tag:blogger.com,1999:blog-38600280987966389742024-03-06T12:01:22.767-08:00Pão e RosasPão e Rosas Brasilhttp://www.blogger.com/profile/06904105364100861769noreply@blogger.comBlogger750125tag:blogger.com,1999:blog-3860028098796638974.post-18705226796788877322015-03-11T14:35:00.001-07:002015-03-11T14:35:19.863-07:00No RJ, mulheres pelo direito ao aborto legal, seguro e gratuito<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqV0NEnHbf1lA1eKayJToljEFWjJ_VCiRV8IxyPjZPRA8ShxGK7bHMqK6ZXW068fPQ-0WMRPjgN4vX2NwfxIn0D9vjdDyVhQyaNE8l6A04ToEVyCSwAUbhpR9h7rq-T6Kd32HIQAG1BjM/s1600/PeR+RJ.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqV0NEnHbf1lA1eKayJToljEFWjJ_VCiRV8IxyPjZPRA8ShxGK7bHMqK6ZXW068fPQ-0WMRPjgN4vX2NwfxIn0D9vjdDyVhQyaNE8l6A04ToEVyCSwAUbhpR9h7rq-T6Kd32HIQAG1BjM/s1600/PeR+RJ.jpg" height="400" width="285" /></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No Rio de Janeiro, foram realizadas duas atividades no centro da cidade no dia 9 de março em referência do dia Internacional das Mulheres. Uma ocorreu à tarde no largo da Carioca com o tema “Pela vida das mulheres; legalizar o aborto já!”, convocada pela Marcha Mundial de Mulheres (MMM) e outro grupos feministas e organizações políticas como a Camtra (Casa da Mulheres Trabalhadora), Insurgência (PSOL) e independentes. A outra ocorreu na Central do Brasil com uma panfletagem dos grupos de esquerda como PSTU e LSR (PSOL). </span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O 8 de março no Rio de Janeiro, este ano esteve dividido, pois as feministas da MMM, que apoiam o governo, recusaram que o eixo do ato unificado denunciasse os ajustes do governo Dilma e a retirada de direitos da classe trabalhadora. </div>
<div style="text-align: justify;">
O grupo de mulheres Pão e Rosas esteve presente nas duas atividades. Rita Frau, professora e dirigente do Pão e Rosas disse:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“Neste 8 de março saímos às ruas contra os ajustes do governo Dilma que atacam as mulheres trabalhadoras e pelo direito ao aborto legal, seguro e gratuito. Achamos fundamental a frente única para impulsionar uma campanha pelo direito ao aborto legal e por isso estivemos no ato convocado pela feministas da MMM, mas discordamos delas que os únicos responsáveis em nos negar este direito elementar, são os setores reacionários<a class="spip_out" href="http://www.ler-qi.org/Transformar-o-repudio-a-Eduardo-Cunha-em-mobilizacao-rumo-ao-8-de-marco" rel="external" style="border: 0px none; cursor: pointer; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">como Eduardo Cunha, presidente da Câmara de Deputados que disse que “o aborto seria pautado pela Câmara apenas por cima do cadáver dele”</a>. Também responsabilizamos o governo Dilma por milhares de mulheres morrerem todos os ano por abortos clandestinos, pois seu governo se dá através da aliança com estes setores reacionários rifando nossos direitos”</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Rita também comentou a importância de impulsionar uma campanha pela legalização do aborto para além do dia internacional das mulheres: “Nós do Pão e Rosas acreditamos que para uma verdadeira campanha da legalização do aborto é fundamental que as organizações feministas, de direitos humanos, organização políticas, sindicatos e entidades estudantis, abram esta discussão nas bases das categorias de trabalhadores e do movimento estudantil, para organizarmos uma campanha a partir dos locais de trabalho e estudos. Pois apenas com nossa organização e saindo às ruas conseguiremos arrancar este direito. E se a MMM e governistas defendem a legalização do aborto devem exigir que os deputados e deputadas do PT apresentem projetos de lei em defesa do direito ao aborto para fortalecer a luta das mulheres e romperem a submissão ao governo Dilma que já provou que não avançará em nada sobre este direito ”</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O Pão e Rosas do Rio de Janeiro também esteve presente na porta de uma fábrica majoritariamente feminina para distribuir<a class="spip_out" href="http://issuu.com/ritafrau/docs/per0803_boletimweb_7d6fd3e522e791" rel="external" style="border: 0px none; cursor: pointer; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">o folheto especial do dia internacional das mulheres.</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“Fomos levar nossas ideias às trabalhadoras que sofrem cotidianamente com a exploração do trabalho, assédio moral, e muitas vezes assédio sexual nos locais de trabalho. E também porque serão elas as que sofrerão as consequências dos ajustes do governo, assim como sofrem cotidianamente com o aumento do preço dos alimentos, dos transportes, e como em São Paulo, muitas vivem em bairros que a falta de água tem se tornado algo presente todos os dias. A única saída para enfrentar esta realidade é nossa organização nos locais de trabalho e seguirmos o exemplo que deram as professoras do Paraná, que saíram em greve e tomaram as ruas do estado do Paraná para lutar contra o pacotaço do governo Beto Richa (PSDB)”, comentou Rita Frau.</div>
</span><br />
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Veja o vídeo da <a href="https://www.youtube.com/watch?v=jfTrKIHriKg" target="_blank">Fala de Rita Frau</a></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Original: <a href="http://www.palavraoperaria.org/No-RJ-mulheres-pelo-direito-ao-aborto-legal-seguro-e-gratuito" target="_blank">Palavra operaria</a></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">XXXXX</span></div>
Pão e Rosas Brasilhttp://www.blogger.com/profile/06904105364100861769noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3860028098796638974.post-3174009604019521662015-03-11T14:30:00.000-07:002015-03-11T14:30:19.656-07:00Em São Paulo, 3 mil pessoas marcharam pelas mulheres no 8 de Março<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A marcha organizada por diversos grupos feministas e organizações de esquerda levou o lema de “8 de Março – dia internacional das mulheres” sem denunciar claramente o governo de Dilma que começou o ano atacando os trabalhadores com as medidas provisórias e seguindo a linha do PT de acordos com os setores mais conservadores e reacionários, como Feliciano que foi base do governo em 2010. A Marcha Mundial de Mulheres (MMM), liderada por dirigentes do Partido dos Trabalhadores, esteve presente com grandes blocos defendendo o governo e suas pautas como a “Reforma política” e a “defesa da democracia”, que foram duas das propostas que perderam na reuniões de organização do 8 de Março.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Todavia, as feministas governistas não levaram a frente a proposta do tema “Pela água, por direitos, contra a violência e pela legalização do aborto” que foi proposta por todas as demais organizações. Demonstraram então, que na luta pelo direitos das mulheres não há como ser por fora, da luta pela independência política das mulheres dos governos, patrões e partidos de conciliação que buscam rifar nossos direitos à serviço da manutenção desse regime de democracia dos ricos.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px none; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Como as professoras do Paraná</span></strong></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Enquanto as feministas da Marcha Mundial de Mulheres diziam no carro de som que era possível ver os avanços do combate a violência contra a mulher em São Paulo com as políticas públicas, o Movimento de Mulheres em Luta (MML) denunciava que Dilma não hierarquizava esse combate a partir do ínfimo valor destinado para o combate a violência, exigiam como parte de sua campanha principal a aprovação de 1% do PIB para este fim.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtYWLbys3hj9dRWnd2WmFeyuy3NznRTnOf4My4g3RoH_RCg-Y6ti1KDRs44UcX7EUeDwnxjpWh65HXl-A9KEd598WPEMIVCFIuRPVW5cJ_WHJa33hG4gfeJDyn6Xph1g5hIG7Wsfx6Xi8/s1600/PeR+SP.jpg" imageanchor="1" style="line-height: normal; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtYWLbys3hj9dRWnd2WmFeyuy3NznRTnOf4My4g3RoH_RCg-Y6ti1KDRs44UcX7EUeDwnxjpWh65HXl-A9KEd598WPEMIVCFIuRPVW5cJ_WHJa33hG4gfeJDyn6Xph1g5hIG7Wsfx6Xi8/s1600/PeR+SP.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Em uma faixa do grupo de mulheres Pão e Rosas se encontrava a frase “Façamos como as professoras do Paraná”, trazendo para São Paulo a força e exemplo da imensa mobilização realizada pelos professores e funcionalismo no Paraná contra os cortes e ataques de Beto Richa (PSDB). Com esse espírito que a <a class="spip_out" href="https://www.facebook.com/video.php?v=638580252955368&pnref=story" rel="external" style="border: 0px none; cursor: pointer; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">professora Maíra, categoria O,</a>subiu ao carro de som e relatou os ataques destinados a educação, e aos professores em todo o país, desde São Paulo com as 21 mil demissões.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px none; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Para além do 8 de Março</strong></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Outra faixa do grupo de Mulheres Pão e Rosas exigia a legalização do aborto, seguro e gratuito. Com músicas e materiais denunciavam as milhares de mortes por abortos clandestinos como Jandira, um dos casos que ganhou maior destaque no ano passado, no Rio de Janeiro. Nos pirulitos carregavam a exigência ao combate a violência às mulheres cis, travestis e mulheres transexuais e também a readmissão de uma trabalhadora Andreia Pires, assim como das metroviárias que lutaram ano passado por melhores condições de transporte e trabalho.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Virgínia Guitzel, trabalhadora da saúde pública do ABC Paulista disse “<span style="border-image-outset: initial; border-image-repeat: initial; border-image-slice: initial; border-image-source: initial; border-image-width: initial; border: 0px none; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Nós do Pão e Rosas não acreditamos que a luta das mulheres, das travestis e das mulheres trans seja de apenas um dia. Viemos nesse 8 de Março não para comemorar, mas para denunciar que não basta ter uma mulher na presidência para garantir nossos direitos”. Completou: “Pelo contrário, é preciso seguir o exemplo das professoras do Paraná, as mulheres precisam se organizar de maneira independente junto com os homens trabalhadores para colocar abaixo esse sistema que se utiliza do machismo, da transfobia, de todas as opressões para garantir o lucro e a força dos patrões contra nossa classe que segue oprimida e explorada</span>”.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4WKC74bpdv0MP_lFf9I1OqYY0ywlnJiEGOFh-kn3VZdGRVA9L1HxEaZyt784zgDEOjKw2l7z0ZTxpJwTFuc8xOjudQp7iln4yA4vX6d8fcM9RO0kOnewgp2wCPF-_O0OtVrB03X-Czww/s1600/M%C3%A3es+Per.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4WKC74bpdv0MP_lFf9I1OqYY0ywlnJiEGOFh-kn3VZdGRVA9L1HxEaZyt784zgDEOjKw2l7z0ZTxpJwTFuc8xOjudQp7iln4yA4vX6d8fcM9RO0kOnewgp2wCPF-_O0OtVrB03X-Czww/s1600/M%C3%A3es+Per.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Estavam presentes nesse bloco uma importante delegação de trabalhadores do Movimento Nossa Classe, com metroviários, bancarios, professoras, trabalhadores da Universidade de São Paulo, operários industriais. Também estavam presentes estudantes da Universidade de São Paulo e da UFABC que constroem a Juventude ÀS RUAS. Com grande destaque para a coluna de trabalhadoras da USP que são da Secretaria de Mulheres do Sindicato dos trabalhadores da USO (SINTUSP) que votaram a participação no ato contra os ajustes de Dilma e pelo direito a creche.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Já Bárbara que é membro da Secretaria das Mulheres contou: “<span style="border-image-outset: initial; border-image-repeat: initial; border-image-slice: initial; border-image-source: initial; border-image-width: initial; border: 0px none; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Nossa luta não para nunca e dentro desse sistema onde o trabalho doméstico e o cuidado dos filhos é relegado as mulheres e o Estado se exime de sua responsabilidade, não criando creches, lavanderias e restaurantes públicos, deixando que o peso da dupla jornada de trabalho recaia sobre nossos ombros, nós cantamos “Creche! Creche! De qualidade já. Mulher tem o direito de trabalhar e estudar!</span>”</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Original: <a href="http://www.palavraoperaria.org/Em-Sao-Paulo-3-mil-pessoas-marcharam-pelas-mulheres-no-8-de-Marco" target="_blank">Palavra operaria</a></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
XXXXX</div>
Pão e Rosas Brasilhttp://www.blogger.com/profile/06904105364100861769noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3860028098796638974.post-47737785031704236552015-03-08T15:15:00.001-07:002015-03-08T15:15:34.816-07:00Em Minas Gerais, façamos também como as professoras do Paraná!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvsxm_iCWKvX-pBcbBJ7arQVX2UOdU3oc0EWUIi8yJlZj3Oet0dXRogqAfjS5O4kskK1sKZwphustVZp7J9Mw3qkhGSMhenFhpC9MXvehZoeL0V8gnI1zO7OB3PwYGNuqF8QAW1ujJChk/s1600/ato.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvsxm_iCWKvX-pBcbBJ7arQVX2UOdU3oc0EWUIi8yJlZj3Oet0dXRogqAfjS5O4kskK1sKZwphustVZp7J9Mw3qkhGSMhenFhpC9MXvehZoeL0V8gnI1zO7OB3PwYGNuqF8QAW1ujJChk/s1600/ato.jpg" height="240" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;"><i>Por Pão e Rosas MG</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">Na
última sexta, dia 6 de março, foi realizado em Belo Horizonte o ato unificado
do 8 de março sob o eixo “ Mulheres contra a violência doméstica, sexual e do
Estado”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5RyfyLUbJ_zC484eHuoHaCY7eTygd8z9HDu6tJAalONxElfy1GGdnE-V0xkfSakQkqh5AxOAIp10vazTS3-cDPOkIthCn5ux6Jw3x24QiBadO0jhwHXjruh3H6Riro5HGuJyGwbIRL7k/s1600/ato2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5RyfyLUbJ_zC484eHuoHaCY7eTygd8z9HDu6tJAalONxElfy1GGdnE-V0xkfSakQkqh5AxOAIp10vazTS3-cDPOkIthCn5ux6Jw3x24QiBadO0jhwHXjruh3H6Riro5HGuJyGwbIRL7k/s1600/ato2.jpg" height="180" width="320" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; color: #141823;"><span style="font-family: inherit;">Cerca de 200 pessoas, entre entidades
estudantis, sindicais e populares, organizações de esquerda, estiveram
presentes denunciando a violência contra a mulher e os ataques de Dilma. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; color: #141823;"><span style="font-family: inherit;">Flavia Vale, professora designada em Contagem,
militante do Pão e Rosas e do Movimento Nossa Classe, denunciou o governo
Dilma/PT que não garante os direitos das mulheres, sobretudo das trabalhadoras,
jovens e negras, como a legalização do aborto. Explicou também, as demissões do
governo Pimentel que atingem milhares de professoras, a necessidade da luta
pela efetivação de todas e também das terceirizadas com os mesmos direitos e
sem concurso público. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background: white; color: #141823;">Por fim, prestou solidariedade às professoras
do Paraná que hoje lutam contra os ataques à educação e os planos de “ajuste”
daquele Estado, e devem servir de exemplo para organização das trabalhadoras de
todo o país nesse 8 de março e todos os dias.</span><span style="background-color: white; color: #141823; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">Veja abaixo o vídeo com a fala completa de Flavia Vale:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /><iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://ytimg.googleusercontent.com/vi/Snc6iFez8VI/0.jpg" src="http://www.youtube.com/embed/Snc6iFez8VI?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://www.youtube.com/watch?v=Snc6iFez8VI" style="line-height: 24px; text-indent: 35.4pt;" target="_blank">https://www.youtube.com/watch?v=Snc6iFez8VI</a></div>
Pão e Rosas Brasilhttp://www.blogger.com/profile/06904105364100861769noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3860028098796638974.post-28050663319216071472015-03-08T01:00:00.000-08:002015-03-11T14:23:09.670-07:00Boletim Especial do grupo de mulheres Pão e Rosas<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21.466667175293px;">LEIA, COMENTE E DIVULGUE!</span><br />
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21.466667175293px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21.466667175293px;">Dia internacional de luta das mulheres</span><br />
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21.466667175293px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21.466667175293px;">Para visualização: <a href="http://issuu.com/ritafrau/docs/per0803_boletimweb_7d6fd3e522e791" target="_blank">Boletim</a></span><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">XXXXX</span></div>
Pão e Rosas Brasilhttp://www.blogger.com/profile/06904105364100861769noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3860028098796638974.post-51451541849349932562015-02-05T05:39:00.000-08:002015-02-05T05:39:24.462-08:00Por um 8 de Março contra os ataques do governo Dilma<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 17px;">Por: Odete Cristina</span><br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBgE2V7lZi6X3nZawYtOD_qfHnKV_TSMpxaN_tI1EvJjgldFB85hDt3JMZSsU4_hS2PtjYLp00Fpmw_E3f6Rlxqq5ILa3_93GhJiuiGUKVFN_CCFiD1MDCs40noqpU43hjzgx45TJ4fOA/s1600/PeR.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBgE2V7lZi6X3nZawYtOD_qfHnKV_TSMpxaN_tI1EvJjgldFB85hDt3JMZSsU4_hS2PtjYLp00Fpmw_E3f6Rlxqq5ILa3_93GhJiuiGUKVFN_CCFiD1MDCs40noqpU43hjzgx45TJ4fOA/s1600/PeR.jpg" height="276" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; line-height: 15px; text-align: left;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Rumo ao 8 de Março, as mulheres precisam se organizar para fazer uma grande manifestação contra as primeiras medidas tomadas pelo “novo” governo de Dilma com ataques e ajustes aos direitos trabalhistas, como é a reforma no setor previdenciário.</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Rumo ao 8 de Março, as mulheres precisam se organizar para fazer uma grande manifestação contra as primeiras medidas tomadas pelo “novo” governo de Dilma com ataques e ajustes aos direitos trabalhistas, como é a reforma no setor previdenciário. Não seremos nós, as mulheres, que pagaremos pela crise que os capitalistas criaram! Por isso gritamos que não somos uma no poder, sejamos milhares nas ruas neste 8 de Março contra os ajustes e os ataques de Dilma!</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Se apoiando no exemplo de milhares de mulheres trabalhadoras que foram linha da frente das greves que tomaram o país nos últimos meses, neste 8 de março é fundamental unir os trabalhadores e a juventude para defender os direitos das mulheres, demonstrando que é uma luta que deve ser tomada pelo conjunto do movimento estudantil e operário, não de maneira separada ou exclusiva das mulheres. É preciso dizer que este 8 de Março também será TRANS*! Também será das mulheres lésbicas, negras, terceirizadas, das mais oprimidas e mais exploradas! Para enfrentar a profunda crise da água, aumento dos preços dos alimentos o aumento dos transportes, cuja maioria dos usuários são mulheres que sofrem cotidianamente com a péssima qualidade e os inúmeros casos de assédio sexual e violência.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Queremos dar voz a todas as mulheres brutalmente assassinadas e violentadas pelo machismo estrutural do sistema capitalista em que vivemos. Por isso, devemos lutar para que as organizações de trabalhadores como os sindicatos e os partidos de esquerda, assim como as entidades estudantis tomem em suas mãos a luta contra a violência, organizando uma verdadeira campanha tornando vivo o debate e o combate a esta prática reacionária para garantir a igualdade na vida das mulheres, que qualquer lei ou decreto, por si só, será incapaz de garantir.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não vamos nos calar diante das inúmeras mortes por aborto clandestino em nosso país. Enquanto o governo Dilma segue nos negando o direito a maternidade, milhares de mulheres recorrem a clínicas clandestinas para a realização do aborto, já que não possuem condições de cuidar dos filhos, colando suas vidas em riscos, principalmente as mulheres negras. Não aceitaremos mais Jandiras ou Elisangelas! Basta de mulheres mortas por aborto clandestino! Queremos aborto legal, seguro e gratuito e nosso direito a maternidade garantido.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por isso, a você trabalhador e trabalhadora, jovem estudante universitária ou secundarista, dona de casa, que talvez tenha nos conhecido através de uma amiga, de um ato de rua, de um panfleto entregue no seu local de trabalho ou de estudo, te convidamos a organizar conosco um 8 de Março de luta contra os ajustes e a precarização de nossas vidas! Venha organizar um bloco de homens e mulheres, estudantes e trabalhadores, que lutamos como uma tarefa de toda Nossa Classe, pelo direito ao Pão e também às rosas.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Original: <a href="http://www.palavraoperaria.org/Por-um-8-de-Marco-contra-os-ataques-do-governo-Dilma" target="_blank">Palavra Operária</a></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">XXXXX</span></div>
