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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Quatro meses do golpe em Honduras. Seguimos gritando: que o sangue derramado não seja negociado!

Por Olívia Ricci, Pão e Rosas Rio Claro

Já se passaram quatro meses de golpe militar em Honduras, e após muita repressão e violência ao povo hondurenho em resistência, assistimos com revolta as negociações com os golpistas. Negociação articulada pela OEA (dirigido pelo imperialismo norte-americano), neutralizando o golpe, deixando os assassinos e torturadores impunes e livres, à vontade para continuar a reprimir o povo pobre e explorado, como ocorreu ao fim de cada golpe dos países latino americanos.

Vimos o estádio Chochi Sosa, em Tegucigalpa transformar-se em um centro massivo de detenção, assim como ocorreu no estádio nacional de Santiago, no Chile, na ditadura de Pinochet. Vimos pessoas feridas levadas por militares dos hospitais, manifestantes da resistência brutalmente espancados. E após toda a luta do povo em resistência, após suportar brutal repressão, com torturas e mortes, Zelaya negocia com os golpistas. E enquanto há um refluxo da resistência do povo hondurenho, o governo golpista espera tranquilamente a aproximação do fim de novembro, quando se realizarão as eleições e assim poderão legitimar seu governo e continuar a ditadura com o respaldo do Direito burguês. Mas respondemos às negociações! Não aceitamos anistia dos assassinos e dos torturadores! Não aceitamos a volta de Zelaya com a volta da repressão do exército sobre o povo hondurenho! Pelo povo armado contra a repressão e realizando greves gerais até que o governo golpista caia! Por uma forte e ativa campanha internacional contra os golpistas e contra as negociações! QUE O SANGUE DERRAMADO NÃO SEJA NEGOCIADO!

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