas depois analisando atitudes e palavras das companheiras, consegui entender que o que elas tinham em comum comigo. Era algo muito importante: assim como eu, elas eram MULHERES. No semblante de cada uma reconheci guerreiras. Mulheres de garra e coragem por deixarem a sua particularidade para abraçar uma causa negligenciada, a situação da mulher no mundo. Obrigada, companheiras do Pão e Rosasme sinto mais guerreira hoje, porque sei, que não estou só.
Robertha, trabalhadora do telemarketing e estudante da Unicid

“Está na ordemdo dia a luta pela organização independente dasmulheres trabalhadoras”
O feminismo burguês, as feministas reformistas e ligadas ao governo já demonstraramo fracasso de sua estratégia “por dentro da ordem”. É uma estratégia que vive na utopia de que é possível se organizar semindependência dos patrões, do governo e do Estado burguês, ou seja, que é possível se emancipar dentro do estreito horizonte do sistema capitalista. Ao contrário, o que está na ordemdo dia é a luta pela organização independente dasmulheres, emseus locais de trabalho e estudo, e queremos que o Pão e Rosas seja uma ferramenta de luta para todas asmulheres desamparadas por este sistema. Penso tambémque asmulheres que se reivindicamcombativas, classistas e revolucionárias devembuscar uma forma de atuação comum, e por isso asmulheres que compõema Conlutas, como nós, devemestar na linha de frente desta unidade na ação.
Diana Assunção da Secretaria deMulheres do Sindicato de Trabalhadores da USP e dirigente da LER-QI

"Nosso direito à vida não se ganha, se toma!”
Podemos desmentir a falácia de que o Estado é laico e que todos são iguais. Existemmulheres que não podemsermães quando querem, ou por não ter condições, ou por seus bebês morreremdiante do precário sistema de saúde pública. Milhares demulheresmorremdiante das conseqüências de abortos clandestinos emnosso país,mas sobre nossos corpos ainda pesama Igreja e as leis que criminalizam as mulheres. Na Bahia e emPernambuco, o aborto é a 1ª causa da mortalidade materna, e em todo o Brasil, a maioria das mulheres que morrem em conseqüências de abortos clandestinos são negras. Essa é uma realidade que não se pode negar, e por isso o direito ao aborto é uma candente questão de saúde pública. Faço um chamado à todas as mulheres a construir conosco o Pão e Rosas e juntas lutar pela legalização do aborto, porque nosso direito à vida não se ganha, se toma!
Lívia Barbosa, assistente social e integrante do Pão e Rosas Rio de Janeiro

“Se não for agora, então quando?”
Isso dizia Clara Lechmil, quando iniciavam a conhecida ‘greve dasmeninas’ em1909, com a adesão de 30mil operárias têxteis de Nova Iorque.Mas essa tambémé a pergunta de muitas mulheres que hoje sofremcoma opressão e a exploração. Afinal, se não for agora, então quando conseguiremos impor a nossa verdadeira emancipação? A essa pergunta, é preciso responder: companheiras, a luta pela nossa emancipação não está por fora da luta contra essa sociedade de classes. Por isso, a luta pelo socialismo, a luta por uma sociedade liberada da escravidão assalariada e de toda a opressão, é o único meio que temos nós mulheres para conseguir nossa verdadeira liberdade, e portanto, também deve ser nossa bandeira.
Mara Onijá, dirigente da LER-QI e integrante do Pão e Rosas ABC

“Que esta luta chame quemacredita que as amarras podemser quebradas”
Ser mulher e negra em um país que camufla o preconceito, que trata como mercadoria suas mulheres, que não dá condições sociais e econômicas de viver dignamente, impõe um desafio muito grande. Pois lemos diariamente denúncias das péssimas condições de saúde a que estas mulheres são submetidas. Por estes motivos, o Pão e Rosas faz um chamado as negras do Haiti, um chamado a todas as negras que querem ser protagonistas de suas histórias, acabar com discussões domésticas, lutar por políticas sérias que as defendam, que essas mulheres resgatem sua identidade, se portem além do gênero e da cor, que esta luta chame quem acredita que as amarras podem ser quebradas, unificando as lutas.
Gabrielle Borges, integrante da gestão Pagu CASS (Centro Acadêmico de Serviço Social – PUC)



Suas condoleezzas não falam por mim e nem por nós
Sou Zeferina, Luiza Mahin, não calam nossa voz
Sou reverso da submissão, não parei
Já nos tumbeiros fiz insurreição, confrontei
Incendiei seu engenho, fiz revolta dos malês
Eu te matei com veneno, levantes organizei
Rasgando os véus e suas regras que nossa vida destroçam
Já não aceito seus preceitos, sou também Pão e Rosas
Pão e Rosas de Mara Onijá


Participe da 3ª Plenária do grupo de mulheres Pão e Rosas

07 de março às 14h - domingo

Na Casa Socialista Karl Marx
(Pça. Américo Jacomino, 49 - Vila Madalena)

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