Pão e Rosas Brasilhttp://www.blogger.com/profile/06904105364100861769noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3860028098796638974.post-84648291314369547682015-02-05T05:33:00.004-08:002015-02-05T05:33:50.032-08:00Governo Alckmin ameaça direito à licença-maternidade<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por: Milena Bagetti</span><br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgfU679FvkVqIPbLIzw7AUCUW2qmka2JhlNiDjuT0tEXi5VyhUybUGr-LoMKzqP4rNZsMQYEi4CojFFY2-NlierfJE6ml6C034pg1wBXJ92ejZLxvmfwhMErO-epv59HT1tdW_KfclDj4/s1600/Alckim.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgfU679FvkVqIPbLIzw7AUCUW2qmka2JhlNiDjuT0tEXi5VyhUybUGr-LoMKzqP4rNZsMQYEi4CojFFY2-NlierfJE6ml6C034pg1wBXJ92ejZLxvmfwhMErO-epv59HT1tdW_KfclDj4/s1600/Alckim.jpg" height="263" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; font-size: 13px; line-height: 15px; text-align: left;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Governo Alckmin move uma ação direta no supremo tribunal federal para que todas as servidoras públicas em estágio probatório compensem os seis meses de afastamento antes de cumprirem prazo para obter estabilidade no emprego.</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; font-size: 15px; line-height: 17px;"><br /></span></span>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Governo Alckmin move uma ação direta no supremo tribunal federal para que todas as servidoras públicas em estágio probatório compensem os seis meses de afastamento antes de cumprirem prazo para obter estabilidade no emprego. Com a aprovação desta ADI haverá uma pressão psicológica e material para a mulher não engravidar, que levará a assédio moral e interferência direta das patronais (diretorias, chefias) na vida mulheres. Trabalhadoras terceirizadas e temporárias não possuem direito a licença maternidade, pois o assédio moral para que não engravidem é tanto que muitas deixam de engravidar, são demitidas quando engravidam.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em cenário de ataques deflagrados contra os trabalhadores através de medidas que buscam retirar uma série de direitos trabalhistas por parte do governo Dilma (abono-salarial, seguro-desemprego, pensão por morte, auxílio-doença, seguro pescador), o governo do estado de SP, também busca ferir fortemente um direito das funcionárias públicas, a licença maternidade. Geraldo Alckmin (PSDB) moveu uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal contra a lei que regulamenta a licença-maternidade de funcionárias públicas em estágio probatório - período de três anos em que o funcionário público fica sob avaliação até adquirir estabilidade. Na Unicamp, na gestão do atual reitor Tadeu, conforme a Resolução GR-032/2013, a contagem de tempo e o período de avaliação especial de desempenho dos funcionários são suspensos no caso de licença maternidade, entre outros casos.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Além dos ataques já mais conhecidos do professorado paulista, categoria do funcionalismo público de maioria feminina, como os contratos de professores categoria O que acabam sem rescisão, mais este ataque vem à tona. Este atingiria as professoras que conseguiram se efetivar no cenário caótico da educação pública paulista, em que somente no último concurso PEB II (2014), uma grande jogada eleitoreira de Alckmin, ainda não foram convocados grande parte dos aprovados para assumir o cargo, mas sim para atribuir aulas como remanescentes, sem que nem ao menos estas aulas existam, já que muitas salas de aula foram fechadas, intensificando a precarização do trabalho e da vida.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Muitas mulheres que estão em período de estágio probatório podem resolver engravidar ou podem vir a ter uma gravidez indesejada, que precisará ser bancada do seu próprio bolso, pois são oferecidos precários serviços de saúde, além dos planos de saúde ser absurdamente caros e ligados ao mercenário complexo médico-industrial-hospitalar. Se esta ADI for aprovada, além do forte assédio moral e interferência das patronais na vida das mulheres, também colocará a mulher grávida em desvantagem profissional, pois ela vai demorar 6 meses a mais pra poder ter a estabilidade. Neste momento em que os trabalhadores se preparam para lutar contra os ataques em seus locais de trabalho e estudo e que as mulheres se preparam para um 8 de março de muita luta contra os governos e patrões, nenhum direito a menos.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px none; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não ao ADI de Alckmin!</span></strong></div>
<div style="border: 0px none; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Basta de assédio moral contra as mulheres trabalhadoras que engravidam!</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 10px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"></strong></span><br />
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="border-image-outset: initial; border-image-repeat: initial; border-image-slice: initial; border-image-source: initial; border-image-width: initial; border: 0px none; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Licença-maternidade de 1 ano para todas as trabalhadoras, incluindo as terceirizadas.</span></strong></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="border-image-outset: initial; border-image-repeat: initial; border-image-slice: initial; border-image-source: initial; border-image-width: initial; border: 0px none; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Original: <a href="http://www.palavraoperaria.org/Governo-Alckmin-ameaca-direito-a-licenca-maternidade" target="_blank">Palavra Operária</a></span></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<span style="border-image-outset: initial; border-image-repeat: initial; border-image-slice: initial; border-image-source: initial; border-image-width: initial; border: 0px none; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">XXXXX</span></span></div>
Pão e Rosas Brasilhttp://www.blogger.com/profile/06904105364100861769noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3860028098796638974.post-87717251727127189972015-01-27T15:29:00.000-08:002015-01-27T15:31:40.709-08:00Regiane, presente!<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: x-large;"><b></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: x-large;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglgIMV0K7f-d8oex6vesvNGL1VfT_nE-ZgnS9U-fRDGA0mdegPM48urT0alrtPeHTnaNbrvFvjopB0vcI8K1TO3s_dhzhn4mfOEcHXdOfg6y_db5F2ng0qU_pm0MXhMtpsG9TiuneEMes/s1600/regiane2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglgIMV0K7f-d8oex6vesvNGL1VfT_nE-ZgnS9U-fRDGA0mdegPM48urT0alrtPeHTnaNbrvFvjopB0vcI8K1TO3s_dhzhn4mfOEcHXdOfg6y_db5F2ng0qU_pm0MXhMtpsG9TiuneEMes/s1600/regiane2.jpg" height="225" width="400" /></a></b></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; text-align: justify;">O grupo de mulheres Pão e Rosas traz neste texto uma pequena homenagem à
companheira Regiane Brant, que aos 45 anos de idade, no dia de hoje, faleceu vítima de um câncer
de mama e no pulmão, doença que atinge tantas mulheres. Regiane nos últimos
anos veio sendo parte de nossa agrupação na luta contra toda forma de opressão
e dando um grito de liberdade contra as amarras que impedem as mulheres de viverem
suas próprias vidas. Acompanhamos sua dura batalha e tivemos a oportunidade, e
também o privilégio, de conhecer uma mulher cheia de vida e energia. Uma mulher
que já com filhos adultos não achou que era tarde pra se tornar uma militante e
ser parte da luta contra a opressão que tantas mulheres vivem nesta sociedade.
Hoje choramos pela morte de nossa companheira, mas Regiane vai continuar viva
em todos os nossos gritos por liberdade. Porque ela entendia perfeitamente
porque lutamos pelo pão, mas também pelas rosas. </span><b style="font-family: inherit; text-align: justify;">Companheira Regiane, presente!
Agora e sempre!</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEga6MHe2_quJQr2RQMZZzHoHQrEQJJY20nGQ1UdPE3mGWlkZXoKRYgCkkWXMQCXN2X-OBcXTCCTbxRsyBSPu6tKn8pXnJWfH0Ov2LPeeMcviTOb-3TvvigLuMsMWhKcx_yuJFSpB9__lVo/s1600/10957710_4812982738618_8472701066507776147_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEga6MHe2_quJQr2RQMZZzHoHQrEQJJY20nGQ1UdPE3mGWlkZXoKRYgCkkWXMQCXN2X-OBcXTCCTbxRsyBSPu6tKn8pXnJWfH0Ov2LPeeMcviTOb-3TvvigLuMsMWhKcx_yuJFSpB9__lVo/s1600/10957710_4812982738618_8472701066507776147_n.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: inherit; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: inherit; line-height: 115%;"><b>Sei que há léguas...</b></span></div>
<b style="color: #141823; font-family: inherit; line-height: 115%; text-align: justify;">Mas é tanto mar,
tanto mar (que transborda sobre as areias da praia)...</b><br />
<b style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #141823; font-family: inherit; line-height: 115%;">Sei também quanto é
preciso: navegar, navegar!</span><span class="apple-converted-space" style="color: #141823; font-family: inherit; line-height: 115%;"> </span></b><span style="font-family: inherit;"></span><br />
<span style="font-family: inherit;">
<span style="color: #141823; line-height: 115%;"></span></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: #141823; line-height: 115%;"><span style="background-color: white; font-family: inherit; line-height: 115%;"><b>Canta primavera....</b></span></span></span></div>
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: #141823; line-height: 115%;">
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiT2sxAv8PHtxEN-dwAChieHNPfV3l4FC8GbbDU3H2oYWaRfP5Ktwbx41-eU6_hEnJLpOYUWnKLUlXyRNS9w_yyGD8XoMVfv8JIC30bsNksE5P9qiInAGyOPQ8UkfJxB-BALvHyLED9XTg/s1600/10885058_796767750413827_9182341583080068235_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiT2sxAv8PHtxEN-dwAChieHNPfV3l4FC8GbbDU3H2oYWaRfP5Ktwbx41-eU6_hEnJLpOYUWnKLUlXyRNS9w_yyGD8XoMVfv8JIC30bsNksE5P9qiInAGyOPQ8UkfJxB-BALvHyLED9XTg/s1600/10885058_796767750413827_9182341583080068235_n.jpg" height="640" width="360" /></a><span style="background-color: white; font-family: inherit; line-height: 115%;"><br /></span></div>
</span></span><br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #141823; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #141823; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #141823; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #141823; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #141823; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #141823; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #141823; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #141823; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #141823; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #141823; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #141823; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #141823; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #141823; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #141823; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i style="font-family: inherit;"><br /></i>
<i style="font-family: inherit;"><br /></i>
<i style="font-family: inherit;"><br /></i>
<i style="font-family: inherit;"><br /></i>
<i style="font-family: inherit;"><br /></i>
<i style="font-family: inherit;"><br /></i>
<i style="font-family: inherit;"><br /></i>
<i style="font-family: inherit;"><br /></i>
<i style="font-family: inherit;"><br /></i>
<i style="font-family: inherit;"><br /></i>
<i style="font-family: inherit;"><br /></i>
<i style="font-family: inherit;"><br /></i>
<i style="font-family: inherit;"><br /></i>
<i style="font-family: inherit;"><br /></i>
<i style="font-family: inherit;"><br /></i>
<i style="font-family: inherit;"><br /></i>
<i style="font-family: inherit;">Este texto também é
uma homenagem à Adriano, filho da companheira Regiane, quem lhe apresentou o
caminho da militância e da luta pela liberdade, tendo sido até o último momento
seu melhor amigo.</i></div>
Pão e Rosas Brasilhttp://www.blogger.com/profile/06904105364100861769noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3860028098796638974.post-53269649178329983162015-01-23T10:22:00.000-08:002015-01-23T10:22:48.726-08:00Sente-se, companheiro: greve contra a General Motors de 1936<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 25.5pt; margin: 7.5pt 0cm 15pt; text-align: right; vertical-align: baseline;">
<i style="line-height: normal; text-align: start;">Por Celeste Murilo</i></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 15.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-outline-level: 3; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em 30 de dezembro de 1936 explode a
greve na General Motors e autopeças de Flint (Michigan, EUA). Pela primeira
vez, um sindicato combativo decide enfrentar a empresa que parecia invencível.
Greves sentadas, ocupações, reuniões clandestinas e táticas militares para
enfrentar a polícia.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 7.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: inherit, serif; font-size: 7.5pt;"><a href="http://www.laizquierdadiario.com/Celeste-Murillo"><span style="border: none windowtext 1.0pt; color: blue; font-family: "Times New Roman","serif"; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm; text-decoration: none; text-underline: none;"><o:p></o:p></span></a></span></div>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<br /></div>
<br /><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 7.5pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 7.5pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Feliz Ano Novo? Começa greve</span></b><span style="font-family: inherit, serif; font-size: 7.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 7.5pt; vertical-align: baseline;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSslwlvRKHvGQlGu8Bzu69erjG1RCIz5S2YE8cr6UJc98_yndg1KdmnimFR9H4kbr1Y2xtr7neUkyOJdtFtBdKbLeuWyHHPQnVP57qgKziiXL1ZDBXBzjqOp_lSTCBFxzrR7xBx1FvMPY/s1600/GM+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSslwlvRKHvGQlGu8Bzu69erjG1RCIz5S2YE8cr6UJc98_yndg1KdmnimFR9H4kbr1Y2xtr7neUkyOJdtFtBdKbLeuWyHHPQnVP57qgKziiXL1ZDBXBzjqOp_lSTCBFxzrR7xBx1FvMPY/s1600/GM+1.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 7.5pt; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 19.5pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Um ditado popular dizia: "Uma vez que
atravessa as portas da General Motors, esqueça a Constituição dos Estados
Unidos”. Flint era uma “<i>company town”,</i>
uma cidade onde tudo era de propriedade da empresa. Se a General Motors parava,
parava tudo. A empresa estava acostumada à cumplicidade da burocracia sindical
e dos funcionários.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 19.5pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Na cidade de Flint havia 45 mil operários da
indústria automotiva, mas apenas 122 eram filiados ao jovem UAW (sindicato dos operários
da indústria automotriz). O UAW queria estabelecer a negociação coletiva no
sindicato, foram classistas, combativos e, embora fosse um sindicato
minoritário quando começou a luta, não cederam frente a empresa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 19.5pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em 30 de dezembro se fez a primeira <i>greve sentada</i> na planta número 1 da Fisher
Body da General Motors. O turno da noite deixou de trabalhar, a fábrica foi
trancada e começou a ocupação. O método utilizado foi a greve sentada (greve de
braços cruzados onde os trabalhadores sentavam sobre as máquinas para impedir
que os fura-greves trabalhassem e desse modo mantinham o controle da fábrica).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 19.5pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O método mais utilizado até esse momento nos Estados
Unidos eram os piquetes, mas os empresários contratavam pelegos e os piquetes
nem sempre eram eficazes. Desta vez, os trabalhadores se trancaram na fábrica.
Com a <i>sentada</i>, embora dependessem da
ajuda externa para sobreviver, a greve foi transformada em um centro de
resistência contra a empresa que controlava a cidade, o governo, a justiça e a
polícia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Um dos principais jornais, o Flint
Journal, um porta-voz da General Motors, amdrontava com manchetes
sensacionalistas que alertavam a "invasão dos russos”. Nas escolas se
faziam trabalhos com o título "Por que a greve é errada", muitas
vezes filhos e filhas dos trabalhadores eram obrigados a escrevê-los. Algo parecido
acontecia nas igrejas e nos tribunais. Isso não impediu as iniciativas do
sindicato e dos partidos de esquerda que acompanhavam e incentivavam a greve. Crescia
a resistência dos trabalhadores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 19.5pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Batalhas
fabris<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 19.5pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Passou o Ano Novo, os primeiros dias de janeiro, e
os trabalhadores seguiam firmes. O governador democrata Frank Murphy tentou, em
vão, desocupar as plantas com a polícia estadual. Tentaram desocupá-los com a
ordem de um juiz. O sindicato fez sua própria investigação buscando contestar a
decisão e descobriu que o juiz era um acionista da General Motors. Então o juiz
foi cassado e os trabalhadores ganharam sua primeira batalha legal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 19.5pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A greve se estendeu por todo janeiro de 1937.
Dentro da fábrica, os trabalhadores instalaram "salas de estar", com
assentos dos futuros automóveis e organizavam salas de leitura e discussão com
todos os jornais, periódicos de esquerda e livros de história. Estabeleceu-se
uma organização interna que permitiu desenvolver a greve: administradores, encarregados
da comunicação, logística, um mundo próprio dentro da fábrica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">À medida que os dias passavam, os
piquetes contra os pelegos e a polícia tornavam-se massivos: homens, mulheres e
crianças se colocavam nas entradas dia e noite. Para evitar serem acusadas de
porte de armas, as mulheres da Brigada Auxiliar de Mulheres levavam em seus bolsos
uma barra e meia de sabão, para responder às provocações dos fura-greve e bate-paus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 19.5pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O primeiro ataque sério da polícia foi em 11 de
janeiro na planta número 2 da Fisher Body. Eles planejaram sufocar os
trabalhadores com bombas de gás lacrimogêneo para forçar a saída. De dentro, os
trabalhadores abriram as mangueiras contra incêndio e apontaram contra a
polícia, enquanto também jogavam peças de carro. Do lado de fora, as mulheres
da Brigada de Emergência quebraram as vidraças da fábrica para deixar o ar
entrar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDIUL5J0dyyjQccx3um2bFxNA9_FGOSOMaBdqmnLLzePaI559ol-zooJQj6NjkUPcAPUeLWLSrLdH7tsbbJx4dirfn3Es-74i_3f9WrUZoybcQIuCPP5nJGy7IoS8qDLzuGgTY14rStSI/s1600/GM+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDIUL5J0dyyjQccx3um2bFxNA9_FGOSOMaBdqmnLLzePaI559ol-zooJQj6NjkUPcAPUeLWLSrLdH7tsbbJx4dirfn3Es-74i_3f9WrUZoybcQIuCPP5nJGy7IoS8qDLzuGgTY14rStSI/s1600/GM+2.jpg" height="323" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 19.5pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 19.5pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Quatorze trabalhadores ficaram feridos por balas. A
polícia fez várias tentativas, mas depois de seis horas de resistência,
recuaram. Após a vitória, batizada de batalha onde "fizemos a polícia correr",
a empresa queria que o governador usasse a Guarda Nacional (semelhante ao
exército) para expulsar os grevistas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 19.5pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A participação das mulheres nos confrontos era
fundamental, nas palavras de um grevista: "Nas principais batalhas da
greve, as mulheres desempenharam um papel fundamental no sucesso do sindicato...
deixavam tudo nos piquetes, desafiando a General Motors a passar por cima delas”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<b><span style="border: none windowtext 1.0pt; font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: Arial; mso-border-alt: none windowtext 0cm; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; padding: 0cm;">Momento
decisivo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 19.5pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Terminava janeiro de 1937 e a greve estava em um
impasse. Ninguém cedia. Havia que dar um golpe decisivo. Na planta número 4 estava
o coração da fábrica: a fábrica de montagem que, apesar de ter reduzido drasticamente
sua produção, seguia funcionando com os fura-greves.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 19.5pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A ala esquerda do sindicato propôs a ocupação da
planta 4. Foram várias discussões, mas finalmente votou-se e o sindicato discutiu
em uma reunião pública marchar até a planta 9, na qual os espiões comunicaram a
ação à polícia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 19.5pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em 1° de fevereiro milhares de trabalhadores
marcharam até a planta 9 para enfrentar a polícia que os esperava na porta.
Eles entraram e a polícia os seguiu disparando gás lacrimogêneo; os grevistas
responderam com tudo o que tinham em mãos. Do lado de fora acontecia uma
batalha campal, as mulheres da Brigada foram preparadas: levavam paus e quebraram
todos os vidros para sair o gás lacrimogêneo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 19.5pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Enquanto isso, outro grupo de trabalhadores e
mulheres entrava na planta 4. Mal chegaram e se enfrentaram com os pelegos e a segurança.
A Brigada começou a discutir com a polícia: "O que você faria se sua
esposa que estivesse aqui? Não queria que te defendesse?". Piquetes e
barricadas foram formados, se ouviam gritos "Defender o forte",
"Sobre nossos cadáveres."<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 14.25pt; margin-bottom: 19.5pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">No dia seguinte, um juiz ordenou o despejo, as áreas
que eram não controladas pelos trabalhadores, foram controladas pela Guarda
Nacional. As cartas estavam lançadas, o sindicato reuniu todos os reforços
possíveis e começaram a chegar os contingentes de trabalhadores de todo o país.
O momento decisivo se aproximava.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Em
11 de fevereiro de 1937, a empresa concordou com o sindicato e aceitou, pela
primeira vez, o direito à negociação coletiva, reconhecendo o UAW como interlocutor
para negociar salários e condições de trabalho. A partir desse momento a
General Motors deveria contratar apenas os trabalhadores sindicalizados em suas
17 plantas e recontratar todos os grevistas, sem perseguição. O UAW passou de
30 mil a 500 mil afiliados em todo o país. O triunfo dos métodos combativos
contra a General Motors desencadeou uma onda de greves em fábricas, oficinas e
lojas, que deixaram a sua marca própria.<o:p></o:p></span></div>
Pão e Rosas Brasilhttp://www.blogger.com/profile/06904105364100861769noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3860028098796638974.post-31005002906924085352015-01-23T10:14:00.000-08:002015-01-23T10:14:02.394-08:00Há 103 anos da greve por Pão e Rosas<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right;">
<i>por Celeste Murilo</i></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<i><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Uma mancha de tinta se expande na
tela porque penetra profundamente suas fibras. Uma ação decidida muda a suas
protagonistas porque penetra, como a tinta na tela, profundamente as fibras de
suas vidas. Essa é a história das mulheres de Lawrence.</span></i><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixlPEnf-UYdVfBKiF0AsJwyRgr-pYR317fOYgayQ8KZxQOumOyRSLJk1no4wRKu2DwXBSs-ukmMmIMKu55QZRiW3TF-DVx7NgLE2q3oZKPEDwvcDE4X7TuqrjT_eBx31j0mtNGCqUR5rQ/s1600/103++++1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixlPEnf-UYdVfBKiF0AsJwyRgr-pYR317fOYgayQ8KZxQOumOyRSLJk1no4wRKu2DwXBSs-ukmMmIMKu55QZRiW3TF-DVx7NgLE2q3oZKPEDwvcDE4X7TuqrjT_eBx31j0mtNGCqUR5rQ/s1600/103++++1.jpg" height="300" width="400" /></a></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A greve de Lawrence</span></b><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Há 103 atrás, numa cidade chamada
Lawrence, no estado de Massachusetts (EUA), longe das festas de ano novo, as
trabalhadoras têxteis iniciaram uma greve que será conhecida como a greve por
“pão e rosas”. A greve culminaria com a implementação da redução da jornada,
aumento de salários e reconhecimento dos sindicatos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A primeira década do século XX
começou com uma onde de greves nos Estados Unidos, concentradas no ramo têxtil,
a indústria que mais crescia na época. As jornadas intermináveis, os salários
miseráveis e as condições desumanas de trabalho lançaram milhares à greve.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em 1908 as trabalhadoras do vestido
de Chicago fizeram uma ampla campanha pela redução da jornada laboral e pela melhora
das condições de trabalho. No ano seguinte, em 1909, Nova York viu a primeira
ação operária de grande magnitude da história da cidade, liderada pela
“veterana” Clara Lechmil de 23 anos. E 1911 foi o ano da famosa greve têxtil
que terminou em desastre, devido ao incêndio provocado pelos donos da <i>Triangle
Shirtwaist Company.</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Ano novo de 1912<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">No ano novo, longe dos banquetes das
famílias ricas, trabalhadoras e trabalhadores de Lawrence entravam em greve.
Uns dias antes, se havia votado uma nova legislação que reduzia a jornada de
trabalho de 56 para 54 horas por semana para as mulheres e menores de 18 anos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A indústria têxtil empregava mão de
obra imigrante, feminina e infantil. Mais da metade eram mulheres e muitas eram
menores de 18 anos. Uma de suas bandeiras principais era conquistar o pão
(simbolizando os direitos trabalhistas) e as rosas (como símbolo da exigência
de melhores condições de vida).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A enorme maioria das operárias de
Lawrence não estava organizada em sindicatos, já que a AFL (American Federation
of Labor, central sindical oficial) só filiava operários qualificados, isto é,
homens brancos. Portanto, a indústria têxtil estava totalmente desorganizada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Organização e luta, com as mulheres
na frente<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">À frente da greve estava a IWW
(Industrial Workers of the World), que foi uma das primeiras organizações operárias
que ajudou as mulheres a ocuparem postos dirigentes e que lutava por métodos
democráticos nas lutas. Buscou seguir os passos dos Cavaleiros do Trabalho, que
inauguraram a tradição de sindicatos mistos (integrado por trabalhadores
brancos e negros) e a incorporaram as mulheres.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em 10 de janeiro se realizou a
primeira reunião na IWW, onde mil operárias, que acabavam de receber seu cheque
com um salário menor (pela redução de horas), decidiram chamar greve. Horas
depois, tudo estava em marcha. As primeiras a sair foram as operárias polonesas
da Everett Mill, em 11 de janeiro. No dia 12, foram seguidas pelas operárias de <i>American
Wollen Company</i> (uma das maiores empresas). E se estendeu para a
maioria das fábricas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Elegeu-se um comitê de greve com 56
titulares e 56 suplentes, para representar os titulares no caso de serem
presos, algo comum durante as greves. O comitê representava todas as
nacionalidades; nas reuniões se falava 25 idiomas e 45 dialetos, e havia
interpretes de todos eles. Todos os dias se realizavam assembleias ao
final do dia, onde se fazia um balanço e se resolvia os passos a seguir.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">As primeiras medidas votadas foram:
fundo de greve e piquete massivo ao redor das fábricas. Os enfrentamentos com a
polícia e as milícias do governo local eram cada vez mais violentos e se fazia
difícil bloquear a entrada dos fura-greve. Resolveu-se formar uma linha
“infinita” ao redor das oficinas, um piquete que se mantinha 24 horas e se
movia constantemente. Desta maneira era impossível entrar na fábrica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em poucas semanas, os dirigentes são
presos, acusados de incitar a violência e pela morte de uma trabalhadora. A IWW
envia a </span><a href="http://www.laizquierdadiario.com/Elizabeth-Gurley-Flynn-Rebelde-con-causa" target="_blank"><span style="color: windowtext; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">Elizabeth Gurley Flynn</span></a><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">, Joe Hill e Carlo
Tresca, para substituir os dirigentes presos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Novas medidas para aumentar a
participação feminina<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhotEo2GTrIRdtgP9RFPIi15hmfsz8pJrZVVG_w-OE5S83UZDC7oOOnI0cUFydXKmfQugRtA2oB6Bfs8I4gjm0Scmh79CjSNv3TH0QDMBT0JeCB6irKFsw947AvwtETk-DWwKYhzgvzgxM/s1600/103+++++2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhotEo2GTrIRdtgP9RFPIi15hmfsz8pJrZVVG_w-OE5S83UZDC7oOOnI0cUFydXKmfQugRtA2oB6Bfs8I4gjm0Scmh79CjSNv3TH0QDMBT0JeCB6irKFsw947AvwtETk-DWwKYhzgvzgxM/s1600/103+++++2.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O novo comitê de greve instalou restaurantes
e creches comunitários para filhos e filhas das trabalhadoras. As medidas buscavam
facilitar a participação das mulheres. Também realizavam reuniões só de
mulheres, já que também é necessário combater o machismo entre os
trabalhadores, incluindo os ativistas. Uma das impulsionadoras mais entusiastas
desta política foi Elizabeth Gurley Flynn.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A IWW também se dirigia especialmente
às crianças, que suportavam ataques na escola no bairro, a cidade estava
dividida pela greve. Começaram a realizar reuniões infantis no sindicato e numa
escola onde se discutiam o motivo da greve. A medida deu tão certo que foi
usada novamente durante a greve de Paterson, em 1913.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Pela crescente violência se decidiu
enviar as crianças a outras cidades, onde seriam abrigados por famílias
solidárias. No primeiro trem saíram 120 crianças. No momento em que sairia o
segundo trem para Nova York, a polícia desatou uma repressão desmedida na estação.
Este episódio levou a greve às paginas dos jornais nacionais e ao Congresso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT0q5YhWzxdRQ80ehrdf0UEavbMT4riQI3u1ZafC6X_8GZzzqspNwZNJgHr1RcrWhdQkgOko3iKQKKiSbJrxve41KdPOO_aGMwPUvz7WRv6zIoaQRExHYfz1MoqPwLX3hOXAm6XJv4sqA/s1600/103+++++3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT0q5YhWzxdRQ80ehrdf0UEavbMT4riQI3u1ZafC6X_8GZzzqspNwZNJgHr1RcrWhdQkgOko3iKQKKiSbJrxve41KdPOO_aGMwPUvz7WRv6zIoaQRExHYfz1MoqPwLX3hOXAm6XJv4sqA/s1600/103+++++3.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Todos falavam de Lawrence. Os
dirigentes da central sindical oficial tiveram que se pronunciar, porém não
apoiaram a greve: tacharam as trabalhadoras de esquerdistas, anarquistas e
revolucionárias, diziam não ter nenhuma relação com os comitês de greve. Porém
as trabalhadoras de Lawrence contavam com um apoio amplíssimo. Realizavam-se
manifestações de solidariedade em todo o país. As universidades próximas, como
a renomada Harvard, tinham comitês estudantis que colaboravam com a greve e se precisavam
se ausentar das provas, a universidade os davam por aprovados. As
estudantes universitárias mulheres recolhiam dinheiro, difundiam a luta e
viajavam à Lawrence para colaborar diretamente com o comitê de greve.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A grande difusão, a firmeza das
trabalhadoras, e o medo de que a greve se estendesse, fez os empresários ceder:
aceitaram a jornada laboral reduzida e o aumento dos salários. Depois de uma
longa luta, durante quase todo o inverno, em 12 março a greve por “Pão e
Rosas” termina com uma das primeiras vitórias do movimento operário nos Estados
Unidos. Em 30 de março, os filhos e filhas dos trabalhadores voltam para Lawrence.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Sua vitória não se limitou a suas
demandas. Transformou completamente a ideia de como lutar para ganhar. A
história do movimento operário até então associada ao rosto de um homem
valente, sem dúvida, foi superada pela ação das mulheres lutando dias e noites
junto a seus companheiros, greves como a de Lawrence mostram isso claramente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Pão e Rosas Brasilhttp://www.blogger.com/profile/06904105364100861769noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3860028098796638974.post-57265048404026118402015-01-21T01:56:00.002-08:002015-01-21T01:56:34.175-08:00CARTA DE UMA OPERÁRIA DA JBS-FRIBOI<div align="center" class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="color: #222222; font-size: 20.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Carta
sobre a minha demissão<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right;">
<i><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Andreia
Pires<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFdzpq_Xw54wVx5FGScHTKxkcHTkH1b3rpbhpilyhjwdPypqihCEZIgBjlCUf17nGoefBa3d6ttY0Ax4jep6nDf-4PHopbsSnnL5kbR57XlXK2g0-AZmKnhG8CHCh5Iu8LgUGlqmM2dJE/s1600/jbs_friboi.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFdzpq_Xw54wVx5FGScHTKxkcHTkH1b3rpbhpilyhjwdPypqihCEZIgBjlCUf17nGoefBa3d6ttY0Ax4jep6nDf-4PHopbsSnnL5kbR57XlXK2g0-AZmKnhG8CHCh5Iu8LgUGlqmM2dJE/s1600/jbs_friboi.jpg" height="189" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Como muitos devem saber, na última
sexta-feira fui demitida por justa causa, segundo o supervisor porque levei
muitas suspensões. Apesar de ainda estar com a estabilidade da CIPA. A última
suspensão que levei foi na quinta, porque na segunda tinha pedido para sair 1h
mais cedo. O supervisor esperou dois dias (terça e quarta) para “decidir” que
não tinha sido avisado que eu sairia mais cedo e aplicou a suspensão. É claro
que avisei, sabemos que a demissão não foi por causa disso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Todos que me conhecem nessa fábrica
sabem que não fico quieta frente a tanta coisa errada que fazem, seja com o
trabalhador ou com o alimento que produzimos. Essa semana estávamos passando um
abaixo assinado para não cobrarem nossas refeições, quase 200 assinaram e eu
estava ajudando. Por isso é que fui demitida, porque não querem aceitar nem o
mínimo que podemos fazer para nos defender. Eles tiram dentista, encarecem o
convenio, tiram várias coisas de benefícios e quem fala alguma coisa é mandado
sem direitos?!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Fazem 3 anos que trabalho aqui, foram
muitas noites de trabalho pesado junto com a equipe do terceiro turno. Assim
como vários colegas, também tenho buraco de sabão corrosivo na mão, muitas
vezes tive que correr pra torneira com os olhos ardendo, trinquei um dedo em
acidente, arrastamos peso, esfregamos chão, parede, placas pesadas da formax,
damos o sangue toda noite para essa fábrica ficar limpa e agora o que recebo em
troca quando tento me defender?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Durante a minha atuação na CIPA
conseguimos melhorar a situação, com bastante atenção a todos no chão de
fábrica, acompanhando, falando para usar luva, óculos, viseira, não só no meu
turno, mas em todos os turnos. Sempre levei muito a sério meu trabalho na
higienização e como cipeira, isso ninguém pode duvidar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Faço essa carta para denunciar a
todos essa grande injustiça que fizeram comigo. Agradeço aos colegas de todos
os turnos com os quais pude trabalhar, continuarei lutando com unhas e dentes,
seja onde estiver, por melhores condições de trabalho, contra tanta exploração.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
Pão e Rosas Brasilhttp://www.blogger.com/profile/06904105364100861769noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3860028098796638974.post-51124052910419774382015-01-19T05:13:00.000-08:002015-01-19T05:13:34.627-08:00Os encochadores e o machismo de cada dia<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 17px;">Por: Letícia Oliveira</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 17px;"><br /></span>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1Fs7M5w5jVqVR5wH-ggKCLBM0OpDIexfGThrt04MVf4ZrSRkufIDOp41J-yN6OZkhKgwQZOfvt6eJIp3Qgmsf1n_CXZCrQMKzf0g7ycHFuP7i1LYnD2AGuPHBxdqh2one-hWN_Wq09Bk/s1600/arton.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1Fs7M5w5jVqVR5wH-ggKCLBM0OpDIexfGThrt04MVf4ZrSRkufIDOp41J-yN6OZkhKgwQZOfvt6eJIp3Qgmsf1n_CXZCrQMKzf0g7ycHFuP7i1LYnD2AGuPHBxdqh2one-hWN_Wq09Bk/s1600/arton.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 15px; text-align: left;">Após horas e horas de expediente de trabalho, mulheres em todo o país são forçadas pela péssima qualidade do transporte público a pegar ônibus, trens e metros extremamente lotados. FOTO UOL.</span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 17px;"><br /></span>
<br />
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Nos últimos dias recebemos a denúncia de que havia um grupo público do Facebook intitulado "Encochadores" divulgando matérias e histórias repugnantes de casos de assédio sexual nos transportes públicos. Tal grupo defende e propagandeia essa prática livremente pela web sem nenhum tipo de punição ou investigação.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px none; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Os encochadores e o machismo de cada dia</strong></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Após horas e horas de expediente de trabalho, mulheres em todo o país são forçadas pela péssima qualidade do transporte público a pegar ônibus, trens e metros extremamente lotados. A prática de assédio sexual, a qual faz referência esse grupo do Facebook, é um dos maiores medos de cada trabalhadora em nosso país. É certo dizer que quase toda mulher já passou por isso em uma ida ou volta ao trabalho, e que sentiu-se totalmente indefesa para evitar tal abuso. De fato, o que se pode fazer? Em um transporte tão lotado, não há muito para onde fugir, e por vezes diversas mulheres, como me foi testemunhado a partir das denúncias que abrimos no Facebook, desistem de fazer qualquer coisa e torcem para que o abuso da "encochada" acabe o mais rápido possível.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Os "encochadores" relatam livremente a sua repugnância: "meu junior durasso pra fora da cueca... só sei que na plataforma da estação anhangabaú eu já estava cutucando a polpa da bunda esquerda dela bem a vontade esfregando de leve... quando entramos lá dentro me posicionei e já mergulhei meu pau deitando no meio da bunda dela... a que sensação d bem estar maravilhoso... rs... dai eu deixei ele reto e entuxava no meio dela a calça entrou mais ainda... rs... ela quieta o tempo todo até a estação carrão na saida apertei a bunda dela... aaaahhhhhhh... fiquei com essa ecochada até agora no pensamento... rs".</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Independentemente das denúncias realizadas por uma série de mulheres, o Facebook mantém a página ativa, alegando que "não fere os princípios de comunidade do Facebook".</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Ao fazer uma alegação como essa o Facebook nos leva a compreender ainda melhor uma triste realidade: no machismo de cada dia, que perpassa todas as relações, principalmente as de trabalho, abusos como este estão muito longe de ser considerados por qualquer empresa ou grande coorporação como uma violência como de fato é.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
O prazer que estes homens sentem não é nem de longe um desvio social. É apenas uma expressão mais aguda do que a sociedade nos educa todos os dias através das relações de trabalho e da ideologia dominante presente em cada filme, novela, propaganda ou jornais produzidos pelas grandes coorporações de imprensa. Aprendemos em todos esses espaços que a mulher vale muito pouco ou quase nada, recebendo em média 2/3 do salário de um homem, e se for negra, menos da metade do salário de um homem branco.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px none; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Reagir ou não reagir, eis a questão</strong></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
As mulheres vivem todos os dias de sua vida com a ameaça constante de algum tipo de violência moral, sexual ou doméstica. O Brasil lidera os rankings de casos de violência, tendo totalizado no primeiro semestre do ano passado mais de 260 mil denúncias de violência doméstica. No ano passado, o IPEA revelou que a cada 90 minutos uma mulher é assassinada no Brasil vítima de violência doméstica. Em 2013, o Sistema Único de Saúde brasileiro recebeu cerca de 2 mulheres por hora com sinais de violência sexual, totalizando mais de 2300 casos, sem contar as mulheres atendidas no sistema privado e as multidões de mulheres que por vergonha deixam de procurar auxílio médico nesse tipo de situação.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Por essa realidade, não são poucas as mulheres que evitam andar sozinhas durante a noite, usar roupas curtas ou envolver-se com pessoas desconhecidas. Apesar de corretas em sua prevenção, essas medidas dão a entender que o problema da violência sexual é culpa da própria mulher. Que seus hábitos e vestuário são os grandes culpados por aquele trauma, quando na verdade o culpado por toda essa violência que sofremos é um sistema econômico que desenvolve uma ideologia machista totalmente favorável a sua dominação.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Ao convencer o conjunto dos trabalhadores de que as mulheres são inferiores, facilitam a super exploração de metade da humanidade e economizam com serviços que, se não cumpridos pelas mulheres, sairiam bastante caros para esses que precisam de tanto lucro, como são os serviços de lavanderia, cuidado de filhos e idosos, alimentação, etc.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Contra a sua própria responsabilização sobre cada um desses casos de violência, o Estado burguês nos culpabiliza ao passo que cria Globelezas e mulheres submissas em suas novelas e, se durante o dia rouba nosso dinheiro, à noite tenta nos fazer escandalizar nos jornais com os casos de estupro.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Nenhuma mulher deve se envergonhar ao ser assediada nos transportes ou em qualquer outro lugar. A vergonha deve ser carregada por esses homens e pela burguesia que lucra todos os dias com a nossa opressão, inclusive com os transportes cada vez mais lotados que pagam suas festinhas privadas e seus ganhos extras com corrupção.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px none; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">É possível que o transporte seja um lugar agradável?</strong></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Sim! A vontade de todo trabalhador ao sair do trabalho é pegar um metro, um trem ou um ônibus sem estresse. A qualidade de vida de uma realidade dessa é impensável para nós hoje em dia. A única justificativa para que o transporte siga sendo assim é o fato de que é gerido e administrado pelos que não usam o transporte como meio de locomoção e que dele não extraem nada a não ser os lucros exorbitantes.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Durante as recentes jornadas do transporte e as que colocaram o Brasil no cenário da juventude internacional em junho de 2013 já defendíamos que a única saída para que o transporte fosse de fato público, de qualidade e atendesse às necessidades dos trabalhadores era a partir da estatização sob controle dos trabalhadores e usuários.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Nesse espaço, a partir da clareza de que a opressão à mulher não deve ser reproduzida pelos trabalhadores pois a nós de nada serve essa ideologia, é possível que as mulheres trabalhadoras e usuárias do transporte possam pensar medidas efetivas de combate ao assédio sexual nos trens, metros e ônibus. Não houve por parte das administradoras públicas e privadas nenhuma medida efetiva de combate a essa prática a não ser campanhas estéreis e esparsas que jamais passaram pela solidariedade entre as trabalhadoras e as usuárias ou em campanhas de vigilância dos próprios usuários para denunciar e repreender cada caso que presenciassem.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px none; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Os homens são parceiros na luta contra o assédio?</strong></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Neste tipo de discussão é comum que as mulheres passem a encarar todos os homens como seus inimigos na luta contra a opressão. A verdade é que os homens, apesar de parcialmente beneficiados pelo machismo dentro de suas casas e pelo direito que recebem de nos insultar na rua, tocar em nossos corpos ou nos violar, não são os que verdadeiramente ganham com o machismo. Apenas a burguesia - proprietária dos meios de reprodução da vida como as fábricas, os bancos e outros - ganha qualitativamente não apenas com a opressão às mulheres, mas também com o racismo, a homofobia, a transfobia, a xeonofobia e todas as possíveis formas de opressão. Esse é o melhor caminho que ela encontra para dividir e enfraquecer a classe trabalhadora e lucrar mais ao determinar postos de trabalho mais precários para aqueles que não obedecem o padrão "homem, branco, heterossexual".</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Portanto, a melhor luta contra a opressão é aquela que se faz lado a lado, trabalhadores e oprimidos, numa luta unitária contra toda forma de opressão e exploração, negando a divisão das fileiras operárias e abraçando a causa de todos aqueles, trabalhadores ou não, que sofrem cotidianamente da opressão de gênero, raça, etnia ou nacionalidade.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Assim, é possível reconhecer que em cada vagão de metro, trem ou em cada ônibus em todo o mundo as mulheres encontrarão nos trabalhadores e nas outras mulheres solidariedade para interromper o assédio que estiverem sofrendo, e que a tarefa de cada uma dessas mulheres é lutar para que possa, junto aos seus irmãos de classe e oprimidos, determinar o que será feito de cada um desses vagões e ônibus através de um controle operário e popular dos transportes.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px none; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Registros de telas usados para a denúncia de conteúdo feita ao Facebook:</strong></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL7ypUnIAfFFOcwS3k6lAALKzd5_b-MzzySySouBf7t4BgUeMP14Png_B27nFdrnPqRCc_WYZFT19FPW0GjP1BQ8jfaE0P9Jhb1OfecOj2oWgWcRKUzJwC09X1wj55mL_3aEF0Apr8zIk/s1600/Enco+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL7ypUnIAfFFOcwS3k6lAALKzd5_b-MzzySySouBf7t4BgUeMP14Png_B27nFdrnPqRCc_WYZFT19FPW0GjP1BQ8jfaE0P9Jhb1OfecOj2oWgWcRKUzJwC09X1wj55mL_3aEF0Apr8zIk/s1600/Enco+1.jpg" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw66f_1gwZlPvehnGLI6zx5B5XIlD3dMvy1HN9mvddPaodbdE2sFHOeJ19wJrvmNgvVN8YvX7yaYQZiihkkodDFggjcql6GNvVfoCefit_PNKf4y9eSH8EXrUU4kEOlFQvGlqCt1LiPTU/s1600/Enco+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw66f_1gwZlPvehnGLI6zx5B5XIlD3dMvy1HN9mvddPaodbdE2sFHOeJ19wJrvmNgvVN8YvX7yaYQZiihkkodDFggjcql6GNvVfoCefit_PNKf4y9eSH8EXrUU4kEOlFQvGlqCt1LiPTU/s1600/Enco+2.jpg" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI9jh6i5Q3-KpsJiuE-q1VHl5XwnQTYtyoqg8bGSqc8Y8uirSauBumO0pSxFYZ-5aayeS_Ox6I2DeJ5ViShAZqIdhoxy-DLWkLV7FhXcUfCbk6YLAkoQpiSpGLspuXxi7qcJc189Nu_C0/s1600/Enco+3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI9jh6i5Q3-KpsJiuE-q1VHl5XwnQTYtyoqg8bGSqc8Y8uirSauBumO0pSxFYZ-5aayeS_Ox6I2DeJ5ViShAZqIdhoxy-DLWkLV7FhXcUfCbk6YLAkoQpiSpGLspuXxi7qcJc189Nu_C0/s1600/Enco+3.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px none; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Texto original : <a href="http://www.palavraoperaria.org/Os-encochadores-e-o-machismo-de-cada-dia" target="_blank">Palavra Operaria</a></strong></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
XXXXX</div>
Pão e Rosas Brasilhttp://www.blogger.com/profile/06904105364100861769noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3860028098796638974.post-80931527054034195242014-12-17T04:16:00.001-08:002014-12-17T04:20:02.266-08:00Nota da agrupação Pão e Rosas sobre a Carta do EME da USP<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-wQJHAVwxqtLvqC6hz6qWgZlB8DC2RdkM068NKv_SFlunvuqVpIJ9cRKAj8LPq7s7opRZFx_PduDt-eh7OBbGhEfN_9UcERBfyGEf4yadMLGP1aPrjoKzQZrOsJhCol5kjCD15f-XycU/s1600/Carta+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-wQJHAVwxqtLvqC6hz6qWgZlB8DC2RdkM068NKv_SFlunvuqVpIJ9cRKAj8LPq7s7opRZFx_PduDt-eh7OBbGhEfN_9UcERBfyGEf4yadMLGP1aPrjoKzQZrOsJhCol5kjCD15f-XycU/s1600/Carta+1.jpg" height="225" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: Arial, sans-serif;">Nós, do Grupo de Mulheres Pão e Rosas, soltamos essa nota para expressar
nossa posição diante da Carta de Reivindicações redigida a partir do 2o
Encontro de Mulheres Estudantes da USP. A carta será entregue à reitoria nesta
quarta-feira (17), em um ato.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Assinamos criticamente a Carta, já que apresentamos
alguns aportes e divergências em alguns pontos específicos. Reconhecemos a
importância que teve o EME como um espaço de organização das mulheres na luta
contra o machismo e a violência tão presentes na sociedade e que se reproduzem
dentro da universidade. Temos acordo com vários pontos reivindicados pela
carta, contudo temos algumas ressalvas.</span><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Acreditamos que a USP têm se tornado um lugar onde a violência tem
tido muito espaço. Tendo a noção que a universidade tem se mostrado, ao longo
dos anos, cada vez mais fechada à população de fora (que é a população negra,
pobre e trabalhadora que financia a universidade), defendemos uma abertura do
campus que permita que todas e todos frequentem a USP e façam uso do seu
espaço, tornando-o menos deserto, mais movimentado e, portanto, menos perigoso.</span><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">A questão
do aumento da frota dos circulares, que aparece como uma reivindicação da Carta
torna-se fundamental diante de um cenário onde esperar um ônibus sozinha, num
ponto escuro, pode resultar num assalto, sequestro ou estupro. Porém, não
podemos nos esquecer de que o busp atualmente só atende a uma parcela daquelas
que frequentam a universidade: as estudantes, professoras e trabalhadoras
efetivas, deixando de lado as trabalhadoras terceirizadas. Estas, que em sua
maioria vivem na favela ao lado da USP, a São Remo, muitas vezes fazem o
trajeto a pé até seus postos de trabalho no início da manhã, quando a USP se
mostra desértica e, assim, bastante perigosa. Defendemos, portanto, que haja
maior frota de circulares, mas que esses circulares atendam também às
trabalhadoras terceirizadas. Pela efetivação de todas as terceirizadas sem
necessidade de concurso público Queremos de volta os circulares cinzas
que não cobravam tarifa, sendo sua retirada um ataque a toda a população que
não tem vinculo com a USP, mas que precisa andar pela universidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Vemos a importância da criação de um Centro de
Referência, mas discordamos do caráter que o Encontro acabou por definir. Como
escrito na Carta o Centro teria "envolvimento da comunidade
universitária". Acreditamos que com essa formulação, a reivindicação deixa
o centro nas mãos da reitoria, com as mulheres apenas como coadjuvantes de um
processo no qual acreditamos que elas deviam ser linha de frente. As mulheres é
quem deviam comandar esse Centro, que seria reconhecido pela Reitoria, e não o
contrário. Isso porque deixar nas mãos da reitoria é iludir-se e pensar que ela
levará até o final, de maneira consequente as nossas reivindicações, quando na
verdade o que tem se provado é o contrário: Zago e os diretores em discussões
sobre os recentes casos da medicina humilharam as mulheres que bravamente se
colocaram, escancarado uma reitoria machista, que também é racista e
homofóbica. Mesmo porque, vale lembrar que a SAS já possui um setor que
seria responsável por ver casos de violência, mas desde 2009 só registrou dois
casos no campus. Isso revela a falta de comprometimento da universidade com os
casos de machismo que nos ocorrem cotidianamente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">O ponto que diz respeito a responsabilizar a
reitoria por uma campanha contra a violência nos parece correto, porém é
preciso fazer a ressalva do caráter dessa campanha. Acreditamos que, novamente,
não devemos deixar nas mãos da reitoria decidir se e como será a campanha. Em
última instância eles podem decidir coisas esdrúxulas, como veicular que
"mulheres não devem andar sozinhas com mulheres" ou que
"mulheres não devem usar roupas curtas", como já ocorreu em campanhas
na UNESP. Por isso defendemos que todos os três setores que compõem a
universidade, estudantes, funcionários e professores juntamente com os
sindicatos, entidades estudantis e todo o movimento determinemos o conteúdo da
campanha e que aí sim a reitoria se responsabilize em divulgar e nos fornecer a
verba necessária. Que as mulheres sejam linha de frente numa campanha
ampla contra a violência e que o movimento estudantil de conjunto tome como
pauta as nossas reivindicações. É preciso ainda exigir que centros acadêmicos
de nossos cursos criem uma secretaria de mulheres que, atrelados aos coletivos
feministas de cada curso possam organizar-se e apurar casos de machismo não
apenas em festas como também em aulas, assembleias e pelos corredores
das faculdades.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Por fim, abordamos a questão da reivindicação da
guarda feminina. Somos contra o aumento da frota feminina, pois acreditamos que
isso cria apenas a ilusão de que com mulheres na segurança o problema da
violência será sanado. Conhecemos o que a polícia brasileira faz nas favelas:
muitas vezes temos policiais negros matando pobres e negros. Sabemos que a
polícia é um aparato do Estado, que cumpre uma função e pouco importa se o
policial será negro, mulher ou mesmo lgbt, enquanto estiver na estrutura
policial irá cumprir as ordens do Estado. E nesse momento o papel que a guarda
universitária vem cumprindo é semelhante ao da polícia, sendo responsável por
vigiar quem faz parte do movimento e reprimindo diretamente as mobilizações.
Foi a chefe de segurança Ana Lucia Pastori quem coordenou juntamente com a
policia militar, a retirada dos piquetes e a repressão policial aos
trabalhadores durante a greve. A guarda universitária atualmente está a serviço
das ordens do reitor e não é colocando mulheres dentro desse aparato que
conseguiremos sanar o problema da violência. Tampouco isolando a USP do resto
da sociedade. É preciso abrir o campus, para que toda a população frequente a
universidade!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Chamamos todos os estudantes, professores e
funcionários juntamente com o apoio dos centros acadêmicos, DCE, SINTUSP e
ADUSP a se mobilizarem numa grande campanha contra a violência dentro do
campus. Tomando como exemplo os trabalhadores da USP, que se posicionaram
contra os estupros ocorridos na Faculdade de Medicina. Somente a aliança entre
os trabalhadores e estudantes é que pode dar uma resposta efetiva aos casos de
violência dentro da universidade.<span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhj1fy0zH_ToH4YCq5VBTccQk8qOmDnYMXq8ruUJePMGvytXkwgVXOe_aa7xbe5NtBWNrM0nGbbe1GTQsCwgSdH0BsqxYd1Fmjk6_1FxW7co7Aa3Jk8xLjJqM-EWenve7hTD5pviFuqLpo/s1600/carta+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhj1fy0zH_ToH4YCq5VBTccQk8qOmDnYMXq8ruUJePMGvytXkwgVXOe_aa7xbe5NtBWNrM0nGbbe1GTQsCwgSdH0BsqxYd1Fmjk6_1FxW7co7Aa3Jk8xLjJqM-EWenve7hTD5pviFuqLpo/s1600/carta+2.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">XXXXX</span></div>
Pão e Rosas Brasilhttp://www.blogger.com/profile/06904105364100861769noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3860028098796638974.post-66723843031116102522014-12-17T03:54:00.000-08:002014-12-17T03:54:16.025-08:00Diana Assunção: “Avança a organização das mulheres trabalhadoras da USP”<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuQnjbNaPQe7kFGTmYlCFiR4R6lHPcrOV7CWnah33jUjlQx0FUgQNm8Eh-84aW9K00YN7v3hP8Q10QBPBWSchjZdgf1fjJPYj10vIDza3lL-SzwkghqH9z_QuSIBhzZbpPGqHwkxrQoj8/s1600/mesa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuQnjbNaPQe7kFGTmYlCFiR4R6lHPcrOV7CWnah33jUjlQx0FUgQNm8Eh-84aW9K00YN7v3hP8Q10QBPBWSchjZdgf1fjJPYj10vIDza3lL-SzwkghqH9z_QuSIBhzZbpPGqHwkxrQoj8/s1600/mesa.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nesta semana se realizou o V Encontro das Mulheres Trabalhadoras da USP, que reuniu muitas das trabalhadoras que foram linha de frente da vitoriosa greve de 118 dias. Na mesa estiveram Maíra Rodrigues, da APEOESP Santo André e Silvia Ferraro, do Movimento Mulheres em Luta. Sobre o Encontro, Diana Assunção, diretora do Sintusp e responsável pela Secretaria de Mulheres declarou que “O Encontro foi um forte avanço da organização das mulheres trabalhadoras da USP. Depois de uma greve de 118 dias foi muito mais claro para o conjunto das trabalhadoras presentes que a luta contra a opressão as mulheres não está descolada da luta contra a exploração capitalista, pelo contrário, opressão e exploração se combinam para favorecer os capitalistas.”</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRXYBAoQRvxJ0EsqgKpe1-xTJXv_kAMlWmm8TpzW006J_nfOYkASSQdwhD4ku1zQam9GHaB5Qc4cIOQjKBq2o6CpKKAY7Woddq3B1t3UtS4MDMWa0w54_mFAVeeNboWqa-l3BiOq9NDAM/s1600/Interven%C3%A7%C3%A3o+2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRXYBAoQRvxJ0EsqgKpe1-xTJXv_kAMlWmm8TpzW006J_nfOYkASSQdwhD4ku1zQam9GHaB5Qc4cIOQjKBq2o6CpKKAY7Woddq3B1t3UtS4MDMWa0w54_mFAVeeNboWqa-l3BiOq9NDAM/s1600/Interven%C3%A7%C3%A3o+2.jpg" height="240" width="320" /></a></span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1aa3vYXAt5iylEp13fXzlWqYy0D0cH-0HReECDsZwuqvlhzCWKo9-jieDezpfB49jcNGxpluE-qThATLcuCebhL_mn30n_jl0GFSrM7PjKGdpeknNwmD0V22g9AwP4ne5CcpApl3B15U/s1600/Interven%C3%A7%C3%A3o+3.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1aa3vYXAt5iylEp13fXzlWqYy0D0cH-0HReECDsZwuqvlhzCWKo9-jieDezpfB49jcNGxpluE-qThATLcuCebhL_mn30n_jl0GFSrM7PjKGdpeknNwmD0V22g9AwP4ne5CcpApl3B15U/s1600/Interven%C3%A7%C3%A3o+3.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tratando de temas muito sentidos pelas mulheres, o Encontro votou uma série de resoluções, dos quais Diana ressalta que “Votamos uma pauta de reivindicações das mulheres trabalhadoras da USP onde exigimos que nenhuma mulher seja morta por aborto clandestino, como foi o caso de Jandira e Elisangela, e também repudiamos a morte de Cláudia, vítima da mais brutal violência policial. Para além das questões mais gerais, colocamos como centro a luta contra a desvinculação dos Hospitais Universitários e do Centro de Saúde, bem como queremos continuar com força na campanha pela contratação de enfermeiras para atender as mais de 1000 mulheres na fila do papanicolau”. Ainda sobre a pauta de reivindicações, Diana agregou que “Temas como mais creches, licença maternidade, contratação imediata de funcionários e vários outros foram tratados no Encontro, fortalecendo a luta das trabalhadoras. Também definimos que no próximo ano deveremos organizar um Seminário de Formação Política para o conjunto da categoria avançando também junto com todos os trabalhadores”.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3HGyzVuF8nZOMzj755ZkIuUcMEVOGXtrybX0z9ObOBg7Htsx2Qkv_kHf9wlxH-W37iB9daHFe730QFgKX2B8iRQvuqexrjGi7gm0AEDnvGDpEKhSXLCir0uX3n1aGdDFuLgbHp5gwhuU/s1600/Interven%C3%A7%C3%A3o+4.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3HGyzVuF8nZOMzj755ZkIuUcMEVOGXtrybX0z9ObOBg7Htsx2Qkv_kHf9wlxH-W37iB9daHFe730QFgKX2B8iRQvuqexrjGi7gm0AEDnvGDpEKhSXLCir0uX3n1aGdDFuLgbHp5gwhuU/s1600/Interven%C3%A7%C3%A3o+4.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHeXPYjmZsdErb-zL6JflY2e5-3F29Na1p8SubMyTuxkHjMcyl4jFW-quWxsnQwVrD2Z11bkwd5nIDVoTXnNsbY8gY4hJG92vSa_4dKEayPOx2W32FoQlta903ody2o7_H6uC_FpxP83I/s1600/Interven%C3%A7%C3%A3o+8.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHeXPYjmZsdErb-zL6JflY2e5-3F29Na1p8SubMyTuxkHjMcyl4jFW-quWxsnQwVrD2Z11bkwd5nIDVoTXnNsbY8gY4hJG92vSa_4dKEayPOx2W32FoQlta903ody2o7_H6uC_FpxP83I/s1600/Interven%C3%A7%C3%A3o+8.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnwaDML0NjLvqzDRVpgS22TewO0oplDHlGP0GdHNN0ny5NSgXZwYwVal-zeeu_CgtZfNDHzc8ghRpqbFaUo5bZKdzcPEt3h82HW3r3awhb-o6bNHIiP889MtwbVJmFTv4bQXJRjhaPAFs/s1600/Interven%C3%A7%C3%A3o+6.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnwaDML0NjLvqzDRVpgS22TewO0oplDHlGP0GdHNN0ny5NSgXZwYwVal-zeeu_CgtZfNDHzc8ghRpqbFaUo5bZKdzcPEt3h82HW3r3awhb-o6bNHIiP889MtwbVJmFTv4bQXJRjhaPAFs/s1600/Interven%C3%A7%C3%A3o+6.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sobre os escândalos na Faculdade de Medicina, Diana declarou que “O Encontro também foi espaço de debate sobre esses casos, reafirmando repúdio à Faculdade de Medicina que junto com o Reitor Zago continuam acobertando os estupros. Queremos a punição de todos os culpados e fim imediato dos estupros dentro da USP. Também estamos exigindo que a Reitoria e todos os órgãos cabíveis divulguem o número de denúncias de estupros dentro da USP, pois não divulgar estes números é parte do acobertamento dos casos, não querem mostrar a verdade. Nós consideramos que os trabalhadores tiveram uma ação exemplar com as fotos de apoio às vítimas e que devemos aprofundar a nossa auto-organização para poder avançar na luta contra a violência às mulheres”.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifq06SzB_7PFJS1Soi5R0pckgderjLJuXvWWMbnWUQ2ntF1oP1XwSdV5RzTsNzVirVw7j2jotCuPUQNKbiurN1ezOucIMQgfPd_nfKgY50hBY82kOC9K-XLq4QB-S7DtrUTAl7gFkF0GQ/s1600/Interven%C3%A7%C3%A3o+5.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifq06SzB_7PFJS1Soi5R0pckgderjLJuXvWWMbnWUQ2ntF1oP1XwSdV5RzTsNzVirVw7j2jotCuPUQNKbiurN1ezOucIMQgfPd_nfKgY50hBY82kOC9K-XLq4QB-S7DtrUTAl7gFkF0GQ/s1600/Interven%C3%A7%C3%A3o+5.jpg" height="240" width="320" /></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpBTpLbl2sCIyDVkX8Xhft9tQn03cNU_bHP31ENysbetmsU6bMIqzrnTbrokGrcHexDcwZ9QGT9SeXPD-ovpDqgAqxhE2PWNbb3A5X6sx3Wi4yzkFa_mwbaDnxJb9ZBjbxcFdv3zDjvTQ/s1600/Interven%C3%A7%C3%A3o+7.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpBTpLbl2sCIyDVkX8Xhft9tQn03cNU_bHP31ENysbetmsU6bMIqzrnTbrokGrcHexDcwZ9QGT9SeXPD-ovpDqgAqxhE2PWNbb3A5X6sx3Wi4yzkFa_mwbaDnxJb9ZBjbxcFdv3zDjvTQ/s1600/Interven%C3%A7%C3%A3o+7.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglxiSiY3xjf8UGYH3qKxiITTYk6HkxjklYnUvvfQgETErCkIzh_E-e1IAtA9eL2KHSdhRXw8fDTmtep6gXwbl1tdY7D-3o_Dqeuo4ndYEM3yFCp42Bj0z6cXP-RCY_6cW4FJ2CChO_M2k/s1600/interven%C3%A7%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglxiSiY3xjf8UGYH3qKxiITTYk6HkxjklYnUvvfQgETErCkIzh_E-e1IAtA9eL2KHSdhRXw8fDTmtep6gXwbl1tdY7D-3o_Dqeuo4ndYEM3yFCp42Bj0z6cXP-RCY_6cW4FJ2CChO_M2k/s1600/interven%C3%A7%C3%A3o.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Diana também colocou que votou-se moção de apoio à luta das trabalhadoras e trabalhadores da empresa terceirizada Construir, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro, e que ao final do Encontro as trabalhadoras tiraram fotos de apoio ao levante negro nos Estados Unidos, com a frase “Eu não consigo respirar”, além de uma homenagem aos 43 estudantes mexicanos. “Acredito que demos passos importantes na organização das mulheres trabalhadoras, fruto do impulso de nossa greve, o que somente contribui pra avançar a luta do conjunto dos trabalhadores. Um Sindicato combativo e classista deve levar adiante com toda a força a luta dos setores oprimidos, levantando-se como verdadeiros tribunos do povo contra toda forma de violência e horror que vivemos nesta sociedade capitalista”.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8HdVMzkNKOumjWzXR080a0_VXiqOvG-tc7pm3FdNhC5oqhQfAS5QX4SgCcHyJI3yXOOA-icpopUp3fu2u0BaELO7fk8EVS6cnp6sP1VSyKS0eu7846hF5_ubvjXIsEsxz5Te-6MzO-0M/s1600/43.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8HdVMzkNKOumjWzXR080a0_VXiqOvG-tc7pm3FdNhC5oqhQfAS5QX4SgCcHyJI3yXOOA-icpopUp3fu2u0BaELO7fk8EVS6cnp6sP1VSyKS0eu7846hF5_ubvjXIsEsxz5Te-6MzO-0M/s1600/43.jpg" height="480" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgs48tpKXJf-rI5qY1xQzlwZyxkOoJ6hSROuWkwPO4kpVl8uHfpQ4MBtoRQe4_LMPzmbUfmO_v0eYhDZvBTU8Hrd8SoDIu4kvwfoVxLjSYhXmHRIpgPwkCwE3bmEadxdT9-eJgUmH1yfjY/s1600/Ferguson.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgs48tpKXJf-rI5qY1xQzlwZyxkOoJ6hSROuWkwPO4kpVl8uHfpQ4MBtoRQe4_LMPzmbUfmO_v0eYhDZvBTU8Hrd8SoDIu4kvwfoVxLjSYhXmHRIpgPwkCwE3bmEadxdT9-eJgUmH1yfjY/s1600/Ferguson.jpg" height="480" width="640" /></a></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: left; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Original: <a href="http://www.palavraoperaria.org/Diana-Assuncao-Avanca-a-organizacao-das-mulheres-trabalhadoras-da-USP" target="_blank">Palavra Operaria</a></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">XXXXX</span></div>
Pão e Rosas Brasilhttp://www.blogger.com/profile/06904105364100861769noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3860028098796638974.post-45667100091020950462014-12-16T03:55:00.000-08:002014-12-16T03:55:50.346-08:00Os concursos de beleza e os padrões de beleza que a sociedade capitalista impõe as mulheres<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 17px;">Por: Odete Cristina</span><br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvmBHZqcLa-3sClkForqRCEiyBSQUfAZi7YltITahMaQ5alYQTpGABSJFZcOU9X3YmQefKkX8RzmHfcUMynql10iq96HoJGHraccWYbD9PlAQhvblogzvXAODCQSE_f7yRvBi860qY0F0/s1600/Miss.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvmBHZqcLa-3sClkForqRCEiyBSQUfAZi7YltITahMaQ5alYQTpGABSJFZcOU9X3YmQefKkX8RzmHfcUMynql10iq96HoJGHraccWYbD9PlAQhvblogzvXAODCQSE_f7yRvBi860qY0F0/s1600/Miss.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 15px; text-align: left;">Mulheres lindas, altas, com cabelos perfeitos, corpo esbelto e curvilíneo, rosto encantador, vestidas em longos vestidos de gala. O imaginário dos concursos de belezas está muito presente na vida das mulheres em nossa sociedade.<br /><br /></span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Mulheres lindas, altas, com cabelos perfeitos, corpo esbelto e curvilíneo, rosto encantador, vestidas em longos vestidos de gala. O imaginário dos concursos de beleza está muito presente na vida das mulheres em nossa sociedade.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Mas essa é uma realidade distante da grande maioria das mulheres, que apenas acompanham esses concursos pela televisão ou pela internet. Pois, suas vidas são quase sempre tomadas pela jornada extenuante de trabalho, pelo cuidado com a casa, com os filhos e com os maridos ou, quando jovens, pelos estudos e a vida de “adolescente comum”. Todo o glamour e elegância dos concursos de beleza passam muito longe da realidade cotidiana da maioria das mulheres dentro desse sistema capitalista.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Recentemente uma sul-africana, Rolene Strauss, foi eleita Miss Mundo. Rolene é alta, magra, com longos cabelos lisos e olhos verdes, dona de um perfil físico muito diferente de suas conterrâneas, em sua grande maioria negras, com cabelos crespos e olhos escuros, exploradas e oprimidas por anos de segregação racial e pelo racismo ainda muito forte na África do Sul. O tipo físico da Miss Mundo 2014 está muito mais próximo de todas as suas adversárias do concurso, mesmo sendo mulheres de vários lugares do mundo, do que da maioria das mulheres sul africanas.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Isso se dá porque esses concursos de beleza não representam as mulheres de todos os países do mundo, mas sim, todas aquelas que reproduzem o tipo físico ideal imposto pela sociedade. Todas as integrantes desses concursos, apesar dos diferentes países, seguem o mesmo padrão: são altas, magras, corpo perfeito, sempre lindas e elegantes. Esses concursos elegem aquela que atende o padrão de beleza mais adequado dentro dos padrões impostos por uma sociedade machista, que enxerga a mulher como um produto.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Além propagandearem a mulher mais bela de todas, reafirmando dessa forma a lógica de competição entre as mulheres, esses concursos servem com artifícios para que a poderosa indústria da beleza venda seus produtos. Ao estabelecerem um padrão de beleza, tão diverso da realidade da maioria das mulheres, eles abrem caminho para que esse padrão seja almejado e para isso oferecem o seu produto como meio de alcançar essa beleza.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Tudo isso faz com que todos os anos milhares de mulheres sofram com transtornos alimentares e psicológicos, derivados da preocupação com o peso ideal, alimenta a indústria das cirurgias plásticas e a venda de produtos de beleza, que supostamente são a solução dos problemas das mulheres. Esses concursos afetam a subjetividade das mulheres de uma forma tão intensa e sutil que muitas vezes não nos damos conta. Mas estamos sempre querendo chegar ao peso ideal, insatisfeita com nossos corpos, com nosso cabelo, tudo porque não estamos dentro dos padrões estabelecidos pela sociedade.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Milhares de mulheres entram em depressão ou desenvolvem outras doenças porque não correspondem ao perfil de mulher bonita que o capitalismo impõem. Para além disso, milhares de mulheres sofrem com a inferiorização da sociedade e delas próprias diante de sua aparência física, isso atrapalha não só subjetivamente, mas também nas relações pessoais, sendo muitas vezes um empecilho para que elas se relacionem com outras pessoas.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Os concursos de beleza são um meio de perpetuar um padrão de beleza universal da mulher. O capitalismo impõem um tipo ideal de beleza afetando, dessa forma, a subjetivamente da maioria das mulheres que claramente não fazem parte desse padrão e vendendo assim os seus produtos. Mas faz isso de forma sutil e com tantos requintes de elegância e glamour que na maioria das vezes essas mesmas mulheres são o público que assiste fervorosamente esses concursos, na esperança de que um dia possam chegar a esse padrão de beleza ideal.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Original: <a href="http://palavraoperaria.org/Os-concursos-de-beleza-e-os-padroes-de-beleza-que-a-sociedade-capitalista-impoe-as-mulheres?var_mode=calcul" target="_blank">Palavra Operaria</a></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
XXXXX</div>
Pão e Rosas Brasilhttp://www.blogger.com/profile/06904105364100861769noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3860028098796638974.post-83847683911977180792014-12-11T08:40:00.000-08:002014-12-11T08:40:40.207-08:00Bolsonaro deveria esta preso por incitar a violência contra as mulheres<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 17px;">Por: Odete Cristina</span><br />
<br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 17px;"><br /></span>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis-0vVQyCtgdG_S5sJ2_p8SkNw-N3ZJXmTIky_e058exnKGBZqZu-B42l3PfkK_9h_WMQUHD0nyxHGhMgQT4obS4BfNfaop3q5S5JyYztg_q7FenVOtdfsUuFDmgFRBWmifJTlBOa8_gI/s1600/Bolso.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEis-0vVQyCtgdG_S5sJ2_p8SkNw-N3ZJXmTIky_e058exnKGBZqZu-B42l3PfkK_9h_WMQUHD0nyxHGhMgQT4obS4BfNfaop3q5S5JyYztg_q7FenVOtdfsUuFDmgFRBWmifJTlBOa8_gI/s1600/Bolso.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 15px; text-align: left;">Bolsonaro já deveria estar preso por ser defensor dos crimes da ditadura, inclusive crimes que usavam o estupro como métodos de tortura.</span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 17px;"><br /></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 17px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Bolsonaro já deveria estar preso por ser defensor dos crimes da ditadura, inclusive crimes que usavam o estupro como métodos de tortura. Assim como os torturadores e cúmplices da ditadura militar, que o deputado tanto reivindica em seus discursos com a certeza de que não haverá punição, agora Bolsonaro fez o absurdo de afirmou que não estupraria a deputada Maria do Rosário por que ela "não merecia".</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
O estupro é uma das mais perversas formas de violência às mulheres que se perpetua dentro dessa sociedade. A visão predominante que enxerga a mulher como uma propriedade do homem e o machismo aliado à exploração capitalista só são reforçados por discursos como esse, incitando a prática de estupros, porque possuem a certeza da impunidade.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Bolsonaro é parte dos que apoiam a violência das mulheres também quando apoia leis como o Estatuto do Nascituro, que "obriga" as mulheres que foram estupradas a levarem adiante uma gravidez que foi fruto de uma violência; e faz o Estado financiar uma "bolsa estupro" caso o genitor não se responsabilizar pelo filho. Isso é mais uma demonstração de seu reacionarismo e violência contra as mulheres.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Incitar a violência é crime, e Bolsonaro já deveria ter sido preso pelas inúmeras declarações racistas, homofóbicas e de incitação da violência que já cometeu. Se isso ainda não ocorreu, é porque ele é protegido por ser do PP, um partido da base aliada do governo, e porque o PT quer preservar o pacto de impunidade que impede que seja feita justiça contra os torturadores e assassinos da ditadura. Nada será feito no sentido de efetivamente combater esses discursos e os milhares de casos de estupros que acontecem em nosso país, alentados pelo mesmo. É necessária uma punição efetiva a todos aqueles que incitam a violência contra as mulheres e defendem os crimes da ditadura militar, como o deputado Jair Bolsonaro.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Seguindo o exemplo dos trabalhadores da USP, com campanhas contra os casos de estupro da Faculdade de Medicina e dos metroviários que se posicionaram contra a agressão a um casal homossexual dentro do metrô, precisamos levantar uma forte campanha pela punição efetiva de todos os crimes da ditadura militar e contra todos os discursos de ódio levantados por esses setores reacionários.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
A aliança entre a classe operária e todos os setores oprimidos e explorados por esse sistema capitalista é a única que pode dar uma solução efetiva para essa berrante realidade do sistema capitalista.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Original: <a href="http://www.palavraoperaria.org/Bolsonaro-deveria-esta-preso-por-incitar-a-violencia-contra-as-mulheres" target="_blank">Palavra Operaria</a></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
XXXXX</div>
Pão e Rosas Brasilhttp://www.blogger.com/profile/06904105364100861769noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3860028098796638974.post-79916175908257004582014-12-10T10:14:00.000-08:002014-12-10T10:14:09.877-08:00"Aborto no Brasil: leis e dados" é tema de trabalho acadêmico na Newton Paiva<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>No mês de novembro o grupo de mulheres Pão e Rosas foi entrevistado por um grupo de
estudantes de Psicologia da Universidade Newton Paiva, de Belo Horizonte, para
um trabalho com o tema "Aborto no Brasil: lei e dados", como parte da disciplina
Psicologia e Sociedade, que trata de temas contemporâneos e polêmicos, ministrada
pelo prof. Alessandro Santos. Após essa importante iniciativa, buscamos também entrevistar
as estudantes do grupo e abaixo reproduzimos trechos dessa entrevista que
fizemos com as estudantes Dominique, Luiza, Marcela e Paloma, além do prof.
Alessandro, e o vídeo resultado do trabalho feito pelo grupo.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Pão e Rosas: Por que vocês escolheram o tema do direito ao aborto?</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Dominique:</b> Quando a gente estudou o direito da mulher com o Prof.
Alessandro, nosso orientador, ficou muito visível o quanto a mulher é invisível
na sociedade, como não é colocada como sujeito, as leis que giram em torno do
direito da mulher não tem visibilidade nenhuma, [o aborto] não é pautado de
forma nenhuma. Quando foram lançados os temas que são socialmente polêmicos, o
que mais encaixou para nós, frente aos direitos das mulheres, foi o do aborto.
Queríamos saber por que não se problematizava, por que não se fala nisso e as
leis no Brasil só retrocedem em relação aos direitos da mulher. E por ser
mulher, por querer discutir o tema, saber quem é a mulher que aborta, quantas
mulheres abortam, se elas estão morrendo ou não, o que isso causa na vida de
uma mulher, querer saber aqui no Brasil o que devemos discutir sobre isso. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Luiza:</b> É um tema que é pouco falado até na nossa área acadêmica. E
até para nós mesmas, antes de fazer esse trabalho não tínhamos essas
informações, descobrimos coisas que nem imaginávamos e pudemos passar para os
colegas. O aborto é uma realidade e nós, como futuras psicólogas, precisamos
estar dentro desse assunto, pois vamos tratar mulheres que abortam e precisamos
saber tudo que envolve isso.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>D:</b> (...) Vimos o choque delas [as meninas da sala] e nosso também,
com os dados, e de ver que países vizinhos descriminalizaram o aborto e isso
foi totalmente contra o senso comum que se tem no Brasil, pois houve diminuição
dos casos de aborto e das mortes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>PeR: Vocês fizeram várias pesquisas sobre como o direito ao aborto é
encarado no Brasil e no mundo. O que mais chamou atenção de vocês?<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Marcela:</b> O que mais me chamou atenção é o perfil da mulher que mais
aborta, que são mulheres casadas, que já possuem um filho e tem estrutura e
condição financeira para criar um filho, frequentam instituições religiosas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>L:</b> Um dado que alarmou a gente foi a quantidade de mulheres que
praticam o aborto, porque pensamos que é algo bem distante, mas não é. A
quantidade é enorme e a gente não imagina os “contras” que acontecem, como as
mortes. Não á algo que colocam pra gente, só colocam que a mulher que aborta é
criminosa, mas não falam que a quinta causa de morte materna no Brasil é o
aborto. Vi uma reportagem da Fiocruz que fala em quase 3 milhões de abortos em
2005. É assustador, é alarmante, ninguém tem conhecimento e é algo tão comum,
que ocorre com pessoas próximas a gente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>D:</b> O que mais me alarmou foi saber que as mulheres estão morrendo.
É a mulher pobre e negra que morre no Brasil. Além das outras complicações que
trazem o aborto clandestino, elas ficam com a possibilidade de não ter filhos.
Porque não é a mulher que nunca vai querer ter filho que aborta, uma grande
parte já tem filhos, ou querem ter depois e saber que isso leva mulheres à
morte, ver que é um problema de saúde pública mesmo, é o mais alarmante. A
mídia coloca de maneira sensacionalista, pouco problematiza e culpabiliza
demais a mulher, não coloca para a grande massa que as mulheres morrem,
adoecem, ficam com consequências psicológicas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>PeR: Qual foi a receptividade do trabalho, ao longo das pesquisas,
entrevistas, e qual retorno vocês tiveram, após a apresentação?<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>M:</b> A gente viu muito interesse das pessoas, porque quase ninguém
sabe o que acontece. Tem um primeiro pré-julgamento, mas como era uma bancada e
a gente estudou para isso, as pessoas chegaram perguntando como funcionava, o
que pensávamos sobre isso. Se fosse uma conversa em outro ambiente, tenho
certeza que a resposta dessas pessoas seria de julgamento, falar que tem que
ser proibido mesmo. Como estávamos preparadas, conseguimos mostrar o outro
lado, o que acontece de verdade, os fatos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>D:</b> Ao expor os dados, eu expus que foi impossível pra gente ficar
neutras frente ao tema da legalização. (...) Coloquei que éramos a favor da
legalização do aborto no Brasil, para todas, em todos os casos. (...) Foram
reações adversas, pessoas que se emocionaram, outras se afastaram, perguntando
se somos a favor ou não. É a maior questão que fica, se somos a favor ou não. É
o que a doutrina religiosa coloca, que se é favor do aborto é contra a vida, e
é isso que as pessoas querem saber. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>PeR: O que mudou na visão de vocês, após esse trabalho, a respeito da
luta pela legalização do aborto?<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>L:</b> Vou ser bem sincera, antes de fazer esse trabalho eu era contra
a legalização. (...) Depois que fizemos o trabalho, fiquei muito impressionada
com os casos, vi que é um problema de saúde pública, e o que causa nas mulheres
essa clandestinidade. Isso me assustou muito, são muitas mulheres que morrem. Hoje sou a favor da legalização do aborto, e
com a implementação de educação sexual, como a Flávia colocou na entrevista que
deu pra gente. (...) Hoje eu penso que é um problema de saúde pública, e nada
mais justo do que ter uma assistência para quem quer fazer o procedimento, que
tenha acompanhamento psicológico, como no Uruguai, e que as mulheres tomem suas
decisões em cima do que querem, o que querem para sua vida e seu corpo. Mas que
parem de morrer por causa disso! E que seja implementada a educação sexual, não
só por causa do aborto, mas deve ser discutida na vida das pessoas, desde
sempre.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>D:</b> O que mudou para mim é a questão da problematização do aborto. A
gente precisa problematizar isso, colocar as questões atreladas ao aborto, as
leis, políticas públicas, educação sexual nas escolas, desde o início da vida.
A problematização vai trazer isso, e não só a legalização, não é só legalizar o
aborto e deixar ver como fica. (....) Acho que falando mais sobre isso, na
mídia, nas redes sociais, meios de comunicação, em casa, quanto mais
problematizar, mais opções teremos para sair dessa situação que estamos. São
850mil abortos por ano, as mulheres estão morrendo, a sociedade precisa saber
desses números e dessas mortes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>PeR: Como vocês chegaram até o Pão e Rosas?<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>D:</b> No início do trabalho, eu pensei em conversar com alguma
organização de mulheres, que estão mais “afiadas” no tema, algum grupo
acessível, mais próximo, para nos orientar. O Prof Alessandro, sem nem
pestanejar, falou do Pão e Rosas. Entramos em contato, e foi muito legal conhecer
uma organização que não sabíamos que existia, o que era o Pão e Rosas, saber
que tem núcleos ao redor do mundo e que tem um na UFMG, aqui tão próximo da
gente. Muito bom saber que vocês existem e tratam desses temas, nos ajudou
muito.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>PeR: Alessandro, fale um pouco da sua preocupação com a proposta desse
trabalho e sobre o excelente resultado mostrado pelo grupo.<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Alessandro:</b> As meninas transmitiram o trabalho de um jeito muito
legal. Eu dizia em sala de aula que o brasileiro tem o hábito de achar que sabe
tudo de tudo. A leitura que faço é que ele sabe muito pouco sobre tudo que ele
se aventura a falar. Sobre futebol, eleições, corrupção, aborto, direito,
política, tem opinião sobre tudo. Mas faz toda diferença quando a gente faz um
movimento. É a primeira vez que essa disciplina é oferecida, e eu tentei levar
para dentro de uma disciplina uma série de temáticas que julgo importantes e
que são pouco discutidas na universidade, com amigos, nos bares. Inclusive
sobre o aborto, embora seja uma questão muito comum. (...) As meninas apontaram
a questão da saúde pública, acho que é um eixo. Queria destacar as mutilações,
a série de sequelas, de rótulos, de estigmas. Temos que pensar também na
questão do corpo, a questão de gênero, de identidade, os problemas éticos,
religiosos, filosóficos. (...) Eu avalio que é preciso que a universidade possa
pautar esse tema, a universidade tem responsabilidade nessa discussão.
Precisamos pensar na noção de direito, no acesso, na saúde, na possibilidade de
uma pessoa ter autonomia nas escolhas que faz e o que faz com o próprio corpo.
Precisamos pensar no papel do Estado, no controle do Estado, na segregação
social, nos processos de criminalização em que nos encontramos. O que me chamou
atenção [nessa disciplina] é que o grupo inteiro foi apontando uma mudança, que
me pareceu muito interessante. (...) E aí, o que está em jogo não é
necessariamente se é contra ou a favor, mas a abertura para a discussão e
formar uma opinião, para sair desse lugar do senso comum ao qual somos convocados
o tempo todo, mas não podemos responder desse lugar. Primeiro, pelo lugar em
que estamos, que é a universidade. Segundo, porque somos responsáveis por ecoar
e ampliar essa discussão, que é essencial, pois não é de poucos casos. (...) No
caso do aborto, não é um problema de uma ou duas mulheres, mas de milhões de
mulheres, um problema de um país. Esse tema não pode ser discutido só pelas
mulheres. É preciso que as mulheres discutam esse tema, mas os homens também
precisam se responsabilizar por isso. Saio positivamente impactado desse
semestre, escutar as meninas do grupo é precioso, pois mostra um movimento. E
eu entendo que é pra isso que serve a universidade, para pensar se as coisas
são mesmo como devem ser. O processo todo trouxe uma problematização
importante.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>D:</b> Trouxemos coisas que mudaram nossa visão, mas eu trouxe como
pessoa, cidadã e sujeito na sociedade. Queria colocar o quanto me impactou
enquanto psicóloga em formação. Esse tema precisa ser discutido, mas não só
sobre o aborto. Esse tema abriu minha cabeça sobre o que eu vou fazer na minha
profissão. Sobre o direito da mulher, a visibilidade que precisamos ter, nossa
liberdade, enquanto sujeito frente a esses temas. Agora eu olho para frente e
quero buscar fazer agora com que isso mude lá na frente. Na academia agora eu
vou buscar caminhos que me levem a mudar essa realidade, fazer com que pelo
menos no país em que eu vivo, isso tudo seja tratado de forma diferente, que
tenha mais visão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
***</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vídeo feito pelo grupo:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/B2PkDwScGxo?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
[https://www.youtube.com/watch?v=B2PkDwScGxo&app=desktop]</div>
Pão e Rosas Brasilhttp://www.blogger.com/profile/06904105364100861769noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3860028098796638974.post-82458595986185601302014-12-10T05:31:00.000-08:002014-12-10T05:31:28.122-08:00O debate entre Anitta e Pitty e a liberdade sexual das mulheres no capitalismo.<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 17px;">Por: Odete Cristina</span><br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIM0C7f8zdHcc5BEy_ulNaKgv3YvlrDWH1UPu0q7nY5vQuMeNNlnir8O39yVJv8mpKG1q7aYejJsB6z3wjMFHBldKZMuP0xNmt_wsMUzIzRyrdnsG3clRd5G66UQ8GQrKLcN_c9xF5Pb8/s1600/PITT.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIM0C7f8zdHcc5BEy_ulNaKgv3YvlrDWH1UPu0q7nY5vQuMeNNlnir8O39yVJv8mpKG1q7aYejJsB6z3wjMFHBldKZMuP0xNmt_wsMUzIzRyrdnsG3clRd5G66UQ8GQrKLcN_c9xF5Pb8/s1600/PITT.jpg" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: white;">Sábado passado foi ao ar um debate entre as cantoras Anitta e Pitty sobre a liberdade sexual das mulheres, antes mesmo do programa ir ao ar já havia gerado polêmica. O debate se iniciou pelo fato de que ambas discordaram sobre o avanço nos direitos conquistados pelas mulheres. Anitta afirmou que as mulheres estão quase iguais aos homens nesse quesito, o que Pitty discordou, pois para ela ainda precisamos conquistar muitas coisas. Depois avançou para um debate sobre o comportamento das mulheres.</span></div>
<div style="border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: white;">Em primeiro lugar é preciso refletir sobre o que são esses direitos que Anitta aponta que a mulheres conquistaram no marco da sociedade em que vivemos. Vivemos em uma sociedade capitalista que usa da opressão de gênero e sexual para explorar ainda mais. Com o ascenso do neoliberalismo houve um processo maior de feminização do trabalho e também uma maior concessão nos direitos democráticos, como por exemplo o direito ao voto.</span></div>
<div style="border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: white;">As mulheres burguesas conquistaram o direito de trabalhar, mas as mulheres pobres historicamente sempre trabalham. Não existe uma equiparidade salarial entre homens e mulheres dentro da nossa sociedade, sendo que as mulheres ganham até 30% menos que os homens, e quando são negras esse percentual se reduz pra quase 50%. Essa famosa conquista do direito ao trabalho é na verdade uma necessidade imposta pelo sistema capitalista que precisava aumentar seu exército de mão de obra. Além disso, os baixos salários pagos as mulheres servem como justificativa para rebaixar o salário de toda a classe trabalhadora.</span></div>
<div style="border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: white;">Também é preciso refletir o que significa o direito ao voto no marco da democracia burguesa que vivemos hoje. Onde partidos pequenos e que representam os trabalhadores não podem ter candidaturas, nem sequer se legalizar e o cenário político é dominado pelos grandes partidos que servem aos interesses da burguesia. Nem mesmo uma mulher no poder pode garantir que as demandas das mulheres sejam atendidas. Para garantir sua governabilidade Dilma faz acordos com as bancadas religiosas e reacionárias do congresso e se cala sobre o direito ao aborto, deixando que milhares de mulheres morram todos os anos. Durante o seu governo houve um aumento na terceirização do trabalho, que em sua maioria são mulheres que precisam enfrentar uma dupla ou até tripla jornada de trabalho, pois o trabalho doméstico ainda recai sobre os ombros das mulheres. Os números de feminicídios e a violência contra a mulher ainda são chocantes.</span></div>
<div style="border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: white;">Ao contrário do que diz Anitta estamos longe de alcançar os mesmos direitos que os homens. E apesar de Pitty pontuar isso, ela não faz um questionamento mais profundo sobre quem é o verdadeiro responsável pela repressão sexual feminina, se limitando a dizer que os homens não devem opinar sobre o que as mulheres fazem ou como se vestem. Contudo, dentro de uma sociedade divida em classes sociais como a nossa é muito difícil que todas as mulheres tenham os mesmos direitos. Pois o capitalismo usa da opressão histórica das mulheres, aliada a exploração e repressão dos nossos corpos para manter sua dominação. Para manter a dominação de uma classe sobre a outra.</span></div>
<div style="border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: white;">Outro ponto polêmico foi quando Anitta afirmou que mulheres precisam “se dar ao respeito”, o que Pitty logo se posicionou contrária. Antes de cair em um debate moralista, o que pareceu para mim a polêmica entre as duas, gostaria de debater sobre como a repressão sexual, não só das mulheres mas de todas as pessoas, está profundamente relacionada com a sociedade em que vivemos e a dominação capitalista.</span></div>
<div style="border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: white;">Para que o capitalismo triunfe é necessário que as pessoas trabalhem oito, dez horas por dias em um ritmo alienante e que não tenham o direito de exercer livremente sua sexualidade ou desenvolver qualquer outra potencialidade. O capitalismo se utiliza da repressão dos nossos desejos e do controle dos nossos corpos para garantir sua dominação.</span></div>
<div style="border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: white;">O machismo ainda está muito presente na sociedade e isso parte da visão que vê a mulher como uma propriedade, inicialmente do pai, depois do namorado ou marido. Uma mulher que exerce plenamente sua sexualidade ou que veste-se como quer, vai contra a noção de que a mulher é mais uma propriedade do homem e contra o controle que o sistema possui dos nossos corpos. Como afirmava Marx as ideias dominantes de uma época são sempre as ideias dominantes da classe dominante dessa época. Enxergar a mulher como uma propriedade e reprimir nosso direito a plena liberdade sexual faz parte das ideias dominantes da burguesia para garantir a sua dominação e exploração sobre a maioria da população.</span></div>
<div style="border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: white;">Por isso nossa luta pela liberdade sexual e combate ao machismo deve ser entendida como uma luta maior contra todo esse sistema de exploração e opressão que perpetua a repressão aos nossos corpos e da nossa sexualidade. A nossa luta deve ser parte de um novo projeto que revolucione não só os meios materiais, mas também os meios culturais. Uma sociedade onde todos possam exercer livremente sua sexualidade, livres de toda opressão e exploração.</span></div>
<div style="border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: white;">Original: <a href="http://palavraoperaria.org/O-debate-entre-Anitta-e-Pitty-e-a-liberdade-sexual-das-mulheres-no-capitalismo?var_mode=calcul" target="_blank">Palavra Operaria</a></span></div>
<div style="border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<span style="background-color: white;">XXXXX</span></div>
Pão e Rosas Brasilhttp://www.blogger.com/profile/06904105364100861769noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3860028098796638974.post-81421411638609586372014-12-09T07:04:00.000-08:002014-12-09T07:04:48.350-08:00Mulheres deveriam receber mais do que os homens, segundo a OIT<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 17px;">Por: Flávia Ferreira</span><br />
<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBFVQw-WU5OjOR0y0PJJlyKFIP8dMPqT0GHVvn-sXNwSnbFJMx9VAdW2adtmpbnwmqr2FX2bbaADr0uLv929mYQB0R4cVcZVbpIHZfazd5k9AmdwropWOOuYVVKeuwjNpMANMgzpHATl0/s1600/arton4761.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBFVQw-WU5OjOR0y0PJJlyKFIP8dMPqT0GHVvn-sXNwSnbFJMx9VAdW2adtmpbnwmqr2FX2bbaADr0uLv929mYQB0R4cVcZVbpIHZfazd5k9AmdwropWOOuYVVKeuwjNpMANMgzpHATl0/s1600/arton4761.jpg" height="265" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 15px; text-align: left;"><span style="font-size: x-small;">As mulheres, deveriam ganhar mais do que os homens, pois, mesmo com maiores níveis de escolaridade e produtividade do trabalho, recebem menos em relação aos homens.</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Nesta última semana, foi divulgado recente <a class="spip_out" href="http://www.ilo.org/public/portugue/region/eurpro/lisbon/pdf/relatorio_global_salarios_2012_2013.pdf" rel="external" style="border: 0px none; cursor: pointer; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">estudo da OIT (Organização Internacional do Trabalho</a>) sobre a situação global dos salários, que confirma em números, como o machismo se reflete na desigualdade de remuneração entre mulheres e homens, seja em países ricos ou pobres. Segundo o estudo, as mulheres, deveriam ganhar mais do que os homens, pois, mesmo com maiores níveis de escolaridade e produtividade do trabalho, recebem menos em relação aos homens. É mais um estudo de um órgão imperialista vinculado a ONU, que evidencia que o capitalismo não pode garantir nem ao menos o direito democrático de salário igual para trabalho igual.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Pelo estudo, as mulheres deveriam receber, no Brasil, um salário 11% superior ao dos homens. Mas, no país, as mulheres ainda ganham, cerca de 24% a menos que os homens para o mesmo trabalho. O levantamento aponta que as mulheres apresentam o trabalho mais rentável, mais produtivo para os capitalistas, mas recebem menos. Para a OIT, este é um problema global, até mesmo em países ricos e imperialistas como a Suécia e EUA. Neste último, a diferença de remuneração entre mulheres e homens é gritante, para cada 100 dólares recebidos pelos homens, as mulheres ganham apenas 64 dólares.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Na China, a remuneração das mulheres e dos homens deveria ser praticamente a mesma com um prêmio de “produtividade” de 0,2 por cento para as mulheres, ou seja, a produtividade das mulheres e dos homens no país asiático é quase a mesma. Mas as chinesas estão efetivamente recebendo 22,9 por cento menos do que os homens.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
A Rússia, é o país que lidera o ranking do estudo da OIT com uma diferença salarial de 32,8% a menos de salário das mulheres em relação ao dos homens, se fossem receber pelo que produzem e por sua qualificação, receberiam um salário 11,1% superior ao dos homens.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
É fundamental, que diante dessa realidade, a luta pela igualdade salarial entre mulheres e homens seja um combate efetivo e diário em todos os sindicatos, e não apenas mais uma campanha isolada do 8 de março, como faz a burocracia sindical. Deve ser parte da luta para que as mulheres estejam na linha de frente das batalhas de classe no movimento de trabalhadores.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Original: <a href="http://www.palavraoperaria.org/Mulheres-deveriam-receber-mais-do-que-os-homens-segundo-a-OIT" target="_blank">Palavra Operaria</a></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
XXXXX</div>
Pão e Rosas Brasilhttp://www.blogger.com/profile/06904105364100861769noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3860028098796638974.post-62720712303581355302014-11-29T02:53:00.000-08:002014-11-29T02:53:36.102-08:00Todo apoio às trabalhadoras terceirizadas da FCL-Unesp!<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt;">Não é novidade que a
precarização do trabalho é uma dura realidade no país, os contratos
terceirizados de trabalho agudizam a precarização quando, com ausência de
direitos trabalhistas imprescindíveis, os trabalhadores ficam muito mais
vulneráveis à ganância dos patrões. Recentemente tivemos mais uma notícia que
merece todo nosso repúdio. A S&S empresa terceirizada responsável pela
limpeza na FCL-UNESP de Assis não pagou o salário das trabalhadoras no quinto
dia útil. As trabalhadoras resolveram não se calar, e, indignadas, se
organizaram e paralisaram o trabalho do dia 11 ao dia 14 de novembro, o que
gerou uma pressão da direção do campus à empresa.</span><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt;">No dia 14/11 enfim o
pagamento caiu, deixando vitoriosa a mobilização das trabalhadoras. No entanto,
não se concretizou a promessa de uma suposta reunião de esclarecimento da
empresa às trabalhadoras e pagamento das cestas básicas atrasadas no dia 20.
Portanto, as cestas básicas seguem atrasadas. Exigimos que caiam imediatamente!</span><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt;">Na Unesp, diversas
funções antes desempenhadas por trabalhadores efetivos hoje são terceirizadas!
Desta forma, é de total responsabilidade não apenas da empresa, mas também da
instituição, que terceiriza o serviço, criando péssimas condições de trabalho,
além deste tipo de situação! Não é possível que uma instituição queira se alçar
como uma das mais bem colocadas nos rankings internacionais, enquanto funciona
com trabalho semiescravo!</span><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt;">Enquanto brotam os
escândalos dos super-salários dos reitores, e de professores das estaduais
paulistas, despejam sobre os trabalhadores efetivos e terceirizados as piores
condições, aumentando cursos e prédios sem aumentar o número de trabalhadores,
crescendo através do sangue, suor, das dores nas costas e da insegurança no
trabalho.</span><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background-color: white; font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background-color: white; font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sabemos que a precarização do trabalho,
chamada de terceirização, atinge toda a classe trabalhadora, porém, é a mulher
trabalhadora a que mais sente o peso de toda a precarização e exploração
vigente. A opressão e exploração às mulheres, tem sua funcionalidade para os
governos e patrões para manter as mulheres trabalhadoras submetidas a
superexploração capitalista, com os salários mais baixos, trabalhos mais
precarizados, além das duplas e triplas jornadas de trabalho. Isto porque a
mão-de-obra feminina, sendo considerada pela sociedade capitalista como
inferior à masculina, recebe salários menores, e este fato serve como pretexto
para que o salário de toda a classe trabalhadora seja rebaixado. São,
portanto, as mulheres, em sua maioria negras, que ocupam os postos de trabalho
mais precarizados, com menor remuneração e com serviços que são, em sua
maioria, extensão do serviço doméstico.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background-color: white; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background-color: white; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nós, trabalhadores e
estudantes, devemos tomar com centralidade a luta contra a terceirização, pois
está é parte fundamental da luta contra a precarização do trabalho, dos
serviços públicos, da privatização e pela unidade dos trabalhadores. Lutar sem
ver a terceirização como um poderoso inimigo e os trabalhadores terceirizados
como fundamentais aliados, seria ceder a uma pressão corporativista e não
responder a altura os ataques que sofremos.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<b style="text-indent: 35.45pt;"><span style="background: rgb(246, 247, 248); font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<b style="text-indent: 35.45pt;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As trabalhadoras de
Assis dão um exemplo, e tem toda solidariedade de nós, do grupo de mulheres Pão
e Rosas, no apoio às companheiras!</span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt;">Pelo imediato
pagamento das Cestas Básicas!</span></b><b><span style="font-size: 12pt;"><br />
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Pela efetivação imediata das trabalhadoras
terceirizadas, sem concurso público!</span></span></b><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="background-color: white; font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="background-color: white; font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pela unidade dxs trabalhadorxs! Igual
trabalho, igual salário! Pelos direitos da mulher trabalhadora!</span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">XXXXX</span></div>
Pão e Rosas Brasilhttp://www.blogger.com/profile/06904105364100861769noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3860028098796638974.post-34922633140261207362014-11-25T08:19:00.002-08:002014-11-25T08:27:17.473-08:00Basta de violência contra as mulheres<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<br />
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 13.0pt;">Dia 25/11- dia internacional de luta contra a
violência contra as mulheres</span></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<b><i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Rita Frau,
professora, militante do Pão e Rosas e da Executiva Nacional do MML </span></i></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Os casos mais recentes que ganharam a mídia
como o caso de Jandira, morta pela máfia do aborto clandestino no Rio de
Janeiro e os estupros na Faculdade de Medicina na USP ecoaram o grito entalado
na garganta de milhares que sofrem com a realidade da violência contra as
mulheres no Brasil. Todos os dias em cada canto do país milhares de mulheres
são vítimas de abortos clandestinos que
levam à morte, femicídios, mutilações, estupros, assédio moral e sexual,
estupros corretivos, violência policial, exploração e precarização do trabalho.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Á cada 2 dias uma mulher morre por aborto
clandestino, a cada 12 segundos uma mulher sofre violência. São ao menos 50 mil
mulheres estupradas por ano, sem contar os casos que não chegam à ser
denunciados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">As alianças e os lucros são mais importantes
que a vida das mulheres</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGMB3i9StTz6iFud-asgK7cZLthdUJHIoLcYhaikIplW6ra-XPqpX3vsjHI5AHOEpH6FCT90kwXQEjs3LVggyPJnrTGEaE7VzOVgvFIn87sNzq8p6EnmT3D_HVewiJM8ftOak1QcZ2jv4/s1600/arton4616.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGMB3i9StTz6iFud-asgK7cZLthdUJHIoLcYhaikIplW6ra-XPqpX3vsjHI5AHOEpH6FCT90kwXQEjs3LVggyPJnrTGEaE7VzOVgvFIn87sNzq8p6EnmT3D_HVewiJM8ftOak1QcZ2jv4/s1600/arton4616.jpg" height="246" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Mais uma eleição se passou e o que vimos
foram alianças espúrias com setores reacionários que são coniventes com as
milhares de mortes de mulheres por abortos clandestinos. Dilma Rouseff mais uma
vez se negou a defender a legalização do aborto em detrimento de suas alianças
com setores como Eduardo Cunha do PMDB e da Igreja católica e evangélica que
formam a bancada “pró-vida” e mantém a tentativa de passar projetos de leis
como o “Estatuto do Nascituro”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">No Rio de Janeiro, a Operação Herodes,
conhecida como a maior operação contra a máfia das clínicas clandestinas, arma
o palco para a impunidade dos que matam e lucram bilhões a partir do sofrimento
de mulheres e sequelas de abortos. A polícia tentou indiciar o ex-marido de
Jandira e uma amiga por apoiarem a decisão de Jandira pelo aborto, mas foi
negado pelo Ministério Público. Mais uma demonstração da grande hipocrisia das
instituições estatais que estão envolvidas nas diversas formas de violência
contra as mulheres, como o envolvimento de policiais no crime de estado contra
Jandira. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Não esqueceremos jamais dos assassinatos dos
filhos e maridos das mulheres negras e pobres das periferias e favelas, como os
casos de DG e Amarildo no Rio de Janeiro. E
Claudia, trabalhadora precária negra, pobre e arrastada como um objeto pela
polícia nas ruas da Zona Norte do Rio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">No Haiti, o governo do Brasil segue servindo
à dominação imperialista norte-americana e beneficiando os lucros das
multinacionais que sugam o suor dos trabalhadores haitianos, com a manutenção
das tropas brasileiras no Haiti que são recorrentemente acusadas de estupros
contra as mulheres haitinas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">A
burocracia acadêmica para abafar os casos de estupros na faculdade de
Medicina da USP, finge que nada acontece mesmo diante do sofrimento de jovens
estudantes que viviam no silêncio e com medo, comprovando que os privilégios e
interesses de uma casta de professores são mais importantes do que o combate à
violência que sofriam as estudantes. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">A violência contra as mulheres também se
expressa na precarização do trabalho quando as mulheres ocupam os postos de
trabalho mais precários, na maioria das vezes recebendo salários mais baixos do
que os homens, e no caso das mulheres negras mais ainda. Trabalhos tercerizados, temporários e
precários que levam as mulheres a adoecerem e não terem dirireitos trabalhistas
garantidos. <b><o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">A violência à serviço da exploração
capitalista<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Os assassinatos são o último elo da cadeia de
violência que sofrem as mulheres. Toda as outras formas atingem diretamente a
forma como nos constituímos como sujeito. Sofremos agressões verbais com o
machismo dentro e fora de casa, na escola somos subjugadas e condicionadas à um
comportamento, somos vítimas de um padrão de beleza que nos adoece, nos leva a competição com outras mulheres e
nossos corpos são vistos como mercadorias e propriedade que podem ser usados,
descartados e violentados. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuXg_DDP3IN3A5YGpzumcm0Y9FA3V-OcM-QcxdYQw7MkA4moT-dB042PfrNeWjWFHpTiKFk7oh9R2rTo0L5Z_eGz0Vo0Af4sxPc3ygXPhswNY9-uywOTPK_hT_BL0ds-_4dLvSkpyIw3U/s1600/foto1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuXg_DDP3IN3A5YGpzumcm0Y9FA3V-OcM-QcxdYQw7MkA4moT-dB042PfrNeWjWFHpTiKFk7oh9R2rTo0L5Z_eGz0Vo0Af4sxPc3ygXPhswNY9-uywOTPK_hT_BL0ds-_4dLvSkpyIw3U/s1600/foto1.jpg" height="180" width="320" /></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Esta ideologia surge no desenvolvimento da
propriedade privada, que também se expressa nas relações sociais à serviço da
dominação da burguesia e manutenção do sistema capitalista que reproduz e se
sustenta através da exploração e opressão.
Quando essa ideologia é reproduzida no seio da classe trabalhadora
através de preconceitos, machismo, homofobia, racismo, fortalece a exploração
da burguesia. Dizemos que quando uma trabalhadora é violentada por um
trabalhador, é um passo atrás na luta contra este sistema de opressão e
exploração. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">A recente campanha dos trabalhadores da USP
contra os estupros na faculdade de Medicina mostram um grande exemplo de como
deve ser tomada a luta contra a violência contra as mulheres pelas organizações
e a base dos trabalhadores. A luta
contra a exploração e pelos direitos da classe trabalhadora não é separada da
luta contra toda a forma de opressão e violência contra as mulheres. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Esta campanha nos mostra que cada passo da
classe trabalhadora em luta contra a violência é um passo para o fortalecimento
dos trabalhadores contra a divisão da classe tomando para si a luta contra toda
forma de opressão e contra a exploração e deve ser tomada de exemplo por todas
as organizações de trabalhadores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Sejamos milhares de mariposas lutando por
nossos direitos</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">O dia 25 de novembro surgiu em homenagem as
irmãs Mirabal, conhecidas como Mariposas, no I Encontro Feminista Latino
Americano e Caribenho realizado em Bogotá, contra a Violência contra as
mulheres. Patria, Minerva e Maria Teresa Mirabal foram assassinadas dia 25 de
novembro de 1960 pela ditadura de Rafale Trujillo. Elas se auto-identificavam
como Mariposa 1, Mariposa 2 e Mariposa 3 militando em resitência contra o
regime militar e foram assassinadas por serem
valentes lutadoras contra a ditadura. O repúdio ao assassinatos delas
abriu o caminho para a caída do ditador Trujillo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvFps7UajnbCP17xN-V-kuC5IY2ectpWlZOXWLSjfKhVMO84_6CqvbQ3V1s5wZ2pIYL_vuX2eK2Xj5oC5l2IW8HeOmOubtMUcQ6qEYo_crEJUGCBUp3VY1s3KhfrkS16lW33_LTyLOnwc/s1600/10624778_700300653417571_8875696820522554986_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvFps7UajnbCP17xN-V-kuC5IY2ectpWlZOXWLSjfKhVMO84_6CqvbQ3V1s5wZ2pIYL_vuX2eK2Xj5oC5l2IW8HeOmOubtMUcQ6qEYo_crEJUGCBUp3VY1s3KhfrkS16lW33_LTyLOnwc/s1600/10624778_700300653417571_8875696820522554986_n.jpg" height="400" width="225" /></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">É com espírito e o exemplo dessas lutadoras
encaramos mais um dia 25/11. A experiência de 12 anos do governo do PT e a reeleição
de uma mulher já mostraram que para as mulheres, leis como a Lei Maria da Penha e programas
sociais, seguem sendo papel molhado, e
que tentativas de responder os setores oprimidos com política reformistas e
paliativas não apagam a realidade do trabalho precário, assédios, mortes e
sequelas por abortos clandestinos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Precisamos de um forte movimento de mulheres
que não alimente ilusões no governo Dilma pois este só governará para mulheres
como Katia Abreu (PMDB) e outras que se beneficiam da miséria e exploração da
classe trabalhadora e do povo pobre das cidades e do campo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Apenas um movimento de mulheres com milhares
de Mariposas independentes dos governos, patrões, Igreja e burocracias sindicais
e aliando à classe trabalhadora que organize a luta contra a violência as
mulheres nos locais de trabalho e de estudos para ganharmos as ruas, será capaz
de arrancarmos nossos direitos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Neste 25 de novembro o grupo de
mulheres Pão e Rosas participará em várias cidades da América Latina e Caribe
das atividades para exigir um basta de violência contra as mulheres! Pelo
direito ao aborto legal, seguro e gratuito! Contra os estupros, feminicidios, a
redes de tráfico de mulheres! Por todos os direitos das mulheres trabalhadoras!</span></div>
Pão e Rosas Brasilhttp://www.blogger.com/profile/06904105364100861769noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3860028098796638974.post-34574228401292438252014-11-14T18:32:00.001-08:002014-11-14T18:33:45.583-08:00“Temos um lema “mexeu com um, mexeu com todos”, e ela era nossa companheira”<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13.3333339691162px;">
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13pt;">À poucos dias da Marcha do Orgulho em Buenos Aires, o La Izquierda Diário conversou com Nando, trabalhador de MadyGraf (ex Donnelley), fábrica gráfica ocupada sob controle dos trabalhadores na Zona Norte de Buenos Aires, Argentina. Ele contou como defenderam uma companheira da fábrica, diante da patronal, quando ela decidiu assumir sua identidade de mulher trans que havia escondido para preservar seu emprego.</span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13.3333339691162px;">
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; text-align: right;"><span style="font-size: x-small;"><br /></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; text-align: right;">Publicado originalmente em: </span><span style="background-color: transparent; text-align: right;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">http://www.laizquierdadiario.com/Tenemos-el-lema-Si-tocan-a-uno-tocan-a-todos-y-ella-era-nuestra-companera</span></span><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; text-align: right;"> </span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13.3333339691162px;">
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: x-small; text-align: right;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqZF1R6S4DvdIl-ahbraOuPVt7-d0wHWalGjoUSH6PMzjVJefZV6n0OD9c1LDSWkZhgL3qeEQkZJ32x4D5lZRWz3LKujcwGd0ZFoRHa7ytPOxSP5jCcpbtIE2DqB0I2KngWhNEBJgRACA/s1600/madygraf.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqZF1R6S4DvdIl-ahbraOuPVt7-d0wHWalGjoUSH6PMzjVJefZV6n0OD9c1LDSWkZhgL3qeEQkZJ32x4D5lZRWz3LKujcwGd0ZFoRHa7ytPOxSP5jCcpbtIE2DqB0I2KngWhNEBJgRACA/s1600/madygraf.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; text-align: right;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
<h3 align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Conte-nos como se deu a discussão com a companheira trans na fábrica</span></span></h3>
<div>
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Começamos a discutir sobre a discriminação contra os setores gays, LGBT´S. Começamos a discutir que são companheiros e companheiras que podem decidir sobre sua identidade, e também fazer isso dentro da fábrica, dizendo que ninguém podia dizer nada. Assim fomos forjando a consciência dos companheiros para que nossa companheira trans pouco a pouco fosse assumindo sua identidade.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>Ela começou a trabalhar com identidade masculina?</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Sim, depois pouco a pouco foi se<span style="background: transparent;"> assumindo, viu que não ia ser discriminada, que a patronal não ia demití-la. Quando viu que a organização que havia dentro da fábrica defendia os direitos da comunidade LGBT e todos os que são discriminados por esta sociedade, e com a ajuda de um companheiro gay, ela foi se assumindo. As vezes perguntava se </span><span style="background: transparent;">“se podia usar os seios”, e eu dizia a ela “você faz o que quiser, aqui ninguém vai te tocar, vamos manter seu posto de trabalho da forma que você quiser se manifestar”</span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>Como os companheiros de trabalho encararam este processo de mudança?</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><b><br /></b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">O processo foi se dando, a princípio não entendiam muito, mas depois foi se naturalizando e se transformou na companheira, parte de todos.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>E como atuou a patronal?</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><b><br /></b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">A empresa fez alguns comentários discriminatórios mas nunca se atreveram fazer nada com ela porque sabiam que se fizessem algo nós íamos defendê-la. Nós temos o lema “mexeu com um, mexeu com todos” e ela era nossa companheira. Nós, a partir da comissão interna, garantimos que a companheira tivesse seu espaço, seu banheiro e lugar aonde trocar-se. E a empresa teve que cumprir com isso para que ela pudesse estar cômoda.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>Discutiu-se o matrimônio igualitário e a Lei de Identidade de Gênero na fábrica?</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><b><br /></b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Sim, se discutiu, alguns estavam contra, outros à favor. O que mais se discutiu foi o tema da adoção, se uma travesti ou um casal de pessoas do mesmo sexo podiam adotar.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Os que estavam contra por preconceitos diziam: “O que vão dizer quando levarem as crianças à escola?”. “Quando vejam que pais são dois homens ou uma travesti?”. Nós lhes dizíamos que não tem nada a ver, que a educação passa mais por uma questão de respeito. Que o fato de que sejam filhos de casais com pessoas do mesmo sexo não significa que os vão maltratar ou algo assim. Que de fato, existem casais heterossexuais onde onde o homem bate na esposa, nos filhos, e por isso não tem nada a ver a identidade sexual com a educação e a crianção dos filhos.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>Depois da aprovação de duas leis que mencionamos antes, existe um grande setor da comunidade LGBT que disse que vivemos em um país mais igualitário. Você que vem desta experiência dentro da fábrica, acredita que estas leis mudam profundamente as condições materiais deste setor?</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><b><br /></b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Profundamente não, mas desde já é muito progressivo que existam estas leis. Mas o problema da discriminação, o problema social, é muito mais profundo.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>Acredita que a luta da comunidade LGBT tem relação com a luta que vocês estão dando agora?</b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><b><br /></b></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Sim, caminham juntas, porque acredito que a luta que estamos dando serve como uma experiência para uma nova sociedade. Nós acreditamos que se existe uma nova sociedade, aonde os meios de produção estejam à serviço de toda a população, onde não exista discriminação, a comunidade LGBT vai ter acesso ao trabalho como qualquer um tem. Muitas travestis se prostituem porque não têm trabalho. Por isso, neste sentido, </span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">caminham juntas para uma sociedade melhor, porque a luta dos trabalhadores é a luta da comunidade LGBT e vice-versa, a luta dos estudantes é nossa luta, a das mulheres também. Não vejo uma separação, porque para mim somos uma mesma classe que tem que brigar por todas nossas reivindicações, os estudantes, os aposentados, os professores, é uma batalha de todos juntos para construir uma nova sociedade para que todas as pessoas vivam melhor.</span></span></span></div>
Pão e Rosas Brasilhttp://www.blogger.com/profile/06904105364100861769noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3860028098796638974.post-91950498760597614882014-11-13T06:10:00.000-08:002014-11-13T06:07:41.655-08:00Mais uma vez prepara-se a impunidade dos “peixes grandes” da máfia do aborto clandestino<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #333333; line-height: 17px;">Por: </span>Rita Frau, professora e da Executiva Nacional do Movimento Mulheres em Luta</span><br />
<div>
<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdkcMrdjsMeETvK3EW0MVsopoSAsiGWRHp-pPf1sySxDC4Db7SeKsxTOlnf8_4SJ2qGAN-p7MQ7qHj_b29Bfn4DdHlxFXSfgEZYmBQGr8P4OJvHzn5G4nbKErr_VK9j-QFn9y44gnIlco/s1600/arton4608.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdkcMrdjsMeETvK3EW0MVsopoSAsiGWRHp-pPf1sySxDC4Db7SeKsxTOlnf8_4SJ2qGAN-p7MQ7qHj_b29Bfn4DdHlxFXSfgEZYmBQGr8P4OJvHzn5G4nbKErr_VK9j-QFn9y44gnIlco/s400/arton4608.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="background-color: white; line-height: 15px; text-align: left;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Seguem ocorrendo prisões da quadrilha do aborto realizada pela Operação Herodes no Rio de Janeiro. Chega ao número de 63 presos envolvidos na quadrilha (...) </span></span></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Seguem ocorrendo prisões da quadrilha do aborto realizada pela Operação Herodes no Rio de Janeiro. Chega ao número de 63 presos envolvidos na quadrilha. A Polícia Civil expediu 75 mandados de prisão através da Operação Herodes e ainda faltam 12 a serem cumpridos. Entre os membros da quadrilha que já foram presos estavam policiais civis, militares, bombeiros e médicos. A máfia chegava a lucrar milhões por mês.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Numa escuta telefônica, o médico Aloísio Soares Guimarães, considerado um dos chefes da quadrilha, quem realizava abortos desde 1972 no bairro de Copacabana e foi preso em sua casa com R$ 532 mil em dólares, dizia para seu neto que pagava de propina para a polícia “no máximo 20 mil reais”, e ganhava “300 mil por mês”. Além disso, tinha 5 milhões de reais numa conta na Suíça.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A advogada que sempre defendeu os integrantes da máfia do aborto em situações anteriores está foragida, pois também ajudava no contato com as mulheres que buscavam o procedimento do aborto clandestino. E muito provavelmente não será punida, pois tem as “costas quentes”. Ela também era advogada de membros da máfia do bicho, e muito provavelmente havia uma relação entre a máfia do aborto e a máfia do bicho no Rio de Janeiro.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Todos esses médicos já têm algum processo por várias infrações desde a década de 60. Outros têm condenações, mas continuavam lucrando com a indústria do aborto e nunca tiveram os registros no CREMERJ (Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro) caçados, sem o qual não poderiam exercer a profissão.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É vergonhoso que o CREMERJ, que se diz favorável à legalização do aborto, tenha mantido os registros desses médicos gananciosos que moravam nos bairros mais caros do Rio Janeiro às custas do desespero, angústia e mutilações de mulheres que recorriam ao aborto clandestino que custava em média R$ 3 mil reais. Os peixes-grandes da máfia do aborto são os médicos, oficias e autoridades que sempre conseguem se livrar das condenações, seguindo com seus negócios.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O médico Evangelista Pinto segue foragido e a Operação Herodes usa a desculpa esfarrapada que está em contato com a Interpol em busca do médico que deve ter propriedades em condomínios luxuosos, fácil de ser encontrado em Miami.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Este ano foi divulgado o valor do procedimento de aborto pelo SUS em R$ 443, pela portaria 415, que estabelecia que o procedimento nos casos previstos em lei passassem a fazer parte na tabela do SUS. O aborto nas clínicas clandestinas custavam no mínimo sete vezes a mais do que o procedimento feito pelo sistema público de saúde, mostrando que os médicos da quadrilha só estavam preocupados no quanto ganhariam com cada aborto, mesmo que isso custasse a vida de mulheres, como aconteceu com Jandira.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Apesar de em 2013 o Conselho Nacional de Medicina ter apresentado à comissão do Congresso Nacional que analisa a reforma do código penal a proposta favorável à interrupção voluntária da gravidez até a 12 semanas, passa longe a possibilidade da mudança na legislação do aborto que seja favorável às mulheres.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O Ministério de Saúde revogou a portaria 415 este ano devido a pressão dos setores reacionários da bancada conservadora “pró-vida”, que nega o direito da aborto.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A luta por este direito deve ser organizada o quanto antes através da unidade do movimento feminista com as organizações da classe trabalhadora. Nós do pão e Rosas chamamos o Movimento Mulheres em Luta da Conlutas e as mulheres feministas do PSOL a organizarmos nos locais de trabalho e estudos debates entre trabalhadores e jovens para levarem adiante uma campanha real pela legalização do aborto no Brasil.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A Marcha Mundial de Mulheres deve romper sua submissão ao governo Dilma, que nos 12 anos do governo do PT não foi capaz de liderar e conceder este direito básico e privilegiou a aliança com a Igreja e setores reacionários das bancadas evangélicas e católicas do Congresso. Só a partir dessa ruptura poderá participar seriamente de uma campanha nacional que unifique os diversos movimentos feministas para romper o cerco dos setores conservadores e reacionários e levar até o final a luta para aprovação de um projeto de lei que garanta a interrupção voluntária da gravidez da forma mais segura, garantida pelo Estado.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Muitos eleitores votaram contra os candidatos que se declararam contrários a este direito democrático. Esta é a base social desta grande campanha que propomos.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No dia 25 de novembro, dia internacional de luta contra à violência às mulheres, a denúncia das mortes, mutilações e sofrimentos por abortos clandestinos devem ser encaradas como a violência do Estado contra as mulheres.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A Operação Herodes escancara a hipocrisia das instituições deste Estado que criminaliza o aborto. São as mesmas instituições que estão envolvidas na indústria das clínicas clandestinas e que mantém a impunidade dos “peixe-grandes” desta máfia.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mesmo com uma série de condenações, foram soltos seguindo com a fonte de ganância enquanto centenas de mulheres que recorrem ao procedimento são criminalizadas no país, carregando o sentimento de culpa e a marca de um aborto mal feito. Tendo que pagar fianças e muitas vezes obrigadas a cumprir penas com trabalho em creches, estabelecidas por juízes, como forma de “reconciliação com a maternidade que um dia elas negaram”, encaradas como verdadeira criminosas.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não podemos confiar nas instituições do Estado. O movimento feminista deve ser parte das investigações desta máfia, para que os verdadeiros culpados sejam punidos. Precisamos lutar para que nenhuma mulher que tenha realizado aborto nestas clínicas seja criminalizada.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por isso, o movimento feminista deve ser organizar independente dos governos e instituições capitalistas para lutar sem trégua pelos direitos democráticos das mulheres.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Original: <a href="http://www.ler-qi.org/Mais-uma-vez-prepara-se-a-impunidade-dos-peixes-grandes-da-mafia-do-aborto-clandestino" target="_blank">www.ler-qi.org/Mais-uma-vez-prepara-se-a-impunidade-dos-peixes-grandes-da-mafia-do-aborto-clandestino</a></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">XXXXX</span></div>
</div>
Pão e Rosas Brasilhttp://www.blogger.com/profile/06904105364100861769noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3860028098796638974.post-23350919937004180242014-11-13T06:06:00.000-08:002014-11-13T06:06:36.375-08:00Diana Assunção: “Na Faculdade de Medicina da USP há métodos profissionalizados de estupro”<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyagYVnKqqlJ6nnSCaFutgaZEyGA1uqz6y0XDzKKK4o54TvCAxxEgqPzLPOLR9avPQ8kb1oSiu0o4ifpq7uqQXMlUYm_WgDROp9yg4DQQoc83J-i7lMTfLcQF4sgCPRNJePy1IBOJGs2k/s1600/FMUSP.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="262" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyagYVnKqqlJ6nnSCaFutgaZEyGA1uqz6y0XDzKKK4o54TvCAxxEgqPzLPOLR9avPQ8kb1oSiu0o4ifpq7uqQXMlUYm_WgDROp9yg4DQQoc83J-i7lMTfLcQF4sgCPRNJePy1IBOJGs2k/s400/FMUSP.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 15px; text-align: left;"><span style="font-size: x-small;">Esta matéria contribui muito para quebrar o silêncio de anos nesta instituição. Os casos relatados são revoltantes. Estamos falando de pessoas que estão se formando como médicos e utilizam entorpecentes e inclusive outros produtos para facilitar um abuso sexual. Os relatos mostram que já há um método profissionalizado de estupro.</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Esta semana o site ponte.org publicou uma completa e detalhada matéria com o título<span style="border: 0px none; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">“Violência sexual, castigos físicos e preconceito na Faculdade de Medicina”</span>(<a class="spip_url spip_out auto" href="http://ponte.org/violencia-sexual-castigos-fisicos-e-preconceito-na-faculdade-de-medicina-da-usp/" rel="nofollow external" style="border: 0px none; cursor: pointer; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">http://ponte.org/violencia-sexual-castigos-fisicos-e-preconceito-na-faculdade-de-medicina-da-usp/</a>) que escancara os atos aberrantes de violência que permeiam esta renomada Faculdade. Sobre esta matéria e suas denúncias, Diana Assunção, diretora do Sindicato dos Trabalhadores da USP e responsável pela Secretaria de Mulheres do Sintusp declarou que <span style="border: 0px none; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">“Esta matéria contribui muito para quebrar o silêncio de anos nesta instituição. Os casos relatados são revoltantes. Estamos falando de pessoas que estão se formando como médicos e utilizam entorpecentes e inclusive outros produtos para facilitar um abuso sexual. Os relatos mostram que já há um método profissionalizado de estupro. Que médicos estão se formando? E quando se escancara esta situação a preocupação de muitos é com a imagem da Faculdade de Medicina. Alguém está preocupado com a vida de talvez centenas de jovens que vão viver com o trauma de um estupro e um abuso? Ou que simplesmente tem que aguentar uma humilhação pelo simples fato de ser mulher?”</span></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Diana Assunção também responsabiliza a Universidade de São Paulo pela situação <span style="border: 0px none; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">“A Faculdade de Medicina simplesmente não toma nenhuma atitude em relação a situação, portanto encoberta esses casos. Inclusive o deputado Adriano Diogo (PT) que preside a Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa declarou que foi pressionado pelo próprio diretor da Faculdade, o professor José Otávio Costa Auler Junior, para não realizar a Audiência ocorrida no último dia 11. O Reitor Zago, também médico formado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, simplesmente não se pronuncia sobre esta situação. Além disso, é um fato que o campus da USP hoje é palco para um número de estupros que desconhecemos a quantidade porque a Reitoria não divulga os números”.</span></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Frente a esta situação e à proximidade do dia 25 de novembro, dia internacional contra a violência às mulheres, Diana considera necessária uma grande campanha e medidas de frente-única que reúnam sindicatos, movimentos feministas, de direitos humanos. <span style="border: 0px none; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">“É fundamental neste momento a mais ampla unidade pra enfrentar este pacto do silêncio na Faculdade de Medicina, pois irá mexer com a burocracia universitária que fica calada pra não manchar a considerada melhor Faculdade de Medicina do país. Devemos fazer atos, manifestações, videos, cartazes, tudo o que for necessário para enfrentar estes burocratas e também os futuros médicos que praticam o estupro nesta Faculdade. Se trata de uma luta necessária que pode se tornar um exemplo no combate ao assédio sexual e aos estupros. Exigimos que a Reitoria da USP se posicione sobre este caso, bem como sobre o caso de machismo e racismo na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e divulgue de uma vez por todas os números de denúncias de estupro dentro da USP”</span>. Para finalizar, Diana completou dizendo que <span style="border: 0px none; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">“Em nossa greve buscamos colocar com força a luta das mulheres e contra o machismo, a homofobia, a transfobia. No próximo mês teremos o V Encontro das Mulheres Trabalhadoras da USP que queremos que ajude na organização das mulheres trabalhadoras e que também possamos levantar com força a luta contra todas as formas de violência às mulheres”</span>.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Original: <a href="http://www.palavraoperaria.org/Diana-Assuncao-Na-Faculdade-de-Medicina-da-USP-ha-metodos-profissionalizados-de-estupro" target="_blank">www.palavraoperaria.org/Diana-Assuncao-Na-Faculdade-de-Medicina-da-USP-ha-metodos-profissionalizados-de-estupro</a></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">XXXXX</span></div>
Pão e Rosas Brasilhttp://www.blogger.com/profile/06904105364100861769noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3860028098796638974.post-86468131526616241972014-11-13T06:01:00.000-08:002014-11-13T06:01:39.627-08:00O exame Papanicolau, a decadência da saúde pública e a luta pelos nossos direitos<h3 style="background-color: white; border: 0px none; font-stretch: inherit; font-weight: normal; line-height: 22px; margin: 0px 0px 20px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Nos marcos da vergonhosa crise de assistência médica e frente a todo o descaso do governo para com as condições de vida da população pobre e, em especial da mulher, e levando em consideração a importante campanha da Secretaria de Mulheres do Sintusp para colocar fim à fila de mais de 1.000 mulheres aguardando para ter acesso ao exame do papanicolau na USP o site Palavra Operária entrevistou Gilson Dantas, médico, setentista e doutor em sociologia pela Universidade de Brasília, e procuramos levantar questões sobre a importância de exames como o Papanicolau para a saúde da mulher e também sobre o descaso do Estado burguês sobre a assistência básica à saúde e os processos de saúde e doença. </span></h3>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi82O3mz4d72kJNPwV3KLn0ElOXNYZrxNN6zAtsXnw8VnPQKVBV04fdeZMTKvwePeaw-nqdph8W0dwhbG065iQGbZ2rvP7TeKVA3pvoP-mXYLrG-nB992b9mZAH5dj2rGWN2WWtBz0MYIE/s1600/Papanicolau.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi82O3mz4d72kJNPwV3KLn0ElOXNYZrxNN6zAtsXnw8VnPQKVBV04fdeZMTKvwePeaw-nqdph8W0dwhbG065iQGbZ2rvP7TeKVA3pvoP-mXYLrG-nB992b9mZAH5dj2rGWN2WWtBz0MYIE/s400/Papanicolau.jpg" width="400" /></a></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px none; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Qual a importância do exame de colo de útero, o Papanicolau, para a saúde da mulher?</span></strong></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Gilson Dantas</b>: Para a mulher de vida sexualmente ativa e também na faixa aproximada dos 25 aos 65 anos, este exame, que é simples, rápido e barato, é o mais indicado para surpreender uma inflamação, uma infecção ou até uma doença sexualmente transmissível no início; também pode descobrir algum foco no colo uterino onde está se iniciando um processo pré-cancerígeno ou mesmo um câncer inicial. Pode descobrir uma verruga vaginal, uma candidíase, enfim é um bom exame de rotina, para ser feito anualmente, no caso de mulheres mais sadias, ou de 3 em 3 anos em outros casos, e que pode surpreender no início uma enfermidade ou até uma inflamação que não está dando, por exemplo, sintomas ainda. Uma doença que não é “visível” passa a ser visível com esse exame de citologia do colo do útero. Essa é sua importância. Em outras palavras, este exame elementar, que integra a chamada “atenção à saúde básica”, é um direito mais do que óbvio e natural de toda mulher que dele necessita. Jamais poderia ser negado ou dificultado. Ele pode, vale sempre repetir, dentre outras coisas, descobrir um câncer de colo uterino (chamado de câncer cervical) quando ele está mal começando. Como é um câncer que demora dez anos para se desenvolver, sua descoberta quando ele ainda é pré-câncer, permite mudar estilo de vida, alimentação, higiene e, dessa forma, fazer com que em dois anos, aquele foco que poderia se desenvolver como câncer, seja completamente curado. E lembremos, só para dar um número, que segundo dados do próprio governo (do INCA, Instituto Nacional do Câncer), em 2011 tivemos 15 mil casos de câncer uterino, com 5 mil mortes; e este câncer é o 4º que mais mata mulheres com câncer no Brasil; em ordem de frequência, ele é o 3º mais frequente (os outros dois são mama e intestino). Ora, todos nós sabemos que a mulher rica tem total acesso a qualquer tipo de exame e à qualidade de vida; a conclusão portanto é que negar o Papanicolau é escolher QUEM vai morrer de câncer uterino. É simples assim. E cruel assim: tanto que um estudioso do assunto procurou traçar o perfil de qual é o tipo de mulher que morre desse tipo de câncer e o que foi que ele descobriu? Que quem mais morre dele é a mulher não-branca, de menos escolaridade, mais pobre, e também a mais cheia de filhos, com ênfase na mulher da zona rural. É claro que esses estudiosos, de resto bem pagos, não vão se indignar com esse apartheid organizado, com essa crônica de um crime anunciado – executado contra as mulheres pobres, negras e de periferia – mas penso que é nosso dever nos indignarmos e organizarmos a luta contra isso, no sentido de mudar esse “destino” que os diferentes governos burgueses organizam contra nós, cotidianamente.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px none; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Então o Papanicolau vem a ser um exame preventivo, a mais importante medida de prevenção do câncer de colo de útero?</span></strong></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Gilson Dantas</b>: Em primeiro lugar é uma brutal irresponsabilidade do governo não oferecer este exame para toda mulher, com rapidez, gratuito e em todo bairro. Ele dá uma ideia de como está a saúde da parede vaginal e uterina, se tem inflamação ou alguma alteração de qualquer tipo, verruga, candidíase etc. Mas prevenção mesma, mais profunda, tem que ser entendida de outra forma. Pense comigo: se uma população é obrigada a morar no meio do esgoto e pega muita verminose, qual é a verdadeira prevenção: o exame de fezes, para descobrir que você tem a parasitose ou eliminar o esgoto? Você vai fazer o exame, vai tomar o medicamento e vai voltar a pegar o verme ao pisar de novo no esgoto. Esse é o xis da questão. Portanto, é certo que o Papanicolau é aquela coisa imediata, um direito natural, como tantos outros, e que são sistematicamente negados ao povo pobre. Essa é a primeira coisa. A outra é que nem toda mulher desenvolve câncer uterino. Ele não é um problema de “qualquer mulher”. Compare aquelas que moram no Morumbi ou Jardins com aquelas que vivem em Carapicuíba. A taxa de câncer é brutalmente diferente. A verdadeira prevenção tem a ver com as condições do bairro, transformar as condições de vida e de trabalho que o governo degrada ou deixa degradar todos os dias enquanto suga nosso sangue, nosso suor para gerar sua riqueza e ainda por cima arranca impostos e tarifas públicas caras sem retribuir em serviços. Grandes epidemias e doenças foram vencidas no século XIX através da urbanização, da coleta de esgoto, da oferta de água e outros meios de vida, muito mais por essa via do que pela medicina em si mesma. Portanto cuidado com o discurso do governo: ele adora vender vacinas, tratamentos caros e NUNCA discutir como se origina o câncer e outras doenças. Por exemplo, por que 90% das mulheres têm contato alguma vez na vida com o HPV – um vírus comum – e apenas algumas delas desenvolvem câncer? O vírus está ali, passa por ali, mas somente algumas irão adoecer por conta dele. A resposta é que a causa do câncer uterino nunca foi e nem é o vírus mas sim falta de boa alimentação, a conquista de menos horas de trabalho, melhor higiene, melhores condições de vida, mais lazer. No caso do povo pobre: o fim da exploração do trabalho. O controle da própria atenção médica e da vida, escola, creches públicas e urbanização do bairro, que tem que ser obra dos próprios trabalhadores e suas famílias. Por isso junto com o Papanicolau temos que arrancar todos os nossos direitos à vida. Total proteção à saúde da mulher para sua vida sexual, reprodutiva e saúde em geral terá que ser conquista dos próprios trabalhadores.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px none; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nós temos uma presidente mulher, governos que se sucedem e nunca a saúde da mulher e nem da classe trabalhadora pobre é prioridade. Como você vê essa questão?</span></strong></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Gilson Dantas</b>: Veja que nós estamos diante de um problema de classe. Ter ou não ter acesso ao Papanicolau, no Brasil, é um problema de classe. Antes de ser presidente mulher, ou presidente petista, tucano, peemedebista, todos eles são governos que defendem os interesses da classe que vive do nosso trabalho. Sua prioridade são os grandes banqueiros e o empresariado. São eles que financiam as campanhas daqueles. A nossa resposta também tem que ser de classe. Temos que tomar nosso destino nas nossas mãos. De novo vamos ao exemplo do Papanicolau: é um exame muito necessário já que antes da mulher ter os sintomas de um câncer instalado, que são sangramento, dor após o sexo, o Papanicolau permite descobrir a doença; pois bem, trata-se de um exame pouco invasivo, barato, custaria menos de 50, 70 reais, portanto de baixa tecnologia; o governo poderia contratar pessoas do próprio bairro, em massa, treiná-las para aprender a colher a amostra (aprender o jeito de colher, de preparar a lâmina, reconhecer as células no microscópio, montar equipes, estruturas e pronto, em um mês nenhuma mulher em nenhum bairro, ficaria sem o seu exame. E perto de casa, não é necessário estrutura de hospital. Treinamento, microscópios, iodo e vinagre, espátulas, uniforme, luvas algumas coisas mais e não tem mistério, estaria tudo resolvido e barato. Por que não é? Porque não é prioridade de governo. Mas e as 15 mil mortes em 2011? Ué, e quem disse que o governo vai se importar se forem 20 ou 40 mil? São mulheres pobres! A madame rica se cuida e se trata. Quanto ao governo, dos ricos, só está preocupado com as aparências, o ministério da saúde é aparência, os postos de saúde são aparência, o INCA é aparência (aliás, o INCA outro dia fazia campanha de coleta de chinelos e arroz para doar para as pacientes com câncer, imagine só onde anda a prioridade!!). O ministério da Saúde tem um orçamento que não chega a meio bilhão de reais, mas esse mesmo governo paga juros todo dia de uma dívida do tamanho do PIB, isto é, assumiu dívida de 2,2 trilhões de reais com os banqueiros. Para os banqueiros, trilhões, para a saúde nem meio bilhão... Compare os números e avalie você mesmo se saúde é prioridade. Os leitos do SUS, que por si mesmos já são horrorosos, crescem menos que a população. Mas não é só leitos e nem apenas falta de Papanicolau: quem disse que água, transportes, mobilidade urbana, emprego, qualidade de vida para o povo pobre é prioridade para Dilma ou para Alckmin? Ou para Aécio? Alckmin deixou a água entrar em colapso em São Paulo, enganou a opinião pública o quanto pôde, apenas preocupado com sua reeleição! Dilma é mulher e onde está o Papanicolau para a mulher brasileira? São governos do blábláblá, de jogo de cena com programas do tipo “minha mulher minha vida”, mas a verdade definitiva é que temos que tomar nosso destino nas nossas mãos e levantar um movimento a partir do bairro, dos trabalhadores da saúde, da aliança combativa bairro-juventude trabalhadora e estudantil para impor nossos direitos mais elementares e naturais – como o da água, da assistência básica de saúde – arrebatados por governos de classe cujos interesse jamais será o Papanicolau, nem creches e nem atenção integral à saúde da mulher pobre e trabalhadora.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Original: <a href="http://www.palavraoperaria.org/O-exame-Papanicolau-a-decadencia-da-saude-publica-e-a-luta-pelos-nossos-direitos" target="_blank">www.palavraoperaria.org/O-exame-Papanicolau-a-decadencia-da-saude-publica-e-a-luta-pelos-nossos-direitos</a></span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; color: #333333; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">XXXXX</span></div>
</div>
Pão e Rosas Brasilhttp://www.blogger.com/profile/06904105364100861769noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3860028098796638974.post-21120331695325843372014-11-04T05:33:00.000-08:002014-11-04T05:33:37.601-08:00Silvana conta sobre a aula que foi convidada a dar na Faculdade de Direito da USP<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDRQCmRCC07qDm7AF1fkvh-Nht7a9581nZHqY1Idh6j9Xpp1UWNE0L083XHxZgJrMcm3AOYtHuIDRPACFypFP9G3OMuzF1IWqWD8w5S12whDkYwUENA4yfoMKFy7K1FGPSWxuM1WNmp_A/s1600/Silvana.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDRQCmRCC07qDm7AF1fkvh-Nht7a9581nZHqY1Idh6j9Xpp1UWNE0L083XHxZgJrMcm3AOYtHuIDRPACFypFP9G3OMuzF1IWqWD8w5S12whDkYwUENA4yfoMKFy7K1FGPSWxuM1WNmp_A/s1600/Silvana.jpg" height="300" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 15px; text-align: left;"><span style="font-size: x-small;">O site Palavra Operária ouviu Silvana Ramos, linha de frente da luta dos trabalhadores e trabalhadoras terceirizadas da USP e militante do grupo de mulheres Pão e Rosas que nesta última quinta-feira esteve na Faculdade de Direito da USP a convite do professor Jorge Luiz Souto Maior</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
O site Palavra Operária ouviu Silvana Ramos, linha de frente da luta dos trabalhadores e trabalhadoras terceirizadas da USP e militante do grupo de mulheres Pão e Rosas que nesta última quinta-feira esteve na Faculdade de Direito da USP a convite do professor Jorge Luiz Souto Maior: "Fui convidada pelo Professor Jorge Luis Souto Maior, da Faculdade de Direito, a participar de uma aula sua sobre o direito do trabalho no capitalismo, contando sobre as condições de trabalho dos trabalhadores terceirizados. Os alunos disseram que isso era importante, porque na faculdade ficam estudando as leis, mas não conhecem a situação das pessoas que estão por trás dos casos que elas tratam. Contei sobre as condições de trabalho que tive como trabalhadora da limpeza na USP, com um trabalho muito pesado e sem descanso, por um salário muito baixo, sendo obrigada a fazer as refeições no banheiro, e vendo situações como a de uma colega ficando doente, e não podendo ir no médico, se não levava falta e perdia parte do salário e a cesta básica que sustentavam o filho, e adoeceu até passar muito mal no trabalho e ser levada para o hospital, onde descobriu que tinha um câncer avançado, que em pouco tempo matou ela. Contei também sobre a greve da Dima em 2005, e sobre as greves das terceirizadas da USP nos anos de lá pra cá, que são a única forma de enfrentar essas condições, se unindo. Apresentei o livro ’A precarização tem rosto de mulher’ que conta a história dessas lutas".</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Silvana conclui dizendo que: "Falei também de como os trabalhadores não tem garantidos seus direitos trabalhistas, e situações que eu mesma passei, em que sabia que meus direitos estavam sendo desrespeitados, mas sabia que a justiça, mesmo se desse razão para mim, demoraria dez anos pra me dar meus direitos, pelos quais não dá pra esperar vivendo com o salário de terceirizada. É muito importante que tenham aulas assim, e professores que buscam formar advogados, e estudantes de todos os cursos da universidade, que entendam a realidade dos trabalhadores, e usem o que aprenderam como profissionais que defendam os trabalhadores."</div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<a href="http://www.ler-qi.org/Silvana-conta-sobre-a-aula-que-foi-convidada-a-dar-na-Faculdade-de-Direito-da-USP" target="_blank">Original</a></div>
<div style="background-color: white; border: 0px none; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-stretch: inherit; line-height: 25px; margin-bottom: 25px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<span style="font-size: x-small;">XXXXX</span></div>
Pão e Rosas Brasilhttp://www.blogger.com/profile/06904105364100861769noreply@blogger.com